CBOT: Grãos fecham a semana em alta com clima adverso nos EUA
Publicado em 22/06/2012 16:42
e atualizado em 22/06/2012 17:25
Nesta sexta-feira, o mercado internacional de grãos voltou a registrar um avanço dos preços depois da realização de lucros no pregão de ontem e fechou os negócios do lado positivo da tabela.
Os futuros da soja, do milho e do trigo ampliaram seus ganhos na manhã de hoje e, por volta das 12h20 (horário de Brasília), a oleaginosa tinha ganhos de mais de 20 pontos nos principais vencimentos. Os grãos também trabalhavam com altas de dois dígitos.
Porém, o mercado recuou um pouco depois de mapas climáticos sinalizarem novas chuvas nas principais regiões produtoras do país e terem tirado parte da força dos preços, mas ainda assim fecharam em alta. "É um mercado extremamente climático, que está negociando a cada novo mapa", disse Pedro Dejneka, analista de mercado da PHDerivativos, direto de Chicago.
O clima adverso nos Estados Unidos segue como principal fator de impulso para as cotações. No Corn Belt - principal região produtora de grãos norte-americana - o tempo está seco e as temperaturas elevadas. A previsão é de que as condições se mantenham assim por mais alguns dias.
As condições não são favoráveis para o desenvolvimento das lavouras e poderia comprometer a produtividade norte-americana, ajustando ainda mais a oferta de soja, que já registra previsões de ser bastante restrita. Porém, as lavouras que mais sofrem com esse tempo são as do milho, que já se encontram em um estágio mais avançado.
"Os pontos onde a seca é mais expressiva são as Planícies Centrais, as regiões central e sul do Meio-Oeste e no norte do Delta. Essa estiagem, agregada a altas temperaturas, tem preocupado bastante os produtores de soja e milho, e já provocou a perda de qualidade das plantações nas últimas semanas. Com os trabalhos de campo antecipados nesta safra, a última semana de junho e as duas primeiras de julho serão fundamentais para a determinação da produção agrícola especialmente com o milho em fase de polinização, fase muito importante do desenvolvimento. ", disse o meteorologista Kyle Tapley, agrometeorologista do instituto MDA EarthSat Weather.
No entanto, Dejneka lembra ainda que a confiança nestes mapas climáticos não tem sido tão grande, o que provoca essa desconfiança do mercado, e por consequência, essa volatilidade. Mas, a tendência continua de forte alta para a oleaginosa.
Os fundamentos são positivos, os estoques norte-americanos deverão ser preocupantemente baixos e, como disse Dejneka, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) está subestimando o potencial de exportações dos Estados Unidos.
Veja como ficaram as cotações nesta sexta-feira:
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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas
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