B3 fecha a 4ªfeira com milho recuando seguindo a linha de Chicago e do dólar

Publicado em 29/06/2022 16:51
Fim de contrato alavanca julho na CBOT, mas prévia do USDA derruba demais posições

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A quarta-feira (29) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram flutuações na faixa entre R$ 84,65 e R$ 92,81. 

O vencimento julho/22 foi cotado à R$ 84,65 com desvalorização de 1,74%, o setembro/22 valeu R$ 87,46 com perda de 1,03%, o novembro/22 foi negociado por R$ 89,96 com queda de 1,31% e o janeiro/23 teve valor de R$ 92,81 com baixa de 1,00%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a Bolsa Brasileira segue a linha com Chicago em baixa e o dólar também recuando ante ao real. Apesar disso, o mercado nacional segue com suporte. 

“O mercado do milho segue firme com preços entre R$ 91,00 e R$ 95,00 para as posições nos portos, dentro de patamares interessantes em plena colheita da safrinha. No próximo mês estaremos no pico da colheita”, ressalta Brandalizze.  

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho registrou uma quarta-feira de cautela nos negócios, acompanhando o cenário de volatilidade na Bolsa de Mercadorias de Chicago. “A baixa do dólar frente ao real deve travar os negócios de milho na exportação. O avanço da colheita da safrinha também deve contribuir para pressionar as cotações do cereal no mercado físico”. 

O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, disse que os negócios seguiram lentos, com os consumidores ainda aguardando o avanço da colheita da safrinha nos estados para tomar uma posição mais contundente em relação aos seus estoques. 

“Os produtores passaram a reter oferta, na expectativa de alguma alta das cotações, que pode acontecer, mesmo que de maneira momentânea, de acordo com os números apresentados pelo USDA no próximo dia 30”, apontou Iglesias. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho oscilou bastante e teve uma quarta-feira de altos e baixos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações nas praças de Castro/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Itiquira/MT e Alto Garças/MT. Já as valorizações foram contabilizadas em Jataí/GO, Rio Verde/GO, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS e Oeste da Bahia. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira 

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a aceleração da colheita do milho safrinha em boa parte das regiões produtoras gera pressão de baixa sobre as cotações do milho no Centro-Sul do Brasil. A demanda está calma, o que não abre espaço para suporte das cotações nos próximos dias”. 

A análise diária da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “o aumento na oferta de milho continua a pressionar os preços do cereal no mercado doméstico, em Campinas/SP a saca recua para a média de R$ 84,00”. 

Mercado Externo 

Já os preços internacionais do milho futuro perderam força ao longo do dia e encerraram o pregão desta quarta-feira contabilizando movimentações em campo misto na Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento julho/22 foi cotado à US$ 7,70 com elevação de 10,75 pontos, o setembro/22 valeu US$ 6,64 com queda de 5,75 pontos, o dezembro/22 foi negociado por US$ 6,53 com perda de 5,50 pontos e o março/23 teve valor de US$ 6,59 com baixa de 5,75 pontos. 

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira (28), de 0,75% para o setembro/22, de 0,91% para o dezembro/22 e de 0,90% para o março/23, além de ganho de 1,45% para o julho/22. 

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho à vista de Chicago ampliaram os ganhos nesta quarta-feira, com traders ajustando suas posições antes de um importante relatório de safra do governo. 

Por outro lado, os contratos de milho mais ativos e diferidos diminuíram, já que os traders esperam que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) eleve sua estimativa de plantações domésticas de milho em seu relatório de área plantada e estoques na quinta-feira. 

Somando-se à volatilidade do dia, os investidores liberaram os contratos de julho antes do primeiro aviso, ou a primeira data em que os usuários são notificados sobre a entrega de seus grãos contratados, disse Karl Setzer, analista de risco de commodities da AgriVisor. 

“Amanhã é um dia e tanto, com o relatório do USDA e o primeiro aviso - e também no final do mês e no final do trimestre. É por isso que vemos o milho de julho subindo e o restante dos contratos sendo negociados em baixa”, disse Setzer. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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