Governo federal poupa quase R$700 mi em despesas administrativas em meio à pandemia

Publicado em 03/09/2020 11:01

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O governo federal economizou 692 milhões de reais com custeio da máquina pública em cinco itens diretamente afetados pela instituição de trabalho remoto durante a pandemia, e avalia que parte das mudanças veio para ficar num reforço ao almejado aumento da eficiência.

O valor poupado representa um impulso à meta de economizar neste ano 1,5 bilhão de reais com um total de 22 gastos administrativos. Essa meta equivale a cerca de 4% do gasto médio realizado, por ano, de 2016 a 2019.

Os quase 700 milhões de reais deixaram de ser gastos no período de abril a julho com as rubricas de "diárias, passagens e despesas com locomoção", "energia elétrica", "cópias e reproduções de documentos", "serviços de comunicação em geral" e "serviços de água e esgoto".

À Reuters, o secretário de Gestão do Ministério da Economia, Cristiano Heckert, reconheceu que a crise com o coronavírus e a consequente adoção do teletrabalho contribuíram para o expressivo montante poupado, mas pontuou que as mudanças promovidas pelo surto de Covid-19 podem se tornar perenes.

Só os gastos com locomoção caíram 68% nesses quatro meses sobre igual período do ano passado, numa economia de 375 milhões de reais --mais da metade do total poupado com os cinco itens.

"Essa foi uma surpresa positiva da pandemia: perceber que as ferramentas de reunião remota, de videoconferência, evoluíram muito e hoje estão disponíveis de forma muito acessível em termos de preço e facilidade de instalar em qualquer tipo de computador ou mesmo celular", disse Heckert.

"Não está havendo prejuízo na realização dessas reuniões. Então é natural que as próprias pessoas prefiram, mesmo numa volta à normalidade, fazer uma parte dessas reuniões remotamente, diminuindo as viagens."

No ano até julho, o poder Executivo conseguiu economizar 1,2 bilhão de reais em despesas administrativas nos 22 gastos monitorados, no caminho para cumprir com folga a meta de poupar 1,5 bilhão de reais em 2020.

Heckert destacou que o objetivo segue sendo de perseguir o aumento de eficiência na administração pública, com apoio forte da tecnologia nesse sentido, já que a diminuição dos gastos discricionários abre espaço, sob a regra do teto, para que outros sejam realizados.

"A gente tem percebido que ano a ano a margem discricionária do Orçamento está cada vez menor. Na proposta agora para 2021, estamos falando de 92 bilhões de reais. Se a gente economiza 1,5 bilhão em custeio administrativo, é 1,5 bilhão a mais que pode ir para o investimento, por exemplo, que nessa proposta é só de 28 bilhões de reais", disse.

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Fonte:
Reuters

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