Milho: Mercado aguarda relatório do USDA e exibe leves quedas em Chicago
Após as altas registradas na semana anterior, os futuros do milho iniciaram a sessão desta terça-feira (12) do lado negativo da tabela. Por volta das 8h01 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam quedas entre 1,50 e 2,25 pontos, próximos da estabilidade. O vencimento setembro/14 era cotado a US$ 3,55 por bushel.
Os participantes do mercado aguardam os novos números do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado nesta terça-feira. A expectativa é que o órgão reporte um aumento na safra norte-americana para algo entre 355,31 milhões a 375,38 milhões de toneladas de milho. No último relatório, a projeção ficou em 352,06 milhões de toneladas.
A produtividade das lavouras também deve ser revisada para cima e passar de 174,95 sacas por hectare, para número entre 177,8 e 185 sacas por hectare, conforme expectativa de analistas e traders consultados por agências internacionais. As estimativas são decorrentes das condições climáticas favoráveis, que contribuíram para o desenvolvimento da cultura até o momento.
Ainda nesta segunda-feira, o USDA divulgou que 73% das lavouras do cereal apresentam boas ou excelentes condições. Em torno de 20% registram situação regular e 7% condição ruim ou muito ruim, segundo o boletim de acompanhamento de safras do departamento. Cerca de 96% das plantações estão em fase de espigamento, contra 90% na semana anterior. E o percentual de lavouras em estágio de enchimento de grãos subiu de 36% para 54%.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Em véspera do relatório do USDA, mercado termina sessão em campo positivo
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram o pregão desta segunda-feira (11) do lado positivo da tabela. Ao longo das negociações, os futuros do cereal ampliaram os ganhos e fecharam o dia com valorizações entre 4,75 e 5,00 pontos. O vencimento setembro/14 encerrou a sessão cotado a US$ 3,56 por bushel, com alta de 1,42%.
Em mais uma sessão volátil, os investidores tentaram buscar um melhor posicionamento frente ao relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado nesta terça-feira (12). O analista da Cerrado Corretora, Mársio Antônio Ribeiro, destaca que a volatilidade é decorrente da especulações em relação ao novo relatório do departamento.
“Não temos novidades no mercado e os preços oscilam em cima das expectativas do relatório do USDA. Já que o clima continua contribuindo para o desenvolvimento da cultura nos EUA”, explica Ribeiro.
Segundo analistas e traders consultados por agências internacionais, a produtividade das lavouras de milho nos EUA deverão ficar entre 177,8 e 185 sacas por hectare. No último relatório, o órgão projetou o rendimento médio das plantações norte-americanas em 174,95 sacas por hectare. Já a produção de milho estadunidense deverá totalizar de 355,31 milhões a 375,38 milhões de toneladas. Ambas as expectativas estão acima do estimado no último boletim do departamento, de 352,06 milhões de toneladas.
Os estoques finais de milho norte-americanos poderão totalizar entre 45,14 milhões a 55,96 milhões de toneladas. As projeções são maiores do que a última estimativa do USDA, de 45,75 milhões de toneladas.
Além disso, os participantes também esperam o novo boletim de acompanhamento de safra dos EUA, que será divulgado no final da tarde desta segunda-feira. A expectativa é que haja uma redução no percentual de lavouras em boas ou excelentes condições, uma vez que alguns estados como Iowa, Minnesota, Illinois e Indiana, ainda precisam de chuvas.
Na semana anterior, cerca de 73% das plantações apresentavam de boas ou excelentes condições e 90% das lavouras estavam em fase de espigamento. No mesmo boletim, o USDA reportou que 36% das plantas estavam em estágio de enchimento de grãos.
Embarques semanais
Até a semana encerrada no dia 7 de agosto, os embarques de milho totalizaram 905.137 mil toneladas, segundo dados do USDA. O número representa uma queda em relação à semana anterior, na qual, foram embarcadas 1.140.546 milhão de toneladas.
Já no mesmo período do ano passado, o total embarcado foi de 397.101 mil toneladas. No acumulado do ano safra, com início em 1º de setembro, os embarques somam 43.874.727 milhões de toneladas, contra 16.739.637 milhões de toneladas acumuladas no ano safra anterior.
Mercado interno
Apesar da alta registrada no mercado internacional, no mercado brasileiro as cotações terminaram o dia estáveis. Segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, em Não-me-toque (RS), o preço da saca de milho se manteve em R$ 21,00, já em Ubiratã (PR), o valor ficou em R$ 18,50, em Tangará da Serra (MT), a saca é cotada a R$ 13,00, em Luís Eduardo Magalhães (BA), o valor ficou em R$ 19,00. Em Jataí (GO), a cotação registrou queda de 0,49% e terminou a segunda-feira cotada a R$ 16,22. No Porto de Paranaguá, a saca ficou estável em R$ 24,00.
Ainda segundo o analista de mercado, a comercialização permanece lenta no mercado interno. “O mercado segue bem travado, já que o produtor, que estava segurando as vendas recuou ainda mais após o anúncio do leilão de Pepro. E os preços estão estáveis na região de Goiânia, entre R$ 16,00 a R$ 17,00. Ainda assim, o agricultor também está receoso, uma vez que os leilões do ano passado ainda não foram pagos”, explica.
Na última sexta-feira (8), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) confirmou a realização do primeiro leilão de Pepro. A operação deverá ser realizada no dia 20 de agosto, ofertará 1.050 milhão de toneladas de milho, produzidas nos estados de MT, MS e GO, para atender avicultores, suinocultores, bovinocultores e suas cooperativas, indústria de ração para avicultura e suinocultura de várias regiões.
O participante do leilão, só não poderá escoar o produto para as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, com exceção dos estados de SP, RJ, ES e norte de MG. Além de BA, MA, PI, RO e TO, conforme informações divulgadas no site da companhia. Os prêmios ainda serão definidos e a expectativa é que sejam divulgados 48 horas antes da realização da operação.
Exportações brasileiras
Até a segunda semana de agosto, as exportações brasileiras de milho somaram 315,6 mil toneladas, com média diária de 52,6 mil toneladas, já o preço médio ficou em US$ 203,5. Em relação ao mês anterior, o volume representa um crescimento dos embarques de 104,5%. Já em comparação com o mesmo período do ano passado, a quantidade embarcada ainda é 62% menor.
No mesmo período, os embarques de milho renderam ao Brasil US$ 64,2 milhões, com média diária de US$ 10,7 milhões. Um aumento de 107,6% em comparação com o mês de julho e uma valorização de 1,5% no preço médio. Em relação a agosto de 2013, há um recuo de 66,7% no valor total exportado e 12,2% na cotação média.
Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e foram reportados pela Secretaria de Comércio Exterior nesta segunda-feira (11).
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