Milho: Estoques da safra passada devem comprometer armazenagem e escoamento da soja em MT

Publicado em 05/02/2013 16:40
A soja e o milho deverão competir por espaço nos armazéns de Mato Grosso nessa safra e isso poderá dificultar o escoamento ideal da produção de grãos na temporada 2012/13 no estado. De acordo com o Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), atualmente existem cerca de 2,5 milhões de toneladas de milho estocadas e em transporte e desse total 1 milhão ainda não foram negociadas.

O aumento nos estoques mato-grossenses, segundo Cleber Noronha, analista de mercado do Imea, se dá em função da grande produção de milho na safra 2011/12 e dos problemas de uma logística limitada no Estado, que deverão se agravar entre o final de fevereiro e o início de março, com o pico da entrada da nova safra de soja. De acordo com o analista, “o produtor irá neste período transportar mais soja (em detrimento do milho), mas, por outro lado, não pode parar o escoamento de milho, pois precisa liberar o armazém”, explica.

A concorrência entre as culturas para transporte, a vigência da Lei do Motorista a partir de março no Estado, a pressão da safra e ainda o aumento de 6% do diesel devem trazer à tona mais um problema ao produtor: o aumento no custo do frete. Durante o ano de 2012, o preço do transporte dos grãos aumentou em 30% em Mato Grosso. Segundo a Associação dos Transportadores de Carga de Mato Grosso, o custo do frete já pode ter aumentado em 3%  nesta safra.

Em busca de uma solução para o problema, empresas e traders procuram novas rotas para o escoamento da safra, como o Porto do Itaqui, de Manaus e do Espírito Santo. Uma das novidades para esta safra, segundo o analista, é a ampliação da malha ferroviária do MT até Rondonópolis, que irá aumentar a capacidade de armazenagem de grãos no Estado.

Preços do Milho – Ainda segundo o analista do Imea, a entrada dos estoques de milho no mercado em MT e o escoamento comprometido não devem pressionar os preços do cereal. “O preço do milho não tem espaço para quedas. Desde o segundo semestre as cotações têm oscilado R$1 para cima ou para baixo, assinalando um piso para os preços do cereal, que devem permanecer nestes patamares até março”, explica Noronha. O preço médio da saca de milho em janeiro no Estado ficou em R$18,70.

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Por:
Ana Paula Pereira
Fonte:
Notícias Agrícolas

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