… e Dilma está devendo dois anos de IPVA de seu calhambeque no Rio Grande do Sul

Publicado em 29/08/2014 16:20 e atualizado em 01/09/2014 08:41
em veja.com

As justificativas de Mantega: faltou uma

guido

Política econômica com menos credibilidade

A consultoria Arko Advice compilou todas as justificativas de Guido Mantega para o pífio desempenho do PIB no país: seca, Copa do Mundo, crise no exterior, inflação, câmbio, juros altos, economia americana, política do FED, safra ruim, seguro-desemprego, mercado de trabalho, excesso de feriados e desaceleração global. Nenhuma delas se refere à perda de credibilidade da política econômica.

Por Lauro Jardim

Vermelho sangue

dilma

Dilma: elétricas no vermelho

O setor elétrico, o xodó de Dilma Rousseff – imagine se não fosse – segue com números tingidos de vermelho reluzente.

Em seus balanços do segundo trimestre, estatais como Eletrobrás, Furnas, Chesf e Eletronorte apresentam resultados ruins em termos de geração de caixa. Aos números:

*Eletrobrás – Caixa após investimentos: negativo em 3,3 bilhões de reais

*Furnas – Caixa após investimentos: negativo em 648 milhões de reais

*Chesf  – Caixa após investimentos: negativo em 1,2 bilhão de reais

*Eletronorte – Caixa após investimentos: negativo em 616 milhões de reais

Por Lauro Jardim

Vai pelo mesmo caminho

Cabo de guerra

O pior ainda vem aí

O PIB do segundo trimestre foi o que se viu. Não é ainda a pior notícia. Quase todos os indicadores apontam para um terceiro trimestre tão ruim quanto.

Por Lauro Jardim

Difícil esvaziar o balão

Marina na bancada

Marina na bancada

A pergunta que todos no meio político fazem – e cuja resposta vale 1 bilhão de dólares para as campanhas de Aécio Neves e Dilma Rousseff – é: como desconstruir Marina Silva? Muita gente avaliou que os temas abordados na entrevista de anteontem ao Jornal Nacional poderiam ser um bom caminho.

A julgar por uma extensa pesquisa qualitativa realizada ontem por uma agência de propaganda em São Paulo, só com eleitores declarados de Marina, a resposta é não.

Depois de assistir ao JN, os entrevistados consideraram que:

*a embaraçosa questão sobre a propriedade do avião de campanha de Eduardo Campos não cola em Marina. Simplesmente porque as classes C, D e E não conseguem entender direito do que está se falando.

*A propalada inexperiência de Marina também não esquenta a cabeça dos seus eleitores. Lula, neste caso, vira a referência de alguém “sem experiência que foi bem sucedido”.

*A baixa votação que Marina obteve no Acre em 2010, tema levantado por Patrícia Poeta, não fez nem cócegas entre os seus apoiadores.

*Já a discussão sobre a “nova política”, pregada por Marina, contra a “velha política”, causou algum desconforto em seu eleitorado. Os entrevistados enxergaram ali uma certa contradição entre o discurso e a prática de Marina.

Em resumo, por enquanto está difícil esvaziar o balão de Marina.

Por Lauro Jardim

… e Dilma está devendo dois anos de IPVA de seu calhambeque no Rio Grande do Sul

(Ilustração: Baptistão)

(Ilustração: Baptistão)

 

O CALHAMBEQUE OFICIAL

Nota publicada na seção “Holofote” de edição impressa de VEJA

Na declaração de bens que apresentou à Justiça Eleitoral, a presidente Dilma Rousseff lista, entre outros itens de seu patrimônio, um Fiat Tipo 1996.

Em valores atuais, o carro, que já saiu de linha, valeria no máximo 6 mil reais.

O que não aparece no documento é que a presidente está devendo dois anos de impostos ao governo do Rio Grande do Sul, onde o veículo está registrado.

No cadastro do Detran consta que o IPVA de 2013 e 2014, e também o seguro obrigatório, não foram pagos.

A dívida é de 691,13 reais — uma ninharia perto do 1,7 milhão de reais que Dilma informa como o valor total de seus bens, que incluem ainda terrenos, apartamentos, joias e 152 000 reais em dinheiro vivo.

(por Ricardo Setti)

Marqueteiro de Dilma recomenda esconder certos números do Bolsa Família. Confiram quais — e por quê

(Foto: Claudio Gatti)

João Santana: para nada dar errado na campanha petista, melhor esconder os dados perigosos do Bolsa Família (Foto: Claudio Gatti)

BOLSA ESCONDIDA

Nota publicada na seção “Holofote” de edição impressa de VEJA

O tema Bolsa Família é um tabu na campanha de todos os candidatos, inclusive de Dilma Rousseff. A orientação é que, se for para falar do assunto, apenas se reforce que os benefícios serão mantidos.

Por causa disso, o marqueteiro João Santana decidiu esconder um dos mais importantes números do programa: o de famílias que devolveram o cartão porque não precisam mais do benefício. É aquilo que se chama de porta de saída.

O receio do PT é que os bolsistas interpretem o fato como um sinal de que o auxílio pode ser suspenso no futuro. Uma tragédia eleitoral.

(por Ricardo Setti)

Ué, não era culpa da tal crise externa? Ou: Desmascarando Dilma com uma imagem

Está tudo jóia, é só um probleminha com a economia americana… ops!

A presidente Dilma tem repetido ad nauseam que estamos enfrentando dificuldade por conta de uma suposta crise externa, aquela que o ex-presidente Lula garantia ser apenas uma “marolinha”. Há só um detalhe: não está fácil identificar tal crise!

Dilma tem citado o Japão ou a Europa. Oh, really? Vai mesmo escolher a dedo os países em maior dificuldade no epicentro do furacão? Que tal comparar o Brasil com os países emergentes asiáticos? Não quer tanta covardia? Então que tal comparar o Brasil com seus vizinhos latino-americanos?

Ainda acha covardia? De fato, esses países, especialmente os que fizeram a Aliança do Pacífico e abraçaram a globalização, crescem bem mais do que a gente, e com bem menos inflação. Vamos, então, usar os Estados Unidos mesmo, a maior economia do planeta. Se até os Estados Unidos conseguem crescer nesse cenário, por que só o Brasil deveria justificar sua recessão com a tal “crise externa”? Vejam:

PIB Brasil news

 

 

PIB EUA news

São chamadas de notícias com apenas um dia de distância. Dados quentíssimos! O gigante americano, com todos os seus problemas, no epicentro do furacão e responsável em boa parte pela crise de 2008, está agora crescendo 4% ao ano, surpreendendo os analistas.

Já o Brasil está com queda de 0,6% no trimestre e 0,9% ano contra ano, também surpreendendo os analistas e especialmente o governo, só que para baixo. Será que Dilma ainda vai ter a cara de pau de acusar os críticos de “pessimismo”? Dessa turma tudo é possível…

Rodrigo Constantino

Giannetti critica o “imbróglio fiscal” do governo Dilma. Ou: Belluzzo e Mantega, uma dupla e tanto!

Giannetti da Fonseca

Como já disse algumas vezes aqui, tenho o maior respeito e admiração por Eduardo Gianneti da Fonseca. Li quase todos os seus livros (falta apenas um), todos muito bons. Aprecio sua bagagem cultural, inclusive fora da área econômica, o que lhe permite uma visão abrangente da coisa. Portanto, fico muito honrado quando a turma da Unicamp o compara a mim para tentar difamá-lo.

Um texto assinado por Luiz Gonzaga Belluzzo, entre outros, acusa a “intolerância de um liberal”, referindo-se a Giannetti e “rebatendo” uma acusação que fez de que “a Unicamp é um produto típico do regime militar”. Para os autores, os mesmos que vêm ajudando a destruir nossa economia há décadas – quando não o Palmeiras – Giannetti “esteve mais próximo de gente bem menos refinada, como o blogueiro Rodrigo Constantino”.

Fico agradecido pela parte que me toca, e só posso rir do uso do termo “blogueiro” com claro viés pejorativo, sendo eu formado em economia pela PUC do Rio de Janeiro, aquela do Plano Real, que o pessoal da Unicamp foi contra. Quando faltam argumentos e quando o histórico de acertos para mostrar é inexistente, resta atacar o mensageiro mesmo.

Mas toda essa longa introdução foi apenas para chegar à coluna de hoje de Giannetti, e dizer que me sinto confortável de ser colocado no mesmo saco dele por gente como o Belluzzo. Se a economia da Unicamp nos ataca, isso é bom sinal. E Giannetti, no texto, mostra com fatos e argumentos, aquilo que essa turma não aprecia, como o governo Dilma levou para o buraco nossas contas públicas. Diz o economista:

Impossível ler a recente declaração do ministro Guido Mantega ao “Valor” (22/8) –”as nossas contas públicas estão absolutamente organizadas”– e não lembrar do que os ingleses definem como a primeira lei do jornalismo: “não acredite em nada até que tenha sido oficialmente negado”.

Belluzzo, que não satisfeito em fazer besteira na economia, resolveu quebrar o Palmeiras

O que já era ruim está se tornando ainda pior. Além dos problemas de execução da política fiscal, com resultados cada vez mais distantes das metas definidas pelo próprio governo, há fortes indícios de que o repertório de truques e malabarismos contábeis vem se ampliando perigosamente nos últimos meses.

[...]

O aspecto mais preocupante, entretanto, são os indícios de que ao invés de abandonar o recurso à “contabilidade criativa”, como chegou a anunciar, o governo vem de fato se enredando ainda mais em práticas de disfarce e manipulação dos números.

[...]

O expediente foi revelado por fiscais do Banco Central e consiste na prática de servir-se da Caixa e do Banco do Brasil a fim de efetuar pagamentos a descoberto de obrigações do Tesouro junto a beneficiários de programas sociais e produtores rurais, entre outros. Nos balanços do primeiro semestre, o saldo negativo do “cheque especial” do governo era de R$ 3,9 bilhões na Caixa e R$ 9,8 bilhões no BB.

Além de violar a Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe esse tipo de operação, o expediente causa enorme prejuízo aos bancos estatais e nos aproxima mais alguns passos de perder a condição de “grau de investimento”.

Mantega. O que dizer? É o Mantega, aquele que nega que 2 + 2 = 4...

Mantega. O que dizer? É o Mantega, aquele que nega que 2 + 2 = 4…

Como um alcoólatra que jura largar o vício, mas sucumbe a cada nova tentação que se oferece, o governo Dilma repete a sina da oração do jovem Santo Agostinho: “Dai-me, Senhor, a temperança e a virtude, mas não já”. 

Direto ao ponto. Contra fatos não há argumentos. E os fatos divulgados hojepioram ainda mais a situação do governo:

As contas do setor público (União, Estados e municípios) registraram deficit de R$ 4,7 bilhões no mês passado, primeiro resultado negativo para meses de julho das estatísticas do Banco Central, informou a instituição nesta sexta-feira (29).

O número corresponde ao resultado primário, que é a diferente entre receitas e despesas não financeiras, ou seja, sem considerar o pagamento de juros da dívida.

Pela primeira vez nas estatísticas oficiais, que começam em dezembro de 2001, o setor público registrou três meses seguidos de resultados negativos, ou seja, com despesas acima do valor das receitas.

Eu, apenas um

Eu, apenas um “blogueiro” espantado com tanta estupidez…

O que resta a Belluzzo, Mantega e companhia além de atacar o “blogueiro” da Veja? Esse pessoal criou esse caos econômico, e agora não sabe o que fazer. Mantega ainda vive em negação da realidade, criando bode expiatório de tudo que é jeito para se livrar da responsabilidade pela crise e pela recessão, que ele finge não existir.

Quando certo tipo de gente nos ataca, isso é a maior prova de que estamos no caminho certo.

PS: Se eu tivesse a certeza de que Marina Silva é Giannetti da Fonseca quando o assunto é economia, confesso que dormiria mais tranquilo diante das últimas pesquisas eleitorais. O problema é que ninguém pode ter tal certeza, nem mesmo o próprio…

Rodrigo Constantino

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