Bovespa emenda terceiro dia de ganhos e atinge maior nível em mais de um ano
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) renovou o patamar máximo já atingido neste ano, enfileirando o seu terceiro pregão consecutivo de ganhos, na jornada desta terça-feira. O cenário externo ajudou a Bolsa brasileira, na medida em que os investidores reagiram bem à notícia sobre o aperto monetário (alta dos juros) na Austrália. Também ajudou a valorização dos preços internacionais das commodities. A taxa de câmbio desceu para R$ 1,75, menor nível desde 8 de setembro de 2008.
O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, subiu 0,48% no fechamento, aos 62.670 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,57 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 1,37%.
O dólar comercial foi negociado por R$ 1,752, em um recuo de 0,51%. A taxa de risco-país marca 229 pontos, número 4,18% abaixo da pontuação anterior.
Alfredo Coutiño, economista da agência de classificação de risco Moody's para América Latina, avalia que a moeda brasileira deve continuar a se fortalecer contra o dólar nos próximos meses.
"Um desses fatores é o anúncio recente sobre o patrocínio do Brasil para as Olimpíadas de 2016, o que deve disparar um fluxo de investimentos para infraestrutura, atrairá turismo e consequemente deve estimular a atividade econômica em geral. Tudo isto deve reforçar os prospectos do Brasil para os próximos sete anos, o que está refletindo no crescente fluxo de capital para o país", avalia o economista.
"Desta forma, não seria uma surpresa se a moeda brasileira continuar a se fortalecer nos próximos meses, ameaçando atingir a paridade de R$ 1,70 por dólar. Contudo, o Banco Central já manifestou sua intenção de intervir de forma a sustentar o dólar, que pode atingir em torno de R$ 1,75 pelo final do ano", conclui o analista.
Entre as primeiras notícias do dia, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a produção industrial brasileira melhorou em sete das 14 regiões pesquisadas no mês de agosto, sobre julho. Na comparação com agosto do ano passado, a atividade industrial caiu em 13 das 14 regiões analisadas.
A FGV (Fundação Getulio Vargas) apontou inflação de 0,25% em setembro, ante variação de 0,09% em agosto, pela leitura do IGP-DI. Entre janeiro e setembro, no entanto, ainda há deflação de 1,35%.
E a Austrália se tornou o primeiro país do grupo do G20 a promover uma elevação de sua taxa de juros, sob alegação de que as condições econômicas ficaram mais fortes do que o esperado. A ação de política monetária foi interpretada como mais um sinal de recuperação da economia global.
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