Baixa demanda pela soja americana desde o início do ano tira sustentação de preços em Chicago; mercado aguarda termos do acordo

Publicado em 13/01/2020 17:02
Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest
Brasil pode perder mercado caso a China cumpra acordo com EUA e priorize compra de soja para atingir os US$ 40 bi negociados

Podcast

Entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest sobre o Fechamento de Mercado da Soja

Download

LOGO nalogo

A soja encerrou esta segunda-feira (13) em queda, com o mercado mostrando pouca força desde o início de 2020. A queda mais expressiva foi para janeiro/20, com queda de 5,75 pontos, com contratos sendo negociados a US$ 9,29. Para março/20, os contratos fecharam em US$ 9,42, queda de 3,75 pontos.

O mercado segue atento à demanda chinesa, que continua fraca, ainda mais diante de uma transição de oferta, com Estados Unidos finalizando a colheita, enquanto que o Brasil dá início aos trabalhos finais da safra 19/20. A atenção está voiltada à assinatura da "Fase 1" do acordo comercial entre EUA e China, já que há especulações de que o país asiático tenha que dobrar suas compras de produtos agrícolas americanos, chegando a um valor entre US$ 40 e US$ 50 bilhões.

Um acordo como esse colocaria 3 desafios para que a China consiga cumpri-lo: 1º são as pressões internas chinesas, que tentam barrar o aumento de cotas de importações, principalmente para o milho, o trigo e o arroz. 2º que a China nunca comprou esse tamanho de volume, o que irá exigir que o país crie novos mercados internos para consumir tudo o que for comprado. E 3º que a economia chinesa não tem crescido tanto, apesar de continuar em ritmo positivo.

Dessa forma, mesmo com o acordo assinado, há certo ceticismo de como ele será colocado em prática. Para se ter uma ideia, se a soja for colocada como carro-chefe no acordo, o volume de exportações do soja americana para a China iria de 30 para 40 milhões de toneladas por ano.

Como os termos do acordo ainda não foram divulgados, até mesmo essa hipótese é incerta. Outra dúvida é se haverá mecanismos de ajuste, caso a China não consiga cumpir o volume de compras de um determinados produto. Caso a prioridade pela soja americana se confirme, seria um cenário de preocupação para a competitividade da soja brasileira.

Leia mais:

>> China registra redução nos estoques de soja e farelo antes do feriado do Festival da Primavera

>> Soja: Produtor evita novas vendas diante de expectativa de preços mais altos

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Aleksander Horta e Ericson Cunha
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário