Dólar fecha a R$ 1,71, em queda de 0,3% na semana; Bovespa oscila instável

Publicado em 19/11/2010 16:31

A taxa de câmbio encerrou a semana acumulado uma leve queda de 0,3%, após bater o pico de R$ 1,74 ainda na terça-feira. A preocupação com o imbróglio na Irlanda e a perspectiva de novas medidas restritivas na China (que se concretizaram hoje) forneceram combustível para a volatilidade dos preços.

O Banco Central reduziu seu volume de intervenções no mercado de moeda de dois para somente um leilão por dia, realizado regularmente perto das 16h (hora de Brasília). Hoje, a autoridade monetária aceitou ofertas por R$ 1,7205 (taxa de corte).

Como de praxe, a autoridade monetária não informa a quantia de moeda comprada no mercado, mas as estatísticas mais recentes mostram que a quantia gasta caiu entre a primeira semana --quando o dólar ficou abaixo de R$ 1,70-- e a segunda segunda deste mês.

Nesse contexto, o dólar oscilou entre o valor máximo de R$ 1,725 e o mínimo de R$ 1,709, para encerrar o dia a R$ 1,719, o que representa uma leve alta de 0,17% no dia.

O mercado não deixou de se preocupar com a possibilidade do governo brasileiro anunciar novas medidas para conter a desvalorização cambial. Mas os novos patamares do câmbio deixaram esses temores um pouco de lado.

"O importante é que o dólar parou de despencar [nesta semana] e está oscilando conforme as informações lá de fora. Acho que nesse patamar [acima de R$ 1,70], o Banco Central tende a ficar 'assistindo' e deixa o mercado seguir em frente", avalia Marcos Trabold, da mesa de operações da B&T Corretora.

Entre as principais notícias do dia, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) registrou uma inflação de 1,2% em novembro pela leitura do IGP-M, em sua segunda estimativa do mês. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10%, percentual inferior ao registrado no ano (10,29%).

E o Ministério do Trabalho informou que o país teve uma geração de 205 mil empregos formais (já descontadas as demissões) no mês de outubro. Em dez meses, o total de vagas criadas chega a 2,40 milhões.

No front externo, Pequim voltou a assombrar os mercados ao determinar um novo aumento na taxa de recolhimento compulsório sobre os depósitos bancários, em mais medida para conter o aquecimento da economia e enfrentar pressões inflacionárias.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas avançaram nos contratos mais negociados.

No contrato para julho de 2011, a taxa projetada subiu de 11,09% ao ano para 11,11%; para janeiro de 2012, a taxa prevista passou de 11,64% para 11,66%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada aumentou de 12,15% para 12,16%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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