Banco Mundial pede transparência "radical" da dívida para países em desenvolvimento
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Por Libby George
LONDRES (Reuters) - O Banco Mundial está pedindo a transparência "radical" sobre a dívida para países em desenvolvimento e seus credores, a fim de evitar crises futuras, disse a instituição em um relatório divulgado na noite de quinta-feira (horário de Brasília).
O banco quer ampliar a profundidade e os detalhes do que os países divulgam em relação a novos empréstimos, à medida que mais deles entram em acordos de empréstimos complexos e fora do orçamento devido à turbulência nos mercados globais.
"Quando a dívida oculta vem à tona, o financiamento seca e os termos pioram", disse o diretor-gerente sênior do Banco Mundial, Axel van Trotsenburg, em um comunicado, acrescentando: "A transparência radical da dívida, que torna acessíveis informações oportunas e confiáveis, é fundamental para quebrar o ciclo."
O Banco Mundial quer que os países façam reformas legais e regulatórias que exijam transparência na assinatura de novos contratos de empréstimo e compartilhem dados mais detalhados sobre sua dívida.
Também quer auditorias mais regulares, a divulgação pública dos termos de reestruturação da dívida e que os credores abram seus livros de empréstimos e garantias.
A instituição está pedindo melhores ferramentas para que as entidades financeiras internacionais detectem erros de informação.
O Banco Mundial e outros bancos multilaterais vêm pressionando há anos pela melhora na transparência dos empréstimos. A proporção de países de baixa renda que informam alguns dados sobre a dívida está agora acima de 75%, ante menos de 60% em 2020.
Mas apenas 25% deles divulgam informações em nível de empréstimo. À medida que os custos de financiamento aumentam devido a guerras comerciais e riscos geopolíticos, mais países estão usando acordos como swaps de bancos centrais e transações garantidas que complicam a divulgação.
O banco disse que uma cobertura mais ampla dos empréstimos e uma divulgação mais profunda de cada empréstimo permitiriam que a comunidade internacional avaliasse completamente a exposição da dívida pública.
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