Milho: Em Chicago, mercado busca recuperação frente às perdas recentes

Publicado em 08/07/2014 08:53

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com ligeiras altas no pregão desta terça-feira (8). Por volta das 8h43 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam leves ganhos entre 0,50 e 1,00 pontos. O vencimento setembro/14 era negociado a US$ 4,01 por bushel.

As cotações do cereal buscam uma recuperação frente às perdas recentes. Na última sessão, os preços recuaram ao menor patamar dos últimos quatro anos, diante das condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento das lavouras norte-americanas.

Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), cerca de 75% das plantações de milho apresentam boas ou excelentes condições, mesmo índice registrado na semana anterior. Cerca de 20% das plantações apresentam condições regulares e 5% estão em situação ruim ou muito ruins. Ambos os números estão em linha com os percentuais anunciados pelo USDA na última semana. Os dados são referentes às condições da safra 2014/15 até o último domingo (6).

Além disso, os investidores estão mais cautelosos essa semana, já que na próxima sexta-feira (11) o USDA irá divulgar o novo relatório de oferta e demanda. 

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: Clima favorável nos EUA pesa e mercado fecha pregão próximo do menor nível dos últimos 4 anos

As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta segunda-feira (7) com quedas expressivas. Após o feriado do Dia da Independência, comemorado na última sexta-feira (4), as principais posições da commodity registraram perdas entre 7,75 e 9,00 pontos. O vencimento setembro/14 era cotado a US$ 4,00 por bushel. 

Os preços do cereal recuaram ao menor patamar dos últimos quatro anos, frente às condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento da cultura nos EUA. O contrato dezembro/14 terminou o dia cotado a US$ 4,06 por bushel. Ao longo das negociações, a posição chegou a recuar 2,5% e chegou ao patamar de US$ 4,03 por bushel, o menor desde 4 de agosto de 2010.

De acordo com informações divulgadas pela agência internacional de notícias Bloomberg, o tempo mais frio a as chuvas previstas para o Cinturão produtor de milho deverá contribuir para a polinização das plantas. Até a última semana, cerca de 75% das plantações apresentam boas ou excelentes condições, conforme projeções do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão irá reportar novo boletim no final desta segunda-feira.

O analista de mercado da Jefferies, Stefan Tomkiw, a classificação das lavouras tem se mantido em alta, o melhor índice dos últimos 10 anos. “Nesse momento, a grande questão do mercado não é nem a safra em si, mas se a produtividade das plantações irá ficar acima do projetado pelo USDA no último relatório”, explica.

Com isso, os produtores norte-americanos se preparam para colher uma safra recorde nesta temporada, em torno de 353,97 milhões de toneladas, segundo o USDA. Ainda assim, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que, apesar do clima favorável nos EUA, caso as temperaturas ultrapassem 30ºC nos próximos dias, poderá gerar impactos no potencial produtivo das lavouras norte-americanas.

Preços mais baixos

Ainda na visão do consultor, os preços mais baixos estimulam a demanda, no caso do milho, especialmente do setor de rações e etanol.  “No caso do milho, o espaço para a baixa é menor, uma vez que a cotação em menor patamar estimula a demanda, especialmente para o setor de rações e etanol, podemos até ter uma explosão de compras de contratos”, ratifica Brandalizze. 

Relatórios do USDA

Os embarques semanais de milho totalizaram 1.080,52 milhão de toneladas até a semana encerrada no dia 3 de julho, conforme dados do USDA. O volume está acima do reportado anteriormente, de 872,96 mil toneladas. No mesmo período do ano passado, o total embarcado foi de 208.893 mil toneladas.

Até o momento, no acumulado no ano safra, iniciado em 1º de setembro, os embarques somam 38.937,28 milhões de toneladas, contra 48.260,00 milhões de toneladas estimadas pelo departamento norte-americano. Em contrapartida, os investidores estão mais cautelosos essa semana, já que na próxima sexta-feira (11) o USDA irá divulgar o novo relatório de oferta e demanda. 

Economia mundial

Enquanto isso, no cenário econômico, as informações de que a presidente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, sinalizou que poderá rever a s previsões de crescimento para a economia mundial, frente aos fracos níveis de investimento e aos riscos na recuperação da economia norte-americana também influenciaram negativamente os preços das commodities. Na visão do analista da Jefferies, diante dessas especulações, os fundos de investimentos acabam saindo de algumas posições em commodities e migrando para títulos públicos norte-americanos. 

“Mas isso não é uma movimentação tão grande que irá continuar influenciando no médio e longo prazo. Mesmo que haja a redução no crescimento da economia mundial, enxergamos que a perspectiva para as commodities permanece positiva em termos de demanda, que segue crescendo ano a ano”, relata Tomkiw. 

Mercado interno

As cotações praticadas no mercado interno brasileiro permanecem pressionadas devido ao avanço da colheita segunda safra. No Porto de Paranaguá, os preços do cereal giram em torno de R$ 25,00 a R$ 26,00. Enquanto isso, o produtor tenta segurar as vendas à espera de melhores oportunidades de negociações.

No Centro-Oeste, por exemplo, o consultor destaca que os agricultores se prepararam melhor nesta safra e investiram em silo bolsa. “Grande parte dos produtores compraram silos bag para armazenar o milho e vender em outubro em diante, para sair do pico da oferta”, explica Brandalizze.

Exportações brasileiras

Até a primeira semana de julho, as exportações brasileiras de milho totalizaram 0,2 mil toneladas, com média diária de 0 toneladas. Em relação ao mês anterior houve uma queda de 98,9% na quantidade embarcada e em comparação com o mês período do ano passado, a redução é de 99,9% no volume exportado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e foram reportadas pela Secretaria de Comércio Exterior. 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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