A desfaçatez dos ex Ministros de ½ Ambiente tentando sair do isolamento onde se enfiaram

Publicado em 22/05/2012 22:48 e atualizado em 05/09/2013 12:03

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Os grande sábios em foto da Agência Brasil de notícias.

Ecotalibã é um animal gozado. A ecologia quando exercida de forma fundamentalista, ao pé da letra, põe o Homo sapiens no mesmo nível de importância de qualquer outra espécie. Isso tem a consequência obvia de embotar o humanismo. O fundamentalista ambiental é, invariável e necessariamente, uma pessoa que gosta menos de um ser humano do que eu.

Mas isso tem consequência quando se convive com pares que fazem julgamentos morais. Não se pode assumir publicamente que a preservação da Amazônia depende da extinção do Amazônida, ou que o crescimento populacional precisa ser estancado, ou que as economias não podem continuar crescendo. Todas essas coisas são necessárias na visão dos ecotalibãs, mas eles não podem assumi-las abertamente sob pena de serem condenadas nos tribunais corriqueiros de moral.

Esse problema fez dos ecotalibãs um expert em retórica. Eles são exímios entortadores de verdades. Repare no amor que eles têm por Fritjof Capra, um cara que não consegue emendar dois silogismos corretamente. Outro exemplo é a tara que ecólatra tem em adjetivo. Ambientalista não pode ver um adjetivo que fica todo molhadinho. Os adjetivos têm o condão de abrir uma porta para os ecomaníacos entortaram esculhambarem com o sentido dos substantivos.

A coisa começou com o Desenvolvimento. Um dia eles começaram a dizer que o conceito de desenvolvimento não estava muito legal e pregaram nela um adjetivo sexy: Sustentável. Na penumbra do substantivo relativizado começaram a esconder uma batalha contra o desenvolvimento real guerreando contra hidroelétricas, contra transgênicos, contra rodovias, contra hidrovias, tudo escamoteado pelo adjetivo.

Tempos atrás Dona Marina Silva, a musa midiática dos ecomaníacos, disputou um cargo político numa eleição convencional. Perdeu. Logo em seguida tentou grilar um partido político convencional, o PV. Foi chutada para fora da legenda. Ficou mais por fora do que bunda de curumim. Então ela começou a dizer que o conceito de política não estava muito legal. Ela e seus marina's boys entraram numa campanha por uma "nova" política. Olha o adjetivo sexy aí. Na penumbra do substantivo relativizado os ecólatra de Marina Silva queriam uma política onde uma minoria com mais robozinhos de twitter tivesse o poder que a falta de votos da política substantiva lhes teima em negar.

Fundamentalista ambiental tem essa mania de relativar conceitos substantivos para escamotear suas intenções inconfessáveis. Eis que hoje um bando de ex ministros de ½ ambienta fez publicar um artigo no jornal Falha de São Paulo. Carlos Minc, Marina Silva (olha ela aí), Sarneyzinho Filho, Zé Goldemberg, Paulo Nogueira Neto e outros verdes de ocasião, vieram a público pedir o "veto integral" ao novo Código Florestal. Mas não o veto integral substantivo. Eles pediram o "veto integral dos retrocessos" que segundo eles existem no novo Código Florestal.

Entenderam a malandragem? Os ecotalibãs estão brigando ferrenhamente pelo "veta tudim", como disse o Chico Bento emo do Marício de Sousa, mas começa a ficar evidente que vetar a íntegra do texto não é uma opção. O Executivo vem dando sinais amiúde de que vetará apernas parte do texto. Então, os ecomalandros deram um jeitinho de relativizar o veto substantivo. Agora eles querem apenas o veto integral dos retrocessos.

Os grandes e belos oráculos do saber ecológico ainda fazem no textículo (com x) da Folha uma grande benevolência à presidente mortal Dilma Rousseff. Eles se colocaram à disposição da Presidenta para compor uma equipe de sábios oniscientes que elaborará uma alternativa de lei capaz de proteger as florestas dos seres humanos. Nos colocamos "à disposição para apoiar, da forma que for julgada mais oportuna, a elaboração e tramitação no Legislativo de uma proposta que vise uma política florestal sustentável"

Bobinhos eles, não? Querem legislar sem voto como fizeram todos os tiranos na história da humanidade.

 

Maurício de Sousa abusou do Chico Bento

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Chico Bento sacaneando o Tatu bola.

O cartunista Mauricio de Sousa postou hoje, em sua página do Twitter, um desenho em que seu personagem Chico Bento pede para a presidente Dilma Rousseff vetar o novo Código Florestal. Sousa anuncia o cartum como um "recado do brasileirinho Chico Bento", a ilustração traz o seguinte texto: "...Licença, dona Dirma!", começa Chico. "A gente num intendi muito das coisa da lei mais intendi da nossa necessidade! I nóis percisa das mata, dos rio, dos peixe... I tá todo mundo achando qui isso vai sê mexido pra pior" A sinhora podi ajudá pra isso num acontecê? Nossa gente vai agardecê por toda a vida! Eu juro!"

Chico Bento nem sempre foi assim como Maurício de Sousa o apresentou hoje. Quanto o personagem foi criado o Brasil ainda era um pais rural. Eram poucas as crianças que não tinham nos pais uma ligação próxima com a terra. O campo era familiar as crianças. Nesse contexto Maurício de Sousa criou o personagem ligado ao campo e ganhou uma boa grana vendendo gibi para aquelas crianças. Eu fui uma delas.

Hoje a coisa é completamente diferente. Minha filha tem mais de um ano e nunca viu uma galinha viva. E olha que é filha de um engenheiro agrônomo que vive no interior e de extensão rural. As crianças hoje em dia têm muito pouca ligação com o campo. Marício de Sousa não precisa mais de um personagem rural para ganhar a vita. Pode sacrificá-lo, pode abusar de sua imagem rural pondo em sua boca coisas que uma criança do campo jamais diria. Maurício de Sousa abusou do Chico Bento que não é mais uma criança do campo.

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No passado a coisa era bem diferente. Veja essa capa de um dos Almanaques do Chico Bento que pagaram as contas de Mauricio de Sousa onde ele e sua turma se divertem numa APP degrada. Anistiem Chico Bento. O desoneste não é ele, é quem empunha a caneta.

A turma que Maurico de Sousa precisa bajular hoje para vender um jibis é outra. O Chico Bento virou emo.

 

 

 

X9 - Carlos Minc deu o serviço: Dilma vetará entre 12 e 14 itens do Código Florestal

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O ecólatra, ex ministro do 1/2 ambiente,
Carlos Minc. Foto: Elza Fiúza, da Agência Brasil

O ecólatra e ex ministro do 1/2 ambiente, Carlos Minc, disse hoje em um evento no Rio de Janeiro, cidade do Cristo Redentor no topo do Morro do Corcovado, da Lagoa Rodrigo de Freitas sem APP e da favela na encosta do Morro da Rocinha (roça pequena), que a Presidente Dilma Rousseff vetará entre 12 e 14 pontos do texto de reforma do Código Florestal. Minc deu pistas de quais serão alguns desses itens. Veja o que disse Minc:

"A presidente veta, mas não veta tudo. Ela deve vetar algo como 12 ou 14 artigos. E elaborará uma Medida Provisória para impedir que haja um vácuo legislativo. Se vetasse integramente, valeria o código atual, que também tem muitos problemas. Ao vetar vários artigos estruturantes, como anistia, redução de APPs, redução das margens dos rios, pecuárias das encostas, sobre estes pontos, não haveria uma legislação. A MP entra imediatamente em vigor depois de sua publicação."

De acordo com Minc, Dilma construirá a MP com usando o texto aprovado no Senado. Desta forma a presidente evitaria que seus vetos sejam derrubados pelo Congresso uma vez que a derrubada de um veto depende da maioria absoluta dos votos do Senado e os Senadores não votariam contra seu próprio texto.

"Os ruralistas têm maioria mais um na Câmara para derrubar o veto. Mas, ao repor vários pontos do Senado, ainda que acrescente algumas coisas mais interessantes, Dilma vai impedir que o veto seja derrubado na urna do Senado. O veto tem que ser bom ambientalmente e politicamente. Caso contrário, seria uma derrota para a Dilma e para os ambientalistas", explicou Minc.

Em tempo, os produtores rurais devem ficar atentos. Todos sabemos que Dilma vetará o artigo 61, já disse isso aqui no blog duas semanas atrás. Mas Minc está dando a entender que o Executivo vetará outros pontos do texto que podem prejudicar muito o setor rural como a consolidação de pecuária em encostas de declividade inferior a 45º que afetará duramente a produção de leite em Minas Gerais, por exemplo.

Pior, o Executivo está tentando dificultar a eventual derrubada dos vetos. Suponha, por exemplo, que o Executivo atenda o anseio da Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira ante a parcimônia do Ministro da Agricultura, e decida vetar o artigo 1º do texto aprovado na Câmara fazendo voltar através da Medida Provisória o texto do Senado para o Artigo 1º. Isso será terrível para o setor rural. O Artigo 1º do Senado foi escrito pelas ONGs infiltradas no MMA e prejudicará o sobremaneira o setor rural.

É preciso ficar atentos. Os ecotalibãs estão derrotados, mas isso não significa que o setor rural já esteja vitorioso.

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Fonte:
Blog Ciro Siqueira

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1 comentário

  • José Armando Nogueira Salvador - BA

    É sempre bom saber que:

    “o céu não é tão distante do inferno.”

    Os dirigentes dos mais desenvolvidos países do mundo não virão para a Rio+20, (Eu já antecipei isto). Só para ficar na questão ambiental, em nenhum desses países patrocinadores de ONGs, existe APPs, Reserva Legal, etc. Não é por isso que não devemos ter. E temos. Mas isso mostra que ainda existe o complexo de "vira-lata" por aqui. Em vez de nos orgulharmos de nossa capacidade de equilíbrio entre produção e preservação, muitos ficam com medo desses gringos (ongueiros) de meia-pataca! Os países patrocinadores de ONGs (Inglaterra, Holanda, Alemanha, França, Canadá), dentre outros, não têm 1% (atenção: um por cento!) de matas nativas! Os produtores brasileiros trocariam na hora a legislação brasuca-ambiental pelas legislações estrangeiras (todas). Aqui, todos os países morreriam de fome, acostumados que estão com suas centenárias explorações. Só a tecnologia tropical produz em apenas 27% de sua área territorial e aumentou em 40 anos (400% ) a produtividade sem queimar um mísero pedaço de pau. É bom não confundir produtor com madeireiros exploradores que vendem a madeira para a decoração dos “reclamantes”, patrocinadores e inocentes (in) úteis (para eles). Toda moeda tem dois lados. É uma questão de inteligência ler os dois para saber exatamente o que se tem na mão. Minc e Marina não têm lado. Nem moeda política nem de conhecimento. São dois ex-ministros que nada fizeram por uma discussão moderna, onde a ciência não contrapõe 1/² ambiente à produção. A diferença entre eles talvez esteja no colete. Não se sabe se é de lã de algum bichinho da floresta ou se é sintético. Mas o modelito também serviria para ambos, já que estão tão irmanados na busca de uma causa. Por falar em Maurício de Sousa, esse senhor perdeu uma grande oportunidade de deixar o seu Chico Bento calado, já que era pra falar de uma coisa que ele afirma que não entende.

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