Após mínimas de 2 semanas, açúcar volta a subir em NY nesta 4ª com suporte do petróleo
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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (05) com alta leve nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado do adoçante teve suporte do petróleo, após decisão da Opep+ no dia, mas segue atenção para os fundamentos.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve alta de 0,22%, cotado a 17,95 cents/lb, com máxima de 18,10 cents/lb e mínima de 17,89 cents/lb. No terminal de Londres, o primeiro contrato subiu 0,28% no dia, a US$ 534,60 a tonelada.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados Opep+ decidiu nesta quarta por um corte na produção de petróleo, apesar da pressão dos Estados Unidos. Com isso, o mercado sobe cerca de 2% e dá suporte ao açúcar.
O mercado do petróleo impacta diretamente nos combustíveis e o Brasil produz açúcar e o biocombustível etanol.
Com essa informação, o mercado do açúcar no terminal norte-americano se recuperou de mínimas de dois meses do início da semana e já busca os 18 cents/lb. Por outro lado, o dólar subia sobre o real e era um fator de pressão para as cotações.
"Negociantes disseram que o mercado foi apoiado por ganhos nos mercados financeiros mais amplos, com as ações mundiais em torno de máximas de duas semanas nesta quarta-feira", disse a agência de notícias Reuters sobre as movimentações.
Nos fundamentos, como fator de suporte, a Comissão Europeia divulgou nesta quarta que a produção de açúcar da União Europeia deve cair 6,9% na temporada 2022/23, para 15,5 milhões de toneladas, após recuo na área em decorrência de seca.
Do lado negativo, o mercado do açúcar espera recuperação na safra de açúcar do Centro-Sul do Brasil, após chuvas nos canaviais. De acordo com o TEMPOCAMPO, a principal região produtora do Brasil teve o melhor setembro em cerca de 10 anos.
Do mundo, a trading inglesa Czarnikow estimou neste início de semana um superávit global de açúcar de 3,6 milhões de toneladas na temporada 2022/23 acompanhando uma redução no consumo chinês devido aos impactos da pandemia da Covid-19.
"Esperamos um pequeno excedente de 3,6 milhões de toneladas em 2022/23. O crescimento do consumo desde 2021/22 significa que esse (excedente) é cerca de metade do tamanho (que foi) observado em 2021/22, apesar da produção semelhante", disse em nota.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar voltaram a subir no mercado brasileiro. "As chuvas recentes diminuíram a oferta do cristal à pronta-entrega, já que a produção nas usinas foi interrompida pela dificuldade do carregamento da cana-de-açúcar nas lavouras", disse em nota o Cepea.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, com alta de 0,55%, negociado a R$ 125,42 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 145,90 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,03 c/lb e alta de 2,76%.
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