"Cuidado com o “tracking” - alerta Lauro Jardim, de Veja, sobre as pesquisas instantaneas...
Circularam ontem pelo mercado trackings que mostravam Dilma Rousseff subindo mais um pouco e Marina Silva caindo.
E assim tem sido as últimas semanas: trackings para tudo quanto é lado, todos usados como arma de campanha e desinformação. (Os jornalistas, inclusive, de vez em quando caem nessa – e é justo que se faça a autocrítica.)
Trackings são pesquisas feitas por telefone, diárias, realizadas por institutos contratados pelas campanhas. Como só captam entrevistados que possuem telefone faz-se uma ponderação para se chegar a um resultado confiável. Mais: nos trackings deve se tirar a média dos últimos três ou quatro dias de pesquisas para alcançar o índice correto. Em geral, as campanhas passam para aliados e jornalistas somente os números do dia – quando interessam, claro.
Os trackings existem porque obviamente funcionam para as campanhas balizarem suas ações e estratégias.
Só que hoje é muito difícil saber o que é o número real e o que é o resultado que as campanhas separa para passar para aliados e para jornalistas. São índices que servem, quando os números verdadeiros são ruins., para que os aliados não se desestimulem, E para que os jornalistas soprem aqui e ali os resultados.
Em resumo, é tal a profusão de trackings que todos devem botar as barbas de molho quando ouvir falar num deles.
O mais prudente é guardar a ansiedade e esperar pelas pesquisas registradas no TSE. Hoje, a propósito, tem pesquisa Datafolha, que será divulgada à noite.
Por Lauro Jardim
Contagem regressiva
Faltam 30 dias para o segundo turno.
Por Lauro Jardim
A delação do doleiro
Numa palavra, a importância da delação premiada que Alberto Youssef começará a fazer: ela liga as pontas dos documentos apreendidos pela PF no início da Operação Lava Jato.
Por Lauro Jardim
Sem fogos de artifício ou catastrofismo
De um banqueiro de investimentos, dos grandes, olhando para 2015:
- Se Marina ganhar, o seu governo não será tão bom como o mercado financeiro está achando; assim como se Dilma vencer o seu governo não será tão ruim quanto o mercado está prevendo.
Por Lauro Jardim
Depois da eleição, Lula estará liberado para baixar na Síria e sossegar os companheiros degoladores com meia dúzia de conversas
No fim de 2008, depois de dar por inaugurado o Brasil Maravilha, o primeiro ex-operário promovido a presidente da República cismou que a ONU merecia um secretário-geral que, além de monoglota, nunca lera um livro nem sabia escrever. Nos dois anos seguintes, até que a ficha caísse, Lula caprichou no duplo papel: Conselheiro do Mundo e Solucionador de Conflitos Insolúveis.
O consultor planetário, por exemplo, tentou convencer o governo americano de que, vistos de perto, os aiatolás atômicos do Irã eram gente fina, que recorria a peraltices nucleares só para chamar a atenção dos adultos. O especialista em crises sem remédio abandonou de novo o local do emprego para baixar no Oriente Médio e ensinar que ódios seculares podem ser liquidados com uma semana de prosa & lábia.
Voto revoga prontuário, reiterou a campanha internacional. Lula bajulou genocidas africanos, perdoou dívidas bilionárias de tiranos caloteiros, ajoelhou-se no altar de Hugo Chávez, celebrou missas negras em companhia de assassinos psicopatas, rebaixou-se a amigo e irmão de abjeções como Muammar Khadafi, debochou dos presos políticos cubanos; fez o diabo. Mas a candidatura a comandante da ONU fez tanto sucesso quanto a ideia de instalar no governo paulista um poste disfarçado de Alexandre Padilha.
O padrinho pode ter sua segunda chance caso ajude a afilhada a provar que só a troca dos ataques aéreos por conversas civilizadas conseguirá encerrar o show de selvageria protagonizado pelo Estado Islâmico. Como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, não há no mundo alguém tão preparado quanto Lula para missões do gênero. A partir de novembro, ex-presidente estará liberado para sossegar os companheiros degoladores com meia dúzia de conversas.
Perdida a eleição, Lula não terá nada a perder além da cabeça.
Tags: 1 minuto, Brasil, conselheiro do mundo, degoladores, Dilma Rousseff,Estado Islâmico, Lula, ONU
(por Augusto Nunes)
No colosso ferroviário sem trilhos da Bahia, só a gastança viaja em alta velocidade
PEDRO COSTA
Em março de 2010, depois da licitação do trecho baiano da Ferrovia Oeste-Leste, o governo festejou mais uma façanha do PAC2: em pouco mais de três anos, os municípios de Ilhéus e Barreiras estariam ligados por 1.022 quilômetros. Prevista para julho de 2013, a festa de inauguração ainda não desceu do palanque ─ nem descerá tão cedo. Estão prontos apenas 25% da obra administrada pela estatal Valec. Faltam três quartos. Em contrapartida, a gastança esbanja agilidade. Com os R$ 600 milhões em aditivos liberados no ano passado, os custos subiram para R$ 4,9 bilhões.
Tags: Bahia, Ferrovia Oeste-Leste, governo federal, Ibama, Porto Sul de Ilhéus,superfaturamento, Tribunal de Contas da União
Celso Arnaldo Araújo e o desempenho da presidente na ONU: ‘A vergonha é anual’
Em 24 de setembro de 2013, a performance da doutora em nada na ONU inspirou o post de Celso Arnaldo Araújo reproduzido na seção Vale Reprise. Nesta quinta-feira, num recado à coluna, nosso grande especialista em dilmês constata que a presidente é uma reincidente sem cura. Confiram:
A vergonha é anual. Em 2013, quem cortava cabeças eram os guerrilheiros do Al-Shabab. Mas Dilma, como se revê aí, foi firme, como sempre:
“Jamais transigiremos com a barbárie”.
Dilma, evidentemente, não sabe o que é transigir. Não sabe o que é barbárie. Não sabe nada de nada. Estado Islâmico? Não tem noção do que se trata.
No Estado Dilmês, não há cabeças a sacrificar.