No Blog Questão Indígena: Detalhes do triplo assassinato no sul do Amazonas

Publicado em 31/03/2014 17:27 e atualizado em 03/04/2014 14:30

Ontem o Diário Oficial da União trouxe a decisão do Desembargador Federal Olindo Menezes que negou o pedido de habeas corpus feito pela Defensoria Pública da União no Amazonas em favor dos cinco índios Tenhaim presos por sequestro, assassinato e ocultação de cadáver. A decisão traz detalhes das investigações sobre o assassinato.

De acordo com o texto Stef Pinheiro de Souza e Luciano Freire saíram juntos de Humaitá com destino a Apuí na madrugada do dia 16 de dezembro em um veículo VW GOL de cor preta, placa NDE-8177, com o objetivo de tomar a balsa que faz a travessia do Rio Madeira, às 6h da manhã. Antes de ingressarem na balsa, Stef e Luciano falaram pela última vez com suas esposas via celular.

Na mesma balsa seguiram também alguns policiais militares lotados no Distrito de Santo Antonio do Matupi. Durante a travessia, Stef e Luciano encontraram o funcionário da Eletrobrás, Aldeney Salvador, que decidiu seguir de carona com os dois no veículo. Após a travessia, tanto os policiais militares, quanto os três amigos tomaram a BR 230.

Mas os policiais militares pararam no Km 85 da BR, no local conhecido como Bar da Sula, para tomar café e lá teriam ficado por cerca de 10 minutos para o desjejum. Os policiais viram quando o veículo ocupado por Stef, Luciano e Aldeney passou pelo local.

Os policiais relataram à Polícia Federal que foram parados no primeiro pedágio, situado na Aldeia Vila Nova, onde se identificaram como policiais e indagaram se seriam cobrados, visto que se encontravam a serviço. O índios que estava responsável pelo pedágio aviou que deveriam identificar o veículo, caso contrário seriam cobrados na próxima vez.

Ao chegarem ao segundo pedágio, os policiais estranharam o fato da cancela estar fechada e não haver nenhum índio no posto. Nesse momento os PMs viram um grupo de indígenas empurrando um veículo Gol preto para uma estrada na margem direita da BR 320, a uns 20 metros após a cancela. Ao ver o veículo dos Policiais Militares os índios se apressaram em empurrar o carro para dentro do mato e um deles veio abrir a cancela correndo, retornando para dentro do mato logo em seguida.

Após passar pela cancela, os Policiais Militares estacionaram o veículo e desceram para averiguar a ação do grupo de índios. Perceberam que, na margem esquerda da BR 230, estavam um grupo com cerca de vinte a trinta índios armados que se esconderam atrás da vegetação. Em menor número, os policiais resolveram entrar no carro e seguir viagem.

Ao longo das investigações os policiais colheram indícios da participação dos cinco índios presos. De acordo com o inquérito, Simeão Tenharim confessou ter efetuou três disparos de arma de fogo contra uma das vítimas. Teria sido ele quem recebeu a mensagem na rádio da Aldeia, com os detalhes do carro e placa que deveria ser atacado pelos índios.

Gilson Tenharim, um dos filhos do cacique Ivam Tenharim que morreu em um acidente de moto no dia 03 de dezembro, teria sido um dos executores do triplo homicídio que teria. Valdinar Tenharim, primo de Gilson e sobrinho do cacique, teria sido o autor do primeiro disparo contra as vítimas. Já Domiceno Tenharim, cacique da Aldeia Taboca, local onde ocorreu o crime não participou da execução, mas ajudou os executores do delito a enterrar os corpos. O texto aponta ainda o envolvimento de Gilvan Tenharim, também filho do cacique Ivam.

A decisão ressalta ainda que, embora tenha sido destacado um imenso contingente de recursos humanos e materiais por parte do Poder Público para desvendar o crime, as investigações têm enfrentado enormes dificuldades de avançar por conta de supostas ameaças dirigidas a testemunhas e de um suposto pacto de silêncio ou morte que passou a imperar na localidade.

Com base no texto o desembargador negou o habeas corpus. Ontem a justiça federal aceitou sugestão do Ministério Público Federal e transformou a prisão dos cinco índios de provisória em preventiva. Desse modo, os índios não tem dada definida para serem soltos.

Tembés libertam reféns em troca de compromisso de diálogo sobre precariedade na saúde

Indígenas Tembé libertaram no final da tarde da última sexta-feira, 28 de março, os três servidores da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e os três servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) que foram mantidos como reféns durante três dias em Paragominas, no sudeste do Pará.

A negociação para libertação dos reféns foi feita em reunião promovida pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) durante a manhã, no município. Participaram das negociações lideranças indígenas e a procuradora da República Luciane Goulart de Oliveira.

A libertação dos reféns foi confirmada ao MPF/PA por familiares dos servidores da Sesai na noite de sexta-feira. Segundo eles, a libertação ocorreu aproximadamente às 17:30 horas.

Os reféns foram libertados depois de acordo para realização de reunião com representantes de Brasília da Sesai e da Funai. A reunião está marcada para a próxima quinta-feira, 3 de abril, às 14 horas, na sede da Procuradoria da República em Paragominas.

Os Tembé reivindicam melhorias na área da saúde. Segundo os indígenas, é péssimo o estado dos equipamentos e serviços de saúde da Terra Indígena Alto Rio Guamá, inclusive com falta de medicamentos.

“Até o momento, o Incra não realocou nenhuma família”, diz superintendente no Maranhão

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“Até o momento o Incra não realocou nenhuma família”, disse o superintendente do órgão, José Inácio Rodrigues ao jornal O Imparcial. Das 427 famílias expulsas na operação de limpeza étnica de uma área demarcada pela Funai no Maranhão, apenas 225 seriam reassentadas por ter perfil de reforma agrária. As demais seriam jogadas no olho da rua. Entretanto, segundo a informação do próprio superintendente o Incra, ninguém foi reassentado até agora.

O último informe oficial da operação liberado pelo governo afirma que 263 famílias já foram expulsas. A maioria está morando com parentes ou em barracos de lona. O documento foi liberado há duas semanas. Apenas o Governo libera informações uma vez que imprensa está proibida de cobrir a operação.

Embora as famílias expulsas estejam desabrigadas o superintendente do Incra continua afirmando que há áreas para o reassentamento. “Asseguramos que todas as famílias cadastradas têm áreas à sua disposição para serem assentadas, conforme determinou a Justiça Federal”, diz José Inácio.


Tocando o terror: Depois de matar o pai para virar cacique, índio ameaça outros integrantes da tribo

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Luiz Fernando Branco da Silva, de 25 anos, é índio da etnia guarani e quer virar cacique da tribo. Para isso deu um tiro de escopeta nas costas do próprio pai, o cacique Fernando Branco da Silva, de 65, em Itariri, no Vale do Ribeira, sul do Estado de São Paulo. Luiz Fernando entregou-se à polícia e confessou o crime na noite de terça-feira, 11. Foi ouvido pelo delegado Fernando Rodrigues e solto em seguida. Livre passou a ameaçar os outros índios da tribo para impor sua liderança.

Segundo o delegado Rodrigues, um representante da Funai o informou sobre as ameaças do filho do cacique aos demais índios. Mas, por se tratar sem uma manifestação expressa das vítimas, não há como fazer nada. O delegado aguarda que algum indígena registre boletim de ocorrência contra Luiz Fernando Branco.

Matou o pai para virar cacique


Depois que Luiz Fernando confessou ter matado o próprio pai, o delegado Biazzus pediu a prisão cautelar do índio, mas o Ministério Público foi contra o pedido e a Justiça o indeferiu.

O filho do cacique era agente da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde, sendo desligado do programa após o crime. 

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Matou o pai para virar cacique

 

Tenharins, seus otários!!

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O TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), em Brasília, negou o pedido de liminar da Defensoria Púbica da União no Amazonas para soltar os cinco índios tenharim presos a 60 dias pelo sequestro, assassinato e ocultação dos cadáveres de três não índios. A decisão do desembargador Hilton Queiroz é do último dia 19. Gilvan Tenharim, Gilson Tenharim, Valdinar Tenharim, Simeão Tenharim e Domiceno Tenharim continuam mofando na cadeia. Enquanto isso, Ivã Gouvea Bocchini, talvez o grande responsável pelos acontecimentos, foi presenteado pela Funai com a coordenação da Regional Litoral-Sudeste, em São Paulo.

As trajetórias díspares de Ivã e Domiceno dizem muito sobre a relação da antropologia radical com os índios. A Coordenação da Regional Madeira da Funai era tocada por um indígena, Valmir Parintintin. Bocchini articulou a queda de Valmir da coordenação e fez um acordo para evitar que Domiceno Tenharim, preferido dos índios para o cargo, assumisse. Bocchini propôs que Domiceno ficasse como coordenador substituto enquanto ele mesmo assumiria a coordenação.

Mas para ser coordenador substituto, Domiceno, que não é funcionário da Funai, precisava ser nomeado. A nomeação de Bocchini como coordenador saiu, mas a de Domiceno como vice, não. Foi assim que Ivã Bocchini virou coordenador da regional madeira da Funai no sul do Amazonas, passando a perna nos índios.

Depois do caos criado na região por uma postagem de Ivã Bocchini no blog oficial da Funai, Domiceno Tenharim está preso em Manaus junto como outros quatro índios tenharim, a cobrança ilegal de padágio foi interrompida deixando todos os índios em más condições. Enquanto os índios padecem, Ivã Bocchini ganhou de presente a Coordenação da Funai no litoral de São Paulo. A história recente dos Tenharim é a expressão de como a antropologia dos nossos tempos, que emana de ONGs e impregna a Funai, trata os índios no Brasil.

Essa história será contada agora: No dia 03 de dezembro de 2013, uma terça feira, o Cacique Ivan Thenharim foi encontrado ferido na Rodovia Transamasônica (BR 230). Ainda com vida, foi levado para um hospital em Humaíta, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A Polícia Federal afirmou que a morte do cacique decorreu de um acidente de trânsito. Ivam tinha problemas como álcool e estava bebendo em um bar pouco antes do acidente. Um carro preto teria sido visto tentando prestar socorro ao cacique na ocasião do acidente.

Três dias depois, o blog oficial da FUNAI de Humaitá-AM publicou uma matéria escrita pelo Coordenador da Regional, Ivã Gouvea Bocchini, levantando suspeitas sobre a morte do cacique.

O texto afirmava que "o cacique estava desacordado com inúmeros hematomas e ferimentos na cabeça, no entanto a moto, o capacete e a bagagem estavam quase intactos, levantando suspeitas sobre a verdadeira causa da morte, inicialmente apontada como um acidente de trânsito." O texto que está entre aspas é um excerto do texto original escrito por Bocchini que foi retirado do ar. O texto fez os índios tenharim acreditarem que o Cacique havia sido assassinado e a história do carro preto deu força ao credo. Dez dias depois da publicação do post de Bocchini, o representante comercial, Luciano Ferreira Freire, o professor municipal, Stef Pinheiro e o funcionário da Eletrobrás, Aldeney Ribeiro Salvador, seguiam de Humaitá para a comunidade de Santo Antônio do Matupi, no município de Manicoré. O trajeto atravessava a Terra Indígena Tenharim-Marmelos onde o cacique Ivam foi encontrado morto. Os três viajavam em um carro preto.

Foram abordados pelos índios em um dos postos ilegais de pedágio mantido nas entradas da terra indígena. Stef e Luciano foram fuzilados. Alderney, que era conhecido dos índios, desceu do carro mostrando sua identidade de funcionário da Eletrobrás na esperança de não ser morto. Também foi fuzilado. Os corpos dos três foram enterrados em uma cova com quase três metros de profundidade não muito longe da Rodovia. 

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Três policiais militares que viajavam de folga pela estrada viram cerca de 40 índios empurrando um carro preto próximo a aldeia em que Domiceno Tenharim era cacique. Como alguns índios tem carro, nenhum dos PMs achou a movimentação estranha.

Na véspera de Natal, uma semana depois do desaparecimento dos três homens no carro preto, familiares e amigos interditaram a balsa que faz a travessia do Rio Madeira, em Humaitá. Exigiam que a polícia federal e a Funai tomasse providências.

Mas, ninguém pretendia passar o natal chafurdando na Terra Indígena. A polícia militar dizia que o assunto envolvia índios e os homens estavam desaparecidos em Terra Indígena, logo era de responsabilidade da Polícia Federal. A Polícia Federal não dava sinais de que iniciaria as buscas antes de janeiro de 2014 e a Funai, sob a coordenação de Bocchini, não disse palavra. 

No dia 25 de dezembro de 2013 a população de Humaitá de revoltou. Onze carros da Funai e da Funasa foram queimados. As sedes dos dois órgãos também foram incendiados. A Polícia Militar interviu, mas a manifestação seguiu ao longo da noite. Manifestantes e policiais chegaram a entrar em conflito. Segundo informações da Polícia Militar de Humaitá, duas mil pessoas participaram do levante.

Os índios Tenharim e Jiahoi, que estavam abrigados na Casa do Índio de Humaitá, foram escoltados até o Batalhão do Exército por motivos de segurança. Os funcionários da Funai tiveram que fugir às pressas da cidade. Dias depois, enquanto alguns funcionários ainda tentavam fugir de Humaitá, um veterinário veio até a casa de Ivã Bocchini buscar seus cães. Ele havia fugido com a família na noite da revolta popular.

Onze dias depois do desaparecimento dos três homens sem que as forças do Governo dessem qualquer sinal de providência, a população de Apuí, cidade vizinha a Humaitá, organizou grupos para fazerem eles mesmos as buscas dentro da Terra Indígena. O grupo monta acampamento nos limites da Terra Indígena e destruiu os postos construídos pelos índios para a cobrança ilegal de pedágio.

Diante do agravamento da situação no dia 28 de dezembro de 2013, quase duas semanas depois do desaparecimento, uma força tarefa do Governo envolvendo as Polícias Militar, Federal e o Exército, iniciou as buscas pelos três homens.

No início de janeiro, o Comandante Militar da Amazônia, General Eduardo Dias Villas-Boas, veio até Brasília e foi recebido no Palácio do Planalto pela Presidente Dilma Rousseff. Depois de ouvir o relato do General, Dilma determina que o Ministério da Defesa assumisse o caso de Humaitá, afastando assim o Ministério da Justiça e os indigenistas do controle da situação. A presidente determinou também a exoneração de Ivã Bocchini pelo envolvimento do dele no caso e fim da cobrança ilegal de pedágio.

No final do último mês de janeiro, quarenta e cinco dias depois do desaparecimento dos três homens sem etnia, cinco índios tenharim, incluindo dois filhos do cacique Ivam, foram presos pela Polícia Federal.

Três dias depois, com auxílio de um cão farejador, a polícia encontrou os corpos dos três homens em uma cova com quase três metro de profundidade. Leia aqui o relato do soldado que encontrou os corpos. Curiosamente, no mesmo dia em que os corpos foram encontrados o boletim de serviços da Funai trouxe a nomeação de Ivã Bocchini para a coordenação no litoral de São Paulo.

De acordo com o delegado da Polícia Federal que coordenou parte das investigações, o motivo do crime teria sido vingança pela morte do cacique Ivan Tenharim, pai de Gilvan e Gilson. “Eles estavam convictos de que o cacique Ivan Tenharim tinha sido atropelado por um carro preto”, disse o delegado.


Depois do fim da cobrança ilegal de pedágio pelos índios em decorrência desses episódios, o governo encontrou uma forma de repassar recursos aos índios. Qual foi essa forma? Firmar convênios transferindo recursos do Fundo Amazônia para ONGs que fariam os repasses aos índios por meio de projetos de "desenvolvimento sustentável". Só o IIEB, ONG do antropólogo Henyo Barreto, levou R$ 16 milhões.

Resumo da ópera bufa:
Os índios que entraram na conversa de Bocchini cometeram assassinato, estão presos e assim devem continuar. Os índios que não entraram na conversa de Bocchini estão privados da fonte de renda que era o pedágio ilegal e são hostilizados fora das aldeias.

Os outros funcionários da Funai ainda estão perambulando em busca de outras colocações. Os funcionários terceirizados, que não podem receber diárias, dependem de uma triangulação ilegal de recursos através da qual a Funai paga diárias aos funcionários que repassam o recurso aos terceirizados. As famílias dos três não índios assassinados ainda choram seus mortos.

Mas as ONGs indigenistas estão recebendo mais recursos públicos e o indigenista branco descendente de colonizadores italianos, que passou a perna nos índios e os incitou contra os não índios, fugiu levando seus cães, passou mais de um mês ganhando diárias por "viagens a serviço" e ganhou uma outra coordenação no litoral de São Paulo.

É isso o que o indigenismo faz com os índios, usa, gigola, abusa e mantém miseráveis. No fim os indigenistas saem por cima e os índios saem por baixo.

Alguém precisa proteger os índios desse indigenismo pernicioso. Os índios precisam se libertar desse indigenismo pernicioso. 

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Fonte:
Blog Questão Indígena

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