Hidrovia deve baratear 65% do frete no Araguaia

Publicado em 17/02/2009 21:31

O escoamento da produção agrícola da região leste de Mato Grosso terá seu custo reduzido em mais de 65% após ser viabilizado o canal de navegação, de 459 quilômetros, no rio Tocantins, no Pará. Essa alternativa depende da conclusão da eclusa na Usina Hidrelétrica de Tucuruí, prevista para finalizar até o final deste ano.  

Com  a hidrovia, que deverá ficar apta para operar com fluxo maior no transporte de cargas até o Porto Vila do Conde (PA) em julho de 2010, os gastos com o escoamento da produção serão reduzidos a menos R$ 4 por saca de soja,  explica o  vice-presidente Leste da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Marcos da Rosa.

 “O porto reduzirá a distância para os embarques de soja aos mercados europeu e asiático, diminuindo os custos com frete. A expectativa é de que já na safra 2010/2011 parte da produção de soja de Mato Grosso seja escoada pelo porto paraense”, explica o representante da Aprosoja. Segundo ele, atualmente são gastos, em média, R$ 12 por saca para transportar o grão até o porto de São Francisco, localizado a  2.600 quilômetros  de Canarana (MT), por exemplo. “Com a hidrovia, usaremos menos o transporte terrestre,  consequentemente reduzindo o custo para R$ 8 por saca”, afirma Rosa. 

O vice-presidente Marcos da Rosa lembra que o Porto Vila do Conde fica localizado em Barcarena e encontra-se a uma distância de 7.741 quilômetros do porto de Roterdã (Holanda), enquanto o de Santos (SP) está a 10.741 quilômetros e o de Paranaguá (PR), a 11.041 quilômetros. “Com a conclusão da obra da eclusa, a região leste de Mato Grosso terá uma alternativa para escoar a produção agrícola”, garante Rosa.

Reunião - Todas essas informações foram discutidas em uma reunião realizado na última segunda-feira (9), em Brasília, entre o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, e os representantes da Aprosoja-MT Marcos da Rosa, Eduardo Moura e Edeon Vaz. O encontro reuniu o grupo do Corredor Centro-Norte, que possui representantes dos governos e da iniciativa privada dos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará.  

Na ocasião, Pagot apresentou o cronograma de construção da eclusa na Usina Tucuruí.  Para melhorar o acesso rodoviário até Marabá, a obra da BR-158 também será priorizada. O Porto Vila do Conde também receberá investimentos para ampliar a capacidade para atender o aumento da demanda, segundo afirmou o diretor-geral do Dnit.(Folha do Estado)


Fonte: Jornal do Parlamento

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