Mandioquinha-salsa: alternativa para o pequeno agricultor
A mandioquinha-salsa recebe diferentes denominações, conforme a região brasileira. Em algumas lugares de Minas Gerais, por exemplo, é chamada de batata-baroa. Já no estado de São Paulo e Sul de Minas é mandioquinha e mais para o sul do país, recebe a denominação de batata-sala.
Segundo Nuno Madeira, o mercado para esta hortaliça é amplo nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste e a cultura é compensatória, uma vez que a produção muitas vezes não atende a demanda. A produção pode ainda ser comercializada para a indústria de processamento, servindo como matéria-prima para sopas, cremes, pré-cozidos, alimentos infantis (“papinhas”), fritas fatiadas ("chips") e "purês".
“Comparativamente a outras hortaliças, a gente percebe que o cultivo de mandioquinha-salsa é bem mais rústico, demanda muito menos insumos. O custo de produção é relativamente baixo e o preço no mercado é bom, por ser a hortaliça ainda pouco encontrada no mercado”, destaca Nuno Madeira durante sua participação no Prosa Rural.
Em 1998, a Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) lançou a cultivar Amarela de Senador Amaral, que rapidamente se difundiu em regiões de Minas Gerais, São Paulo e no Sul do país, onde é cultivada principalmente por pequenos agricultores. Em 2011, a Embrapa, em conjunto com os órgãos de extensão rural, criou bancos de mudas de mandioquinha-salsa de alta qualidade em Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. O objetivo é garantir a viabilidade da cultura, que tem apresentado quedas de produção em virtude da utilização de material de propagação de baixa qualidade.