Bolsonaro comemora saldo positivo nas contas do Governo de R$ 30,2 bilhões em janeiro

Publicado em 05/03/2019 13:24

Jair Bolsonaro foi ao Twitter comemorar o saldo positivo de R$ 30,2 bilhões em janeiro.

“Se tudo correr como planejamos, avançando nas mudanças necessárias, o Brasil aumentará consideravelmente seus investimentos.”

"Nós estamos mudando o Brasil! Resgatar o crescimento de nossa economia é um dos primeiros passos rumo a prosperidade. Se tudo correr como planejamos, avançando nas mudanças necessárias, o Brasil aumentará consideravelmente seus investimentos. Ganha a população brasileira".
 

Bolsonaro defende reformas para impulsionar economia

Ao comemorar o superávit primário de R$ 30,238 bilhões registrado em janeiro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (5) que o Brasil está retomando a trajetória de crescimento. Em sua conta no Twitter, o presidente voltou a defender reformas, como a que prevê alterações da legislação previdenciária, para atrair investimentos que podem impulsionar a economia.

“Nós estamos mudando o Brasil! Resgatar o crescimento de nossa economia é um dos primeiros passos rumo à prosperidade. Se tudo correr como planejamos, avançando nas mudanças necessárias, o Brasil aumentará consideravelmente seus investimentos. Ganha a população brasileira”, disse Bolsonaro.

O resultado das contas públicas, divulgado na última semana pela Secretaria do Tesouro Nacional, mostrou que apesar de uma leve queda das receitas, na comparação com janeiro de 2018, totalizaram R$ 137,049 bilhões, enquanto as despesas somaram R$ 106,811 bilhões. Os gastos também recuaram (2,3%) em relação ao mesmo período.

O resultado primário não considera gastos do governo com o pagamento dos juros da dívida pública.

Contratação de temporários pelo comércio subiu em 2019 (Agência Brasil)

Os contratos temporários para as vendas de fim de ano provocaram impacto positivo nas estatísticas de emprego. Mesmo com a queda de 56% na criação de postos formais de trabalho registrada em janeiro, o aproveitamento de trabalhadores temporários contratados pelo comércio no fim do ano passado subiu em 2019.

Em janeiro, o comércio fechou 65.978 vagas, o que representou metade da desaceleração na criação de empregos com carteira assinada em relação ao mesmo mês do ano passado. O coordenador-geral de Estatísticas da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Mário Magalhães, ressaltou, entretanto, que a quantidade de trabalhadores temporários contratados saltou 61,5% no início de 2019.

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comercio_varejista_julho2016.jpg - Marcelo Camargo

Em janeiro de 2018, o comércio tinha encerrado 48.747 vagas. No entanto, como a contratação de temporários tinha sido inferior nos dois últimos meses de 2017, menos trabalhadores tinham sido absorvidos pelo mercado de trabalho no início do ano passado.

“Isso tem a ver com o maior número de contratações temporárias em novembro e dezembro do ano passado. O resultado do comércio parece negativo, mas o setor contratou 108 mil pessoas no fim de 2018, ante 74 mil no fim de 2017. Com o ajuste de janeiro, cerca de 26 mil trabalhadores continuaram trabalhando no comércio no começo do ano passado, saltando para 42 mil no começo deste ano”, explicou Magalhães.

Outros setores

Apesar da queda no ritmo de criação de empregos formais em janeiro, o coordenador da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho diz que há indícios positivos de que o mercado de trabalho esteja se recuperando de forma duradoura. Um dos setores mais afetados pela recessão dos últimos anos, a construção civil manteve o ritmo de abertura de vagas no início do ano, tendo criado 14.275 vagas em janeiro de 2019 contra 14.987 vagas em janeiro de 2018.

Para Magalhães, a estabilidade no mercado da construção civil representa um indício de recuperação da economia, ao demonstrar a disposição do empresariado em investir. “Há maior criação de vagas na construção de edifícios e na montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas, que significam investimentos”, declarou.

Outro fator responsável pela desaceleração na abertura de vagas em janeiro foi a indústria de produtos alimentícios, o único dos 12 setores da indústria de transformação a encerrar vagas. Embora toda a indústria de transformação tenha criado 34.929 postos formais de trabalho em janeiro, o setor de produtos alimentícios encerrou 6.637 vagas, com destaque para os subsetores de açúcar e de álcool.

Reforma da Previdência

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o ritmo de contratações aumentou em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 1.325.883 em 2019 contra 1.284.498 em 2018. As demissões, no entanto, também subiram, 1.290.870 em 2019 contra 1.206.676 em 2018. O resultado foi queda no saldo líquido de criação de empregos, de 77.822 no primeiro mês do ano passado para 34.313 em janeiro de 2019.

O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, ressaltou que, mesmo com a retração observada este ano, janeiro teve o segundo melhor resultado para o mês na criação de empregos desde 2013. Ele observou, no entanto, que a criação de emprego e renda de forma sustentável depende da aprovação da reforma da Previdência e de outras mudanças estruturais na economia.

“O ritmo do mercado de trabalho não tem como fugir do ritmo da economia, e o ritmo da economia depende da reforma da Previdência. Sem a reforma da Previdência, todos os indicadores macroeconômicos sofrerão. O que importa é o saneamento das contas públicas, e o principal instrumento para fazê-lo é a reforma”, completou.

Sem nova Previdência, Brasil terá outra ‘década perdida’ (O Antagonista)

O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, enviou a O Antagonista uma nota técnica em que compara a crise atual com a vivida pelo país na década de 1980. 

Ele fala em “deterioração semelhante”, mesmo com a “inflação dentro da meta”. “A dívida pública continua crescendo e tem provocado desequilíbrios na economia. Esses sobressalto se refletem em taxas de crescimento do PIB ainda mais baixas.”

Para Sachsida, “a aprovação da nova Previdência torna-se fundamental para a retomada do crescimento”, garantindo “equilíbrio fiscal” e “melhorando o ambiente de investimento”.

Confira a íntegra AQUI.

 
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Fonte:
O Antagonista/Agencia Brasil

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