Ração continuará em alta até o 1º trimestre do próximo ano
A entidade prevê que até 2020 o País produzirá algo em torno de 80 milhões de toneladas de ração, contra 62 milhões de toneladas em 2010. Este ano, o produtor rural obteve bons preços com a soja e o milho, usados também na fabricação da ração para frangos, bovinos e suínos. Também o aumento de preços das rações, de abril até dezembro deste ano, trouxe certo otimismo à indústria de alimentação animal.
Segundo Ariosvaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações, os preços das rações subiram em média 10% este ano. "Até abril os preços das rações vinham em queda. A partir de maio notou-se uma retomada muito grande nos valores. Tudo isso por causa das instabilidades nos preços das commodities causadas pelo retorno dos investidores, a farta liquidez global e a expansão monetária nos Estados Unidos, além dos sinais inflacionários na China", afirmou.
A avicultura de corte foi responsável por 47% do consumo total de rações neste ano, o que representa um crescimento de cinco pontos percentuais ante 2009. Segundo Zani, a expectativa é que as aves consumam mais de 29 milhões de toneladas este ano. "A sobrevalorização da moeda local prejudicou a quantidade de frango exportada que até novembro acumulava crescimento de 6%. A rentabilidade do produtor, por sua vez, foi comprometida, em parte, pelo custo da ração que aumentou significativamente", comentou Zani.
Já a participação das demais criações ficou praticamente em linha com o ano passado, com os suínos demandando 25% da produção de ração animal, o gado de corte com 4% de participação e a queda de 1% do bovino de leite que deve fechar 2010 com 7% desse total.
Futuro
Para 2011, Zani não acredita em falta de ração no mercado brasileiro, que demanda atualmente 35 milhões de toneladas de milho, e 12 milhões de toneladas de soja para complementar a ração animal. Entretanto aposta em manutenção de preços até o final do primeiro trimestre de 2011, dado a expectativa do setor agrícola em relação aos preços das commodities. "A tendência de valorização dessas commodities agrícolas deve continuar durante o primeiro trimestre de 2011, tanto por conta da baixa oferta e a forte demanda, quanto pela previsão no atraso da colheita da soja que pode acarretar em uma provável redução da área de milho safrinha", salientou.
O vice-presidente afirma que a produção brasileira de rações ao longo de 2011 vai depender principalmente do crescimento das indústrias produtoras de aves e suínos influenciadas pelo desempenho das exportações, já que o mercado doméstico apresenta níveis de consumo bastante semelhantes aos dos países desenvolvidos.
Zani acredita que até 2050 o mundo terá um contingente de 9 bilhões de pessoas, e as carnes terão um incremento em seu consumo na ordem de 70%. "Se isso acontecer, o Brasil passará a responder com um dos principais players na produção de aves, suínos e bovinos. Tomara que o País seja realmente o grande celeiro do mundo, pois não existem outros oásis para produzir carne nas nossas condições de produtividade e preço", finalizou.
0 comentário
Minerva Foods avança em duas frentes estratégicas e alcança categoria de liderança do Carbon Disclosure Project (CDP)
Pesquisador do Instituto Biológico participa da descoberta de novo gênero de nematoide no Brasil
Secretaria de Agricultura de SP atua junto do produtor para garantir proteção e segurança jurídica no manejo do fogo
Manejo do Fogo: Mudanças na legislação podem expor produtores a serem responsabilizados por "omissão" em casos de incêndios
Primeira Turma do STF forma maioria por perda imediata do mandato de Zambelli
Receita com exportação do agro do Brasil sobe 6,2% em novembro e é recorde no ano