Palocci depõe à CPI do BNDES e diz que a caixa-preta do PT foi de R$ 500 milhões, por O Antagonista

Publicado em 02/07/2019 17:24

O site O Antagonista apurou que Antonio Palocci confirmou à CPI do BNDES a “participação decisiva” de Lula no esquema de empréstimos para obras da Odebrecht no exterior.

O ex-ministro confirmou também o envolvimento de Guido Mantega, Luciano Coutinho e Paulo Bernardo.

Palocci relembrou reuniões com o ex-presidente e disse que foi contra a “decisão política” de Lula de usar o BNDES para ajudar regimes amigos, inclusive financiando campanhas presidenciais, como em El Salvador e Peru.

Palocci também deu detalhes da reunião em que tentou convencer Lula, na presença de Rui Falcão, a firmar um acordo de leniência do PT.

Além de apontar Lula como o grande articulador do esquema de corrupção no BNDES, Antonio Palocci disse na sessão secreta da CPI que as gestões do PT distribuíram para as empresas amigas nada menos que R$ 500 bilhões.

Mas os petistas e seus satélites querem convencer de que o verdadeiro ladrão é o juiz que prendeu o ex-presidente.(Leia mais no site O Antagonista).

(O Globo): Palocci: empréstimos do BNDES eram contrapartida por recursos para campanhas do PT

BRASÍLIA - Convocado para depôr na CPI do BNDES , o ex-ministro da Fazenda Antonio Paloccidisse a deputados que, no governoLula , os empréstimos a empresas como JBS e Odebrecht eram cedidos em troca de recursos de campanha para petistas em campanhas majoritárias e proporcionais. A reunião foi fechada.

Relator da delação premiada de Palocci no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin autorizou que o ex-petista falasse à CPI somente sobre assuntos relacionados ao BNDES. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apontou a Fachin que o único anexo da delação relacionado ao tema é o termo de depoimento 21, cujo título é "Negócios em Angola". 

Segundo a PGR, neste anexo Palocci relata "pagamentos de vantagens indevidas ao Partido dos Trabalhadores, intermediado por Paulo Bernardo, no valor de R$ 64 milhões de reais, em razão do auxílio politico concedido à empresa Odebrecht, no tocante ao aumento de linha de crédito junto ao BNDES para atuação da empresa nos empreendimentos existentes em Angola". 

A taxa de risco de países como Angola e Venezuela foi diminuída sem critério técnico por uma decisão política de Lula, disse Palocci na CPI. A escolha dos "campeões nacionais" favorecidos por empréstimos também partia de Lula, contou. Ele disse que discordava dessa estratégia.

O ex-ministro reiterou também o relato de que repassou R$ 300 milhões da Odebrecht a Lula, no fim do mandato do ex-presidente. O valor teria sido pago para que o favorecimento da empreiteira continuasse. 

Segundo parlamentares presentes na audiência, na tarde desta terça-feira, Palocci disse também que sugeriu a Lula fazer um "mea culpa" pelos erros, e o ex-presidente teria respondido que não, apostando no fim da Operação Lava Jato.  

Questionado sobre as contas no exterior usadas pela JBS para propina, Palocci disse que não podia responder. Esse assunto é objeto de outro anexo de sua delação premiada. (Leia mais em O Globo)

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Fonte:
O Antagonista/O Globo

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2 comentários

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Glauber Braga, deputado do PSOL, chamou o ministro Sérgio Moro de ladrão (??!!)...

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Penso nisso daí e lembro de politicos que apoiaram e fizeram campanha para o PT, muitos ruralistas, e acho estranho que além de reivindicarem o direito de roubar, exigem também respeito.

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