Em Assis Chateaubriand (PR), produtores finalizam o plantio da soja, mas chuvas esparsas podem comprometer o rendimento das plantas.

Publicado em 07/11/2014 10:59 e atualizado em 03/03/2020 10:56
Safra 2014/15: Em Assis Chateaubriand (PR), produtores finalizam o plantio da soja. Porém, chuvas esparsas podem comprometer o rendimento de 20% a 30% da área semeada no final de setembro. Vendas antecipadas permanecem lentas, já que os agricultores ainda estão cautelosos. No milho, mesmo com melhora no preço para R$ 19,00, negócios continuam travados.

Na região de Assis Chateaubriand (PR), os produtores estão finalizando o plantio da soja da safra 2014/15. Porém, as chuvas esparsas preocupam os agricultores, uma vez que pode comprometer a produtividade de cerca de 20% a 30% da área semeada ao final de setembro. Devido a essa situação, as plantas não têm apresentado o desenvolvimento esperado.

Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Valdemar Melato, mesmo que as precipitações se normalizem nos próximos dias, já existem perdas. “Não teremos a safra esperada. Em contrapartida, as plantações cultivadas no começo de outubro, os prejuízos serão mínimos ou até mesmo não deverão acontecer”, diz.

A produtividade média das lavouras de soja gira em torno de 55 a 60 sacas do grão por hectare na região. E, por enquanto, os produtores estão conseguindo controlar o ataque de pragas e o surgimento de doenças nas plantações. 

Paralelo a esse cenário, a comercialização antecipada da saca do grão permanece lenta, já que os produtores ainda estão cautelosos e aguardam uma melhor definição, principalmente do câmbio. E de outro lado, há o aumento nos custos de produção que, para essa temporada cresceram cerca de 20%.

“No mercado disponível, o valor da saca é cotado a R$ 60,50, valor que cobre os custos de produção, mas já tivemos um preço de R$ 66,00 a saca. No mercado futuro, as cotações já estiveram ao a R$ 54,00, porém, o valor recuou para R$ 50,00 e abaixo de R$ 55,00 deixa uma margem ajustada aos produtores”, relata Melato.

Trigo

No do trigo, a preocupação do produtor é em relação aos preços praticados, que caíram de R$ 33,00 para R$ 28,00. Valor que, na visão do presidente, não cobre os custos de produção e com certeza, os triticultores irão fechar a safra no vermelho. Sem contar as perdas na qualidade e produtividade do cereal devido os problemas climáticos. 

Frente a esse cenário, o Governo tem realizado operações de leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor). “As operações amenizam, mas são insuficientes, é uma medida paliativa. O Governo não poderia ter liberado as importações do produto fora do Mercosul”, explica Melato. 

Com isso, os representantes do setor deverão se reunir no próximo dia 17 de novembro pra discutir uma politica para o trigo. “Iremos discutir a taxa de juros, as importações, para que o Governo não cometa o mesmo erro. Deveremos elaborar uma proposta para ser entregue às autoridades. E o trigo é uma cultura muito importante para a nossa região”, ressalta o presidente.

Milho safrinha

Apesar da melhora nos preços praticados de Assis Chateaubriand, a cotação da saca de milho subiu de R$ 18,00 para R$ 19,00, os negócios permanecem lentos. “O preço ideal seria ao redor de R$ 25,00, para cobrir os custos de produção e deixar uma margem aos produtores. Por enquanto, ainda há muito milho armazenado em silo bolsa, o escoamento da produção não está acontecendo da maneira como deveria. Os agricultores ainda esperam melhores oportunidades para comercializar”, finaliza o presidente do sindicato.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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