Minas Gerais deve ter safra de soja com quebra entre 10 e 15% segundo Aprosoja do estado

Publicado em 03/01/2019 09:35
Wesley Barbosa de Freitas - Presidente da Aprosoja MG
Estiagem de até 25 dias e chuvas irregulares prejudicaram o desenvolvimento das lavouras, que devem começar a serem colhidas no final de janeiro. Com poucos negócios realizados de maneira antecipadas até o momento, produtores aguardam a colheita para negociar sua produção.

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Entrevista com Wesley Barbosa de Freitas - Presidente da Aprosoja MG sobre o Acompanhamento de Safra da Soja

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Apesar de apresentar um início de desenvolvimento muito bom, a lavoura de soja no estado de Minas Gerais sofreu com a estiagem do mês de dezembro. Após um novembro muito chuvoso em que as plantas se desenvolveram bem, o último mês do ano foi marcado por até 25 dias sem chuvas em algumas regiões do estado e precipitações irregulares e mal distribuídas. Esse cenário já coloca as perspectivas de produtividade cerca de 10 a 15% menores do que a registrada na safra passada, quando o estado registrou a colheita de 4,5 milhões de toneladas.

“Temos casos de produtores aqui na minha cidade (Capinópolis) que pediram até seguro da lavoura para ver a seriedade dessa estiagem. É lógico que isso não é a nível de estado, em que eu creio que teremos uma queda na produção de 10 a 15%. Isso nos preocupa e faz o produtor ficar apreensivo”, diz Wesley Barbosa de Freitas, presidente da Aprosoja Minas Gerais.

Além das incertezas quanto a produtividade, os agricultores mineiros também se preocupam com as possibilidades de venda de suas lavouras. Com preços girando em torno de R$ 71,00 para soja disponível e R$ 71,50 para a entrega em janeiro, a maioria dos produtores aguarda momentos mais próximos da colheita para negociar seus produtos.

“O produtor sempre faz um travamento antecipado de seus custo porque próximo da colheita os preços dão uma retraída. Esse ano, devido à incerteza de ano eleitoral e ao custo do frete que ficou impraticável, as empresas compradoras retraíram e dificultaram a negociação antecipada do produtor. Existem algumas negociações, mas não foi tão forte como ocorreu em anos anteriores. O produtor deve fazer uma fixação dos seus custos e não deixar para última hora, deve vender algo antecipado ou se não guardar para vender depois”, aconselha Freitas.

MILHO

Como o plantio da soja mineira aconteceu de maneira antecipada, entre o final de setembro e o início de outubro, e a colheita deve ser iniciada entre janeiro e fevereiro, a expectativa dos produtores rurais do estado é antecipar também o plantio do milho, o que pode elevar a quantidade do cereal para a próxima safrinha.

“Agente sempre planeja a safrinha assim que termina o plantio da soja, porque se acontece uma soja com plantio antecipado o produtor pode aumentar o plantio do milho e se a soja acaba atrasando um pouco ele aumenta o plantio de sorgo. Como nesse ano o plantio da soja aconteceu bem mais cedo, com certeza a safrinha de milho será maior em nosso estado nas áreas que puderem ser plantadas até 15 ou 20 de fevereiro”, pontua o presidente da Aprosoja Minas Gerais.

Confira a entrevista completa no vídeo.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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