Soja opera com estabilidade na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira

Publicado em 06/06/2014 07:52

Nesta sexta-feira (6), no último pregão da semana, os futuros da soja operam, mais uma vez, buscando se manter estáveis na Bolsa de Chicago. Os vencimentos mais negociados, por volta das 7h50 (horário de Brasília), subiam entre 0,25 e 2,75 pontos, com exceção do contrato março/15, que perdia 0,50 ponto e era cotado a US$ 12,21 por bushel. 

O mercado se vê diante de muitas informações influenciando os negócios e, na próxima semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga quatro novos relatórios: embarques semanais, acompanhamento de safras, oferta e demanda mensal e exportações semanais. 

Os números do departamento deverão trazer movimentação ao preços da oleaginosa em Chicago, uma vez que os fundamentos, apesar de ainda fortes e positivos, já são conhecidos pelos investidores. 

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Com baixas exportações dos EUA, soja fecha com forte queda

pesar de ainda encontrar suporte em seus fundamentos, principalmente no curto prazo, o mercado internacional da soja fechou os negócios desta quinta-feira (5) registrando intensas perdas na Bolsa de Chicago. Os principais vencimentos recuaram entre 5,50 e 22 pontos, e o julho encerrou o pregão regular valendo US$ 14,60 por bushel. 

Os futuros da oleaginosa passaram por uma intensa realizaçaõ de lucros nesta sessão, após semanas de boas altas no mercado internacional. A correção vem, principalmente, por parte dos fundos, que têm liquidado boa parte de suas posições mais próximas, justificando as perdas mais intensas nos contratos de mais curto prazo. 

Paralelamente, os números das exportações semanais norte-americanas vieram aquém das expectativas do mercado e também pressionaram as cotações. Enquanto o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou as vendas em 41,3 mil toneladas, os traders apostavam em algo entre 100 e 125 mil toneladas, uma vez que a demanda não tem dados sinais de desaquecimento mesmo diante da escassez de produto no país. O volume, portanto, veio 32% menor em relação à semana anterior e 51% mais baixo do que a médias das últimas quatro semanas. 

Com esse número, porém, o mercado observa o total de vendas para exportação acumulado no ano subir para 44.973,7 milhões de toneladas, enquanto o USDA estima, para todo o ano comercial, 43,5 milhões de toneladas. A temporada, entretanto, só se encerra em mais 13 semanas. 

Dessa forma, a força dos fundamentos ainda se mantém presente entre os negócios e deixa firme o suporte para os preços no curto prazo, segundo acreditam analistas. 

"O mercado perdeu alguns pontos gráficos importantes e acabou recuando com mais força. Esse foi um dia bastante negativo para todas as commodities, com forte influência no mercado de moedas e do financeiro", explicou o operador de mesa da Terra Investimentos, Bruno Perottoni. "Porém, o que não muda é o fundamento e a tendência do mercado", completa. 

Nova safra dos EUA

Outro fator quem tem pressionado o mercado internacional de grãos é a boa evolução da nova safra dos Estados Unidos. As condições climáticas, principalmente no Meio-Oeste, maior região produtora de grãos do país, têm se mostrado bastante favoráveis para o desenvolvimento das lavouras e as previsões indicam a continuidade desse quadro para os próximos dias. 

Diante disso, portanto, se acentua a pressão sazonal que o mercado sente nesse período do ano por conta do início da nova safra dos EUA. O plantio da temporada 2014/15 tem evoluído acima da média dos últimos anos - concluído em 78% da área até o último domingo (1) - e as perspectivas são de uma colheita de mais de 98 milhões de toneladas de soja no país. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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