Soja tenta reação em Chicago, mas falta de demanda pesa e movimento de alta perde força

Publicado em 20/08/2019 18:34
Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro
Previsão de boas chuvas na porção mais seca do Corn Belt nos próximos 10 dias também ajuda a limitar movimento de alta da soja em Chicago

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Fechamento de Mercado da Soja - Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro

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Nesta terça-feira (20), a soja fechou com leves ganhos na bolsa de Chicago, revertendo assim os números da última sessão. Para Ginaldo de Sousa, diretor da Labhoro, essa neutralidade deve-se ao fato do clima americano estar mais favorável para as lavouras. Por outro lado, a falta de demanda pela soja traz preocupações, ainda mais se as chuvas nos estados produtores do Corn Belt auxiliarem nos próximos dias.

Se as condições climáticas forem favoráveis, isso poderá acarretar em uma melhor produtividade e, consequentemente, em estoques maiores. E como ainda não há uma solução em vista para o impasse comercial com a China, os preços da oleaginosa podem recuar ainda mais. Para o mercado interno brasileiro, os preços continuam vantajosos, mas Ginaldo alerta para a estratégia de vendas da próxima safra. Veja entrevista completa clicando no vídeo acima.

Centro-Oeste responderá por 28% do aumento da nova safra de soja do país, diz Aliança

SÃO PAULO (Reuters) - O Centro-Oeste do Brasil, principal região produtora de grãos do país, deverá elevar a produção de soja em 1,7 milhão de toneladas na nova safra (2019/20), na comparação com a temporada anterior, estimou nesta terça-feira a Aliança Agroeconômica, uma parceria de várias instituições do setor agropecuário.

Esse aumento deve representar 28% do crescimento esperado para a safra do Brasil em 2019/20, segundo a Aliança Macroeconômica, que baseou sua projeção na estimativa de safra brasileira do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Para o USDA, a safra 2019/20 de soja do Brasil, que será plantada a partir de meados do próximo mês, dependendo da chegada das chuvas, deverá aumentar para 123 milhões de toneladas, ante 117 milhões de toneladas em 2018/19.

Sozinho, o Centro-Oeste do Brasil colheu mais de 50 milhões de toneladas de soja, nas últimas duas safras.

A projeção de aumento de safra para o Centro-Oeste feita pela Aliança Agroeconômica, que inclui órgãos como Imea, de Mato Grosso, Famasul, de Mato Grosso do Sul, e Ifag, de Goiás, é pautada na expectativa de algum crescimento da área cultivada da oleaginosa, mas também incorpora uma recuperação na produtividade, principalmente em Mato Grosso do Sul, cujas lavouras foram afetadas pela falta de chuva em 2018/19.

Segundo Daniel Latorraca, superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os produtores estão aproveitando a recente alta do dólar frente ao real para comercializar o restante da safra velha e fazer negócios antecipados da nova temporada, enquanto se prepararam para o plantio.

"Mais negócios da nova safra, até porque a velha anda bem, mas já está bem comercializada", notou ele.

O Imea estima um aumento de 1% na produção de soja no Mato Grosso em 2019/20, ou cerca de 300 mil toneladas, para um recorde de 32,8 milhões de toneladas, com um ligeiro avanço de área de 0,6%.

Isso indica que a maior parte do crescimento esperado para o Centro-Oeste virá de Mato Grosso do Sul, cuja safra caiu 11,4% em 2018/19, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para 8,5 milhões de toneladas. Goiás também teve uma frustração de safra, mas em menor medida que os sul-mato-grossenses.

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Por:
Aleksander Horta e Ericson Cunha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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