DA REDAÇÃO: Israel transforma deserto em áreas agricultáveis através de sistemas de irrigação
Em visita por diversas regiões brasileiras, Sara Eyal, diretora do Ministério da Agricultura de Israel acompanha o drama da quebra da produtividade da safra do Rio Grande do Sul que soma mais de US$ 3,5 bilhões por conta da severa estiagem causada pelo fenômeno climático La Niña desde meados de dezembro passado. A solução, assim como aplicado em seu país, é o investimento em irrigação.
Banhado pelo Mar Morto e rios que não tem água suficiente, Israel transformou uma região desértica que recebe apenas 30 milímetros de chuva por ano em um cenário verde de produção agrícola e potencial exportador de alimentos. Atualmente, maIs da metade dos 437 mil hectares de área agrícola são irrigados.
Para Eyal, não existe impedimento para aplicação dos modelos israelenses de preservação da água da chuva. “No Rio Grande do Sul tem rios que o governo precisa resolver como vai dividir, como recolher as águas nos tempos de chuva para fazer reservatórios e no tempo de seca irrigar”, diz.
Assim, para controlar as futuras secas como a última que dizimou a safra gaúcha, a diretora lembra que a agricultura do milênio é uma fábrica e deixa seu recado ao produtor brasileiro: “Hoje, para ser agricultor que tem sucesso no seu trabalho, tem que pensar como diretor de fábrica. A agricultura é como uma fabrica: pequena, grande, depende do tamanho dos hectares que ele cultiva, mas a agricultura desse milênio é uma fábrica”.