Grande oferta e novos óleos vegetais derrubam o valor do óleo de soja, segundo FCStone

Publicado em 21/01/2014 14:20
No Brasil, atualmente, a tonelada de soja vale 1,5 vezes mais que a tonelada do óleo. Esta diferença já chegou a 3,5.

O ano de 2013 foi marcado pela manutenção dos preços da soja em patamares historicamente altos, resultado do aperto na oferta mundial após quebras de safras seguidas nos principais países produtores do grão. Apesar da forte correlação entre os preços da soja e do óleo em anos anteriores, em 2013 houve um descolamento entre essas duas séries, conforme estudo elaborado pela consultoria INTL FCStone.

Com isso, foi constatada uma queda relativa dos preços do óleo de soja, tanto no mercado internacional quanto no brasileiro. A relação preço óleo de soja/preço da soja, que girava em torno de 3,0 no começo de 2012, está atualmente na casa de 2,2, considerando as cotações na Bolsa de Chicago (CBOT).

“Os condicionantes desse descasamento podem ser encontrados num conjunto de fatores, tais como a ampliação da concorrência no mercado internacional de óleos vegetais, com destaque para o óleo de palma; o aumento da oferta do próprio óleo de soja, na medida em que a disponibilidade do grão também aumentou, diante de safras robustas em vários países; e os preços mais altos da soja em grão, ainda como reflexo da quebra da safra 2012/13 nos EUA e o consequente aperto nos estoques de passagem do país”, explica a economista Natalia Orlovicin, analista do Departamento de Inteligência de Mercado da INTL FCStone.

Brasil

No Brasil, também foi observado o descolamento de preços entre a soja e o óleo em 2013, influenciado pela movimentação no mercado internacional. Utilizando os preços físicos da praça de Ponta Grossa, no Paraná, entre janeiro e outubro de 2013, houve um aumento de 11,11% no preço da soja e uma redução de quase 25% no preço do óleo. “Com isso, a relação de preços entre o óleo e a soja está próxima de 1,5, sendo que esta já chegou a ser 3,5”, afirma Natália. Essa queda relativa dos preços do óleo de soja também ocorreu em outras localidades, como Rio Verde (GO), Uberlândia (MG), Rondonópolis (MT) e Porto Alegre (RS).

Segundo a INTL FCStone, para 2014, a perspectiva é de que o cenário de oferta de óleos vegetais continue positivo, o que pode manter os preços do óleo ainda em um nível baixo. Adicionalmente, os preços da soja podem recuar diante da maior produção esperada na América do Sul e também nos Estados Unidos, ajudando na recuperação parcial das margens de esmagamento. Assim, espera-se um aumento da demanda interna brasileira para a soja, mas ainda bem abaixo do crescimento da produção. A demanda externa, porém, continua em aceleração, impulsionando as exportações brasileiras do grão, o que pode fazer com que a queda nos preços da soja não seja tão brusca.

“Portanto, há expectativa de uma leve redução nos preços da soja e manutenção dos preços do óleo, o que pode dar condições e incentivar o aumento do esmagamento do grão no Brasil em 2014”.

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Fonte:
FCStone

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