Dessecação antecipada da soja gera perdas na colheita
Dessecar a soja antes do tempo correto pode acarretar prejuízos ao produtor. Este é o alerta que o pesquisador do Programa de Monitoramento e Adubação da Fundação de Apoio À Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, Claudinei Kappes, faz durante os eventos do Fundação MT em Campo. Segundo ele, os produtores de Mato Grosso estão acelerando a aplicação de dessecantes. “Para adiantar a colheita e consequentemente plantar antes a safrinha de algodão ou de milho, principalmente, o agricultor não tem esperado o exato ponto de dessecação”, esclarece.
O ideal é que a aplicação seja feita no estádio de desenvolvimento R7.3. “Nesta fase mais de 76% das folhas e vagens estão amarelas, ou seja, prontas para receber o dessecante. Mas o que vem acontecendo é que o produtor, almejando a segunda safra, têm forçado as aplicações para os estádios R7.1 (início a 50% de amarelecimento de folhas e vagens) e R7.2 (quando a cultura encontra-se entre 51% a 75% das folhas e vagens amarelas)”, explica o pesquisador.
A Fundação MT realiza pesquisas sobre o assunto há cerca de dois anos no Sul do Estado e já pode mensurar o que esta ação antecipada pode causar. “As perdas podem ser de até 12 sacas por hectare. Quanto mais cedo ocorrer a dessecação da cultura, maiores poderão ser as perdas de produtividade. Sem dúvida é um importante impacto no resultado total e no bolso do produtor. Vale lembrar que antecipar a dessecação nem sempre é garantia da manutenção do potencial produtivo da cultura posterior à soja”, completa Kappes.
Evento – O Fundação MT em Campo já foi realizado em Campo Novo do Parecis e Nova Mutum. Os próximos eventos acontecerão em Sorriso, no dia 05/02; em Rondonópolis, no dia 07/02; em Primavera do Leste, no dia 12/02; e em Querência no dia 21/02. Neste ano os dias de campo foram reformulados, sendo quatro realizados em modo mesa-redonda e dois nas estações de pesquisa da instituição com visita aos experimentos. Na ocasião, uma equipe técnica composta por pesquisadores da instituição e de parceiras fazem raio-x da safra 2013/14 apontam os gargalos e sugerem possíveis soluções para os problemas.
Dentre os assuntos que estão sendo abordados estão: pragas, nematoides, rotação de culturas, clima, fertilidade do solo, dessecação, adubação, doenças, entre outros. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas nos locais dos eventos. Mais informações pelo site: www.fundacaomt.com.br.
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