Fala Produtor
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ABRASGRÃOS - Assoc. Brasileira de Produtores de Grãos Formosa - GO 21/03/2007 00:00
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Álvaro Luiz Caon Porto Alegre - RS 21/03/2007 00:00
1. A cotação do dólar frente ao real hoje (20/03) bateu-nos 2,077. 2. As Bolsas de valores atingem de novo mais de 44.000 pontos com valorização de mais de 400% desde os 9.000 pontos de outubro de 2002 quando a eleição de LULA ameaçava os mercados... o dólar valia 4,00 reais... 3. Qual a mágica para tudo isso? 3.1 Alguns sites e economistas informam que o PIB global é da ordem de 47 trilhões de dólares e de que EUA respondem por cerca de 12 trilhões de dólares... 3.2 Alguns sites informam que o segredos dos EUA é emitir moeda sem lastro algum ou com lastro no militarismo norte-americano, essas fontes afirmam que desde a grande crise cambial de 1994 os EUA EMITIRAM CERCA DE 15 TRILHÕES DE DÓLARES SEM LASTRO REAL ALGUM, peço que confirmem se isso é verdade mesmo ou não procede... 3.3 Outras fontes de recurso ou de crédito e dinheiro fácil é emitir dívida pública ou bradies, criando dinheiro que vai alavancar hipotecas imobiliárias fantásticas, algo que ocorreu na Crise da Ásia em 1997, de forma que um Apto. em Mahnatah hoje é cotado em mais de 1 milhão de dólares dos EUA ... 3.4 Essa quantidade farta de dólares sem lastro vai então inflar as bolsas de valores mundiais, já que as ações não seguem lei econômica real alguma, pois não seguem o valor real dos ativos que é o valor patrimonial das empresas, de forma que nas bolsas os ativos podem valer até 20 vezes mais o que dizem valer de verdadeiro nos balanços... 3.5 A questão do preço dos minérios e do barril de petróleo é mais um motivo para inflar as bolsas e apreciar as mais de 70 moedas globais, sendo o real a moeda que mais se valoriza no mundo, porque não há controle ou quarentena de investimentos no Brasil, e me lembro bem que importantes políticos do PT em 2002 preconizavam uma quarentena de 5 anos para investimentos estrangeiros que entrassem em dólar no Brasil, modelo este adotado no Chile, e pelas últimas notícias, de que a China estaria refugando o excesso de dólares globais que entram no país... 4. Quem perde com tudo isso e quem ganha? 4.1 perdedores são os setores produtivos reais, a agropecuária perde de forma direta, pois os preços balizados pelo dólar caem... 4.2 Os ganhadores até agora são os investidores em bolsa de valores, os que apostaram nas ações ou sabiam de todo esse mecanismo virtual criado em torno do dinheiro virtual, dinheiro sobre dinheiro, uma bolha financeira que não se vê fim, apesar de que os balões estouram ao serem inflados, não se vê estouro dessa bolha financeira que vem desde 1994 e se intensificou a partir de outubro de 2002 a 2007... 5. E o que mais a dizer, o aposentado Allan Greenspan sempre falou na “Exuberância Irracional do Mercado dos EUA”, mas nunca tomou medidas concretas de precificação dos ativos, sequer considerou o valor patrimonial das ações e quando o nasdaq estourou em 2000 se limitou a esperar a correção especulativa do mercado e justificar nova inflação da bolha acionária dos EUA... 6. Me parece que a política econômica de dólar flutuante se exauriu, um governo sério trataria de criar âncora cambial a fim de proteger o que de negócio real existe no Brasil e mesmo mundo... 7. Por fim, neste cenário de oferta de dólares virtuais, a quanto viria o real, 1,70 ou 1,80 ou bem menos que isso? 8. Não se falou da taxa de juros de hoje na ordem de 12% ao ano, parece que o Governo brasileiro não baixa mais que isso por causa do risco de reverso da economia global, caso a bolha virtual de dólar estourar sem aviso algum, quanto valeriam os ativos globais?
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Eziquiela Windberg Não-Me-Toque - RS 20/03/2007 00:00
Olá!!! Estou enviando o artigo para vocês lerem, que escrevi juntamente com um amigo também agricultor e agrônomo que foi publicado na Revista Vitrine. Está despertando a atenção e revolta daqueles aos quais serviu o chapéu porque essa é a pura e cruel realidade. <br />Segue o artigo: <br />AGRICULTOR ADMINISTRANDO ESPERANÇA X BANCOS ADMINISTRANDO LUCROS <br />Diante da perspectiva de excelente safra futura, o agricultor, tendo a margem de rentabilidade comprometida pelo endividamento agrícola que assola o campo, além de o Governo valer-se de condições paliativas no tocante à situação, tenta sobreviver nessa magnífica profissão que é a agricultura. Nós, agricultores, somos os otários do mundo, porque há décadas administramos esperança de melhor rentabilidade enquanto os bancos, de que somos os fundadores e sócios, têm, parece por missão, o afã de apoderar-se do seu patrimônio, tirando-lhes as condições de trabalho. Na realidade, deixam agruras na vida do agricultor e sua família. A filosofia pregada por esses Bancos é simplesmente uma falácia!!! Alcir Calliari divulgou largamente, durante a CPMI do Endividamento Agrícola, em 1993, que “nem plantando maconha irrigada seria possível pagar os empréstimos agrícolas, com os custos financeiros então praticados...”. Essa é a realidade com que nos deparamos diariamente. A saída para enfrentar esse dilema é permitir a rentabilidade da agricultura para que se resolva a questão do endividamento agrícola. Urge mudança de posições do agricultor e dos gerentes dos Bancos. O agricultor deve tomar o lugar do gerente e estar numa sala com ar condicionado, com todas as mordomias e regalias para administrá-lo e, com certeza, não irá titubear, porque dinheiro não falta, uma vez que vem sendo sugado por essas instituições ao longo dos tempos. Agora, será árdua, para o gerente, ou presidente do Banco, a tarefa de administrar uma propriedade rural, trabalhar de sol a sol, sem regalias, sem dinheiro, sem crédito perante os Bancos e a sociedade, uma vez que está inadimplente e inscrito em todos os órgãos de restrição de crédito, sem perspectivas de melhores dias, sem condições de comprar semente, adubo, de revisar os equipamentos agrícolas e, muito menos, de conseguir pagar os colaboradores. Surge cristalina a conclusão. Essas pessoas que administram lucros, ou seja, o dinheiro do agricultor, realmente não possuem capacidade de gerenciar uma propriedade rural, porque não sabem trabalhar sem dinheiro e sem mordomias. Já o agricultor é um guerreiro pois, além de administrar esperança, sabe também administrar, com muita audácia, a sua propriedade, mesmo não dispondo de crédito e de dinheiro. E ainda se orgulha de dizer: SOU AGRICULTOR! E vamos continuar na luta por melhores condições de sobrevivência na agricultura...
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Rogério Souza Figueiredo Cotriguaçu - MT 19/03/2007 00:00
Primeiramente queria cumprimentar o apresentador João Batista e o analista financeiro Miguel Daoud, e a notável apresentadora Ana Amélia Lemos. João Batista, meu nome é Rogério Souza Figueiredo, sou funcionário público, lotado no instituto de defesa agropecuária do estado de Mato Grosso, Indea-MT, órgão responsável pela defesa sanitária animal e vegetal do estado de Mato Grosso. Atuo no município de Cotriguaçu-MT, região noroeste do estado, nosso município foi edificado sobre os alicerces da emigração sulista, temos como vertente macro-econômica a exploração vegetal, atividade esta mergulhada em crise posteriormente a operação curupira da PF, temos como atividade secundária a pecuária que a cada ano que passa vem se solidificando cada fez mais, estamos com um rebanho de 187.000 cabeças, com um crescimento vertiginoso de 20% a 25% ao ano. Estou constantemente no campo tenho um município com 9.123,58 km², e Apresentando ainda três extensos assentamentos, com 2.246 famílias, propriedades esta que necessitam de um monitoramento constante por parte do Indea, por ser consideradas propriedades de risco, sobre o ponto de vista sanitário. a minha revolta é que através do PRONAF o governo federal fomenta financiamento aos assentados e não exigem uma contra partida do produtor, como estrutura para fazer a contenção dos animais, até mesmo cerca para prender seus animais. Com isso dificulta muito o nosso trabalho de fiscalização das vacinações nas propriedades, uma vez que sou apenas um funcionário para executar este tipo de fiscalização no município, fomentando assim atos ilícitos por parte dos produtores que tem a capacidade de comprar a vacina e jogam fora, devido impossibilidade de efetuarem a contenção dos animais. Outro fato importante que eu queria destacar e viabilização da implantação da Hidrovia Teles Pires Tapajós, que resolveria praticamente todo o problema de logística do estado de Mato Grosso, pois é inaceitável a produção do norte do estado ser escoada por transporte rodoviário com destino aos portos de Paranaguá e Santos. Há um desperdício econômico muito grande, até mesmo ecológico devido a emissão de gases poluentes pelas carretas que efetuam este tipo de transporte. Ironia é que o projeto tão importante como este terá um prazo de 10 anos para ser executado, mais 10 anos de desperdício, até quando este país vai ser considerado o país do desperdício, uma vez que a previsão orçamentária para a conclusão da obra para viabilizar a navegabilidade é de apenas 200 milhões, recurso este que o governo LULA gasta apenas em propaganda. Segue Link como matérias sobre a implantação da Hidrovia: http://www.antaq.gov.br/NovositeAntaq/noticiadet.asp?DSTitulo=Especialistas%20apontam%20Hidrovia%20Teles%20Pires%E2%80%93Tapaj%C3%B3s%20como%20a%20melhor%20op%C3%A7%C3%A3o%20para%20escoar%20a%20soja%20brasileira&IDNoticias=4225 http://www.transportes.gov.br/bit/hidro/detriotelespires.htm
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Celso de Almeida Gaudencio Londrina - PR 18/03/2007 00:00
Estou muito preocupado com os comentários feitos em relação à pasta da agricultura, quando foi mencionado o nome do Sr. Reinold Stephanes, do Paraná, para ocupar o cargo de ministro. Será que os produtores paranaenses ficariam satisfeitos com essa indicação? O que posso afirmar é que os pecuaristas paraenses foram muitos prejudicados quando o ministro Roberto Rodrigues afirmou que havia uma ramificação de aftosa no nosso Estado. Foi uma gestão desastrosa! Também o mesmo acontece caso o seu secretário -- atual Ministro Guedes-- venha a continuar no ministério (o defensor do índice de produtividade)! A afirmação de que o Balbinotti, com conhecimento das necessidades da pesquisa agrícola brasileira (a polemica dos transgênicos é ideológica, não apresenta relevância no caso) possui menor estatura que o Rodrigues é um grande engano, assim como afirmar que o Reinold é indicação só do Requião, esquecendo-se do Delfim Neto.
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Antonio Carlos Papa Andirá - PR 18/03/2007 00:00
Caro amigos, João e Miguel. Parece que esses políticos não apreendem mesmo, ou estão gozando descaradamente na nossa cara!!! O ilustre desconhecido Deputado Odilio, digo desconhecido, porque sou PARANAENSE, e nunca havia ouvido falar nesse tal deputado; na câmara federal, ele também é desconhecido porque tem um dos mais altos índices de faltas, nepotismo e apenas 2 projetos de lei em 12 anos de atuação. Agora vem o Lula e nomeia esse ilustre deputado, para Ministro da Agricultura. É brincadeira!!!! Senti uma certa ironia na declaração do nobre deputado, quando disse que o Lula sabe que ele é correto... Lembram-se de um passado recente onde esse mesmo Lula daria um cheque assinado em branco para o dep. Jéferson??? Deu no que deu. Todos os braços direitos e esquerdos do Lula caíram por corrupção, mensalão, cuecas, Land Rover e mais uma dezena de podridão, que assola esse país. Bem que o nosso futuro ministro da agricultura poderia ter ficado quietinho, né?? Abraços E.T. só para informação: Há exatos 30 dias comprei uréia e paguei 855,00 por tonelada. Ontem a mesma uréia custava na Cooperativa, 1.160,00. Realmente É BRINCADEIRA!!!!
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Fabio Giocondo Arapongas - PR 16/03/2007 00:00
A formação dos ministérios e o jogo de forças entre partidos políticos mostra claramente que esta é a pauta das conversas em Brasília. Nada mais é importante neste momento. Vários assuntos vão passando despercebidos como foro privilegiado, bolsa estudante, etc... No campo produtivo, agricultores, industriais, comerciantes, prestadores de serviço, todos sem exceção, vamos vendo o bonde passar sem nada alterar, e os ministros a afirmar: “Nossa economia vai muito bem, nada pode mudar!” Conclusão do governo, é assim que em 2010 nós de novo vamos ganhar!!!
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Lucio Endrei Fava Giruá - RS 16/03/2007 00:00
1 - João Batista, voltando à reportagem do Jornal Nacional sobre a suposta super-safra, venho aqui dizer que o pior não foi a noticia, mas sim os agricultores entrevistados mostrando-se felizes da vida como se os anos anteriores de frustração de safra, dívidas atrasadas e agora preços baixos, (por causa da “ajuda” do governo com esse esplêndido dólar desvalorizado) não tivessem ocorrido. Isso sim foi o que mais me deixou sem palavras. Agora imagine o que um cidadão ai de São Paulo, por exemplo, que não sabe nada sobre a agricultura vai pensar... Quando mostram que o agricultor é só alegria, mas depois vêm pedir ajuda (dizendo que a agricultura esta falida e que não vai conseguir pagar as contas) esse cidadão urbano vai achar que os agricultores são uns chorões e que nunca estão satisfeitos. <br />2 - Sobre a escolha do ministro da agricultura, João, esta realmente é uma escolha muito bem vinda para o setor, mas para mim, depois que tivemos como ministro o Roberto Rodrigues, que com muito esforço tentou furar o bloqueio do ministério da fazenda, (que é quem realmente decide), eu acho que nem o papá irá conseguir alguma coisa . Gostaria João que o Miguel comentasse sobre isso: quem realmente manda no governo e o que pensam sobre o agronegócio. <br />3 - Para encerrar, queria dizer que, com tantos agricultores para entrevistar na Expodireto a Ana Amélia acabou mostrando um produtor que não condiz com o sentimento geral dos agricultores. O que realmente a grande maioria dos agricultores acha é que o governo só aparece quando é pra falar da supersafra. Governo este que, por sinal, muito pouco ajudou na hora dela ser plantada. <br /> PS: João, essa semana saiu uma pesquisa feita por uma emissora de radio aqui de Ijui (40 km de cruz alta) sobre o que os agricultores pensam que vai estar valendo uma saca de soja no forte da safra. O preço pago hoje aqui na região é, em media, de 26 reais. A pesquisa ficou assim: menos de 15 reais-7%: entre 15 e 20 reais-1%: entre 21 e 25 reais-24%: entre 26 e 30 reais 41%: entre 31 e 35 reais-13% e acima de 36 reais-12%.
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Fábio Barros Londrina - PR 16/03/2007 00:00
Caro João Batista:<br />Sou da região do Norte do Paraná, precisamente de Sertaneja, um município agrícola cercado de represas, o “chamado vale do Paranapanema”, muito bonito por sinal, com terras de alta fertilidade e topografia plana.<br />Mas João, o que eu quero dizer é que aqui no município temos várias empresas recebendo soja e milho entre nacionais e multinacionais. Uma delas, que por sinal é da região, nesta época de safra serve aos agricultores e motoristas um lanche com refrigerante enquanto esperam o descarregamento do caminhão. <br />Porém a empresa concluiu que o lanche com a mortadela é mais caro que o pão com carne moída. Daí trocou o cardápio, e o pessoal está recebendo pão com carne - por ser mais barato. Ou seja, este simples fato mostra o valor da nossa produção. Por isso, João, pergunto: para onde vai o preço da nossa carne?...<br />Enfim, quero agradecer todo seu trabalho. Você é, sem dúvida, a voz do produtor, pois sente aquilo que nós sentimos. Gostaria de agradecer também ao Miguel Daoud e a Ana Amélia Lemos. E lembrar que os homens passam e mas instituições ficam -- como é o caso do nosso BRASIL. Mas vamos torcer para que esses quatro anos passem depressa.<br />Grato pela atenção
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Fabio Giocondo Arapongas - PR 15/03/2007 00:00
A experiência de Roberto Rodrigues no Ministério da Agricultura desmistificou a questão da competência. Homem ligado ao agronegócio, porém fora do jogo político, foi facilmente driblado e desconsiderado por não ter pano de fundo. O momento agora coloca outro político do agronegócio, agricultor e sementeiro investigado; poderia ainda assim trazer resultados melhores. Mesmo com reconhecimento abaixo de Rodrigues, vem com bastidor forte, o partido camaleão mais governista que o país já viu! Todavia, essa posição de ligado ao agronegócio não nos trouxe evolução e resultado prático. Por isso, como no caso dos banqueiros, lanço a idéia de que devemos propor o Miguel Daoud para o cargo, mesmo que não seja "expert em roça", tenho certeza de que nos traria visão mesclada entre economia e agricultura. Óbvio que o Daoud não seria convidado por Lula, mas a idéia fica, devemos fomentar novas lideranças, envolvidas e com visão de economia mundial, ao invés do troca-troca e jogo de forças políticas, que fisiologicamente amarra o país. Grande parte de nossa crise está ligada a falta de lideranças, com exeção do segmento sucro-alcooleiro, os demais estão na mesma e com as mesmas idéias há muito tempo.....
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Tedaldo Buratti Jr. São Paulo - SP 15/03/2007 00:00
Pra dar entender como está a situação dos agricultores, é preciso lembrar que existem vários tipos de produtores: Uma coisa é produtor de soja do sul, com solo de terra roxa estruturada e com o clima colaborando e assistência técnica, produzindo a sua própria semente. No solo de terra roxa estruturada muitas vezes, a produção até deprime (diminui) com adubação química. Se o produtor for integrado (tem a sua produção pré vendida à agroindústria) e verticalizado (usa o subproduto de uma atividade como insumo para outra) esse realmente nunca vai estar em situação ruim. Até porque tem tudo perto e fácil escoamento da produção. Esse só faz a perpetuação da espécie pela natureza. E está corretíssimo. Outra coisa é o agricultor que produz no centro-oeste, sem assistência técnica, sem estrada, sem armazéns, com preços até 20% mais baixos, como disse um entrevistado depois, aí no Mercado & Cia. E o que é pior. Sem governo. Ou melhor, com governo só para cobrar até 100% de juro em uma colhedeira. Só para lembrar, para plantar no serrado, gasta-se no mínimo 1 tonelada de calcário(para a correção do solo) e no mínimo 300 kg de adubo em solo já corrigido. Isso se não for necessária uma cobertura de k (cloreto de potássio), para solos com teor de argila abaixo de 10%. É que o solo arenoso não segura a matéria orgânica e adubo. (lixiviação) Além disso, no centro-oeste, o regime de chuva é definido. Não há chuvas no inverno, apesar de chover bem no verão. Pelo menos onde eu trabalhei em Águas Claras-MS. Ou seja, não há cultura de inverno e renda para o produtor, tendo o agricultor uma oportunidade só de ganho no ano. Se nessas condições, se o produtor tiver 20 dias de estiagem na floração da soja de verão, sem seguro rural, ele perde tudo o que juntou trabalhando a vida inteira. Isso é o que mais tem no Brasil. Quem é da área rural, facilmente acha um parente que perdeu tudo que tinha na agricultura. Outra questão do etanol que precisa ser debatida, é que eu não conheço cortador de cana, com mais de 10anos de trabalho. E segundo eles, com a coluna travada. Estão todos eles pendurados na Previdência Social. É gente com 30 anos, aposentada, que os políticos vão mandar a conta para o contribuinte pagar. Se não adotarem o corte de cana mecanizado, aumentarem a verba para pesquisa, para produzir a cana transgênica, para resistência à broca, que está quase incontrolável, para resistência a herbicidas e bactérias nitrificantes como na soja, para aumentar a eficiência nutricional da planta, a sociedade vai pagar caro, e muito caro. Obs. João entrei no teu site e achei excelente. È só eu ter um tempo, marcarei um horário com o Daniel, para colaborar de alguma forma, já que vocês têm prestado um serviço brilhante ao Brasil, em especial aos agricultores. Muito obrigado
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Márcia melo milanesi Santo Ângelo - RS 14/03/2007 00:00
caros amigos produtores rurais do país, somos da região das missões , mais precisamente de Santo Ângelo, Rio Grande do Sul,criamos em 2006 a Associação dos Produtores de Soja da região das missões, AMISOJA ,para unidos enfrentar essa crise que se abateu no nosso setor,fomos para a estrada protestar, fechamos agencias bancárias e mobilizamos a classe produtora da nossa região em prol da nossa luta, como a maioria , estamos descapitalizados e endividados , prorrogamos os financiamentos com uros altos , mas o custo de produção e o preço do dólar , faz com que mesmo tendo uma safra normal ,como esta se projetando para o Rio Grande do Sul, não vamos conseguir pagar os compromissos acumulados para 2007. Estamos solidarizados a todos , temos que nos unir e fortalecer ao grupo de produtores do MT, que esta se mobilizando e criando propostas para defender seus produtores, é um problema nacional, o endividamento da classe produtora é um sério problema que juntos temos que enfrentar, e não passar por caloteiros mais uma vez.<br />
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AMISOJA ( ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE SOJA DA REGIÃO DA MISSÕES )
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Carlos Mello Palmeira das Missões - RS 14/03/2007 00:00
João Batista!!! Por Favor!!! Sei que o tempo para competências é muito curto neste país, mas leia este e-mail: REALIDADE HOJE -- Os problemas só aumentaram e/ou aumentam em escala ascendente. Um dos pontos gravíssimos, são os juros que empresas e/ou revendas de insumos, cada mês que passa, embutem na conta e/ou lavoura que foi feita em 2003/2004, com um dólar próximo a três reais (R$ 3,00) e na de 2004/2005, com dólar a mais ou menos 2,5 reais. Passivos estes que não teremos como solucionar caso não tenhamos um FAT e/ou uma cobertura financeira com prazos e juros dentro de nossas capacidades de pagamento. E, portanto, que não impactem ainda mais a nossa capacidade de tomar novos custeios e investimentos, o que deverá ser acompanhado de uma recomposição de nosso passivo dentro do Banco do Brasil (prazos mais longos, juros menores e com rebate), para habilitarmos a novos custeios e investimentos para nossas propriedades rurais. Ou seja: Temos que urgentemente retomar as tratativas e/ou negociação para definirmos resoluções da dívida destes agricultores, temos que buscar um artifício que nos permita recuperar o crédito e/ou custeio pleno para nossas propriedades. NOTAS: Os números da balança comercial disfarçam o caos do nosso endividamento, o que nos impossibilita de investirmos não só em estrutura mas principalmente em tecnologias. Pois nessas condições de custos, clima, preços e/ou câmbio é impossível sobrevivermos sem custeio e/ou políticas públicas. A regularização de nosso crédito é fundamental não só para nós, mas para toda a sociedade e o meio ambiente. Precisamos urgentemente de novas resoluções e/ou readequação do governo para este setor da sociedade que necessita de urgências fundamentais para a sua sobrevivência e desenvolvimento. OBS.: Porque não fazer, ao esperar reclamações? Penso que o governo tem que ser ativo e não reativo. Principalmente em Política Agrícola e Meio Ambiente, as quais devem estar lincadas. URGENTE: Caso não tivermos resoluções imediatas para os fatores acima referidos, iremos pegar um dinheiro novo e vivo de nossa colheita atual (o qual a mais ou menos três safras não temos) para pagarmos uma dívida podre, tanto dentro do sistema financeiro como para firmas de agroinsumos e postos de combustíveis (diesel), os quais já começaram a nos cobrar. Pois tanto bancos como firmas estão bem calçados documentalmente e nesses próximos meses e/ou dias não teremos como não desembolsar. As ameaças já começaram. É lamentável que tenhamos que entregar toda essa safra e ainda não quitaremos nossas dívidas, portanto vamos continuar devendo, sem crédito e dinheiro para cuidarmos de nossas vidas e investirmos em nossas propriedades, o que a muito não fizemos.
Prezado João Batista,<br />
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diante dos acontecimentos que nos cercam, parece incrível como se repetem tantos problemas que já deveriam ter sido solucionados.<br />
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São comuns os conceitos abaixo...<br />
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Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases:<br />
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1) "Nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, caçoa da autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem a seus pais e são simplesmente maus."<br />
<br />
2) "Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque essa juventude de hoje é desenfreada, insuportável, simplesmente horrível."<br />
<br />
3) "Nosso mundo atingiu seu ponto crítico... Os filhos não ouvem mais seus pais. O fim do mundo não pode estar muito longe."<br />
<br />
4) "Essa juventude está estragada até o fundo do coração. Os jovens<br />
são malfeitores e preguiçosos. Eles jamais serão como a juventude<br />
de antigamente. A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura."<br />
<br />
Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases. Revelou, então, a<br />
origem delas:<br />
<br />
A primeira é de Sócrates (470-399 a.C.).<br />
<br />
A segunda é de Hesíodo (720 a.C.).<br />
<br />
A terceira é de um sacerdote do ano 2000 A.C.;<br />
<br />
E, a quarta estava escrita em um vaso de argila descoberto nas<br />
ruínas da Babilônia (Atual Bagdá), e tem mais de 4000 anos de<br />
existência.<br />
<br />
Mais uma vez se pode concluir que a solução sempre está dentro do próprio problema.<br />
<br />
Abs, Telmo Heinen<br />