Milho: Pelo segundo dia consecutivo, preços buscam recuperação na CBOT
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves altas nesta quinta-feira (22). Por volta das 8h24 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 1,00 e 2,25 pontos. O vencimento julho/14 era cotado a US$ 4,76 por bushel.
Pelo segundo dia consecutivo, os futuros do cereal buscam uma recuperação após as perdas recentes. O plantio norte-americano segue em ritmo normal, estimado em 73% da área projetada até o dia 19 de maio, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Essa situação, juntamente com as condições climáticas favoráveis à semeadura permanece sendo o principal fator de pressão sobre os preços futuros. E, diante desse cenário, analistas acreditam que as cotações possam recuar para patamares mais baixos, caso a produção norte-americana se confirme em uma grande safra.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Após perdas, mercado busca recuperação e fecha pregão com leves altas
Em uma sessão volátil, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão com ligeiras valorizações. As principais posições da commodity encerraram o dia com altas entre 0,25 e 1 ponto. O contrato julho terminou cotado a US$ 4,74 por bushel, porém, ao longo das negociações, alcançou o patamar de US$ 4,72 por bushel, menor patamar desde 4 de março.
Segundo o analista de mercado da Safras & Mercado, Paulo Molinari, os preços futuros do milho buscam uma acomodação frente ao plantio da safra 2014/15, que transcorre dentro da janela ideal. "A semeadura deve fechar dentro da janela e abre espaço para um bom potencial de produtividade das lavouras norte-americanas, que podem atingir um recorde, mesmo com a área menor", explica.
Até o último dia 19 de maio, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportou que o plantio do cereal estava completo em 73% da área projetada. O percentual está acima do índice registrado no mesmo período do ano passado, de 65%, porém abaixo da média dos últimos cinco anos de 76%.
Por outro lado, o tempo deve permanecer quente e seco nos próximos dias irá contribuir para a evolução do plantio, principalmente, de Dakota do Norte a Ohio, conforme informações de agências internacionais. Diante desse cenário, a expectativa é de preços mais baixos em longo prazo, alguns analistas já projetam os preços próximos a US$ 4,50 por bushel.
“Devemos ao clima nos Estados Unidos, já que em julho as lavouras entram em estágio de polinização. Os preços podem buscar os US$ 4,20 por bushel, caso se confirme uma boa safra nos EUA. Mas tudo irá depender das condições climáticas no país”, diz Molinari.