Senador mexicano deve apresentar projeto para proibir importação de milho dos EUA; Argentina está de olho no mercado
Se houver uma retaliação por parte dos mexicanos contra o setor agrícola dos Estados Unidos, a Argentina já se colocou pronta para preencher a lacuna.
No entanto, os analistas ainda são céticos em relação a isso, principalmente no que diz respeito ao milho, commodity com qual a Argentina pretende participar desse mercado. A proposta para a proibição da importação do cereal proveniente do país de Donald Trump por parte dos mexicanos será debatida neste semana.
No domingo, o senador mexicano Armando Rios Piter, que lidera uma Comissão Parlamentar de Relações Internacionais, disse que irá apresentar um projeto de lei para mudar a demanda de importação de milho para o Brasil e a Argentina nas próximas semanas.
Lição para Trump
"Os políticos mexicanos estão brincando a respeito da ideia de comprar seu milho da América do Sul ao invés dos Estados Unidos para ensinar ao presidente uma lição sobre consequências não intencionais", disse Tobin Gorey, do Commonwealth Bank of Australia.
Mas Terry Reily, da Futures International, disse que não acredita no sucesso do projeto de lei do senador latino.
E é verdade que, até agora, Rios Piter não tenha sinais de apoio para que a legislação seja aprovada, o que inevitavelmente apertará os mercados de grãos da América do Sul e aumentará os preços.
Ambição argentina
Na quarta-feira, Marisa Bircher, Secretária de Mercados Agroindustriais da Argentina, disse à Reuters que o país pretende aumentar as suas exportações para o México.
No ano passado, foram menos de 100 mil toneladas de milho exportadas para os mexicanos.
"O milho é, obviamente, um setor que está na nossa lista para ter maior acesso e ganhar um pouco mais de espaço internacional para a Argentina, independentemente da presença dos Estados Unidos", disse Bircher, acrescentando também a possibilidade de exportar produtos de valor agregado, como aves e carne bovina.
Tradução: Izadora Pimenta
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