O PT aloprou pra valer, mas, pela primeira vez, fala a verdade: resolução do partido confessa querer a reforma política para se
O PT aloprou pra valer, mas, pela primeira vez, fala a verdade: resolução do partido confessa querer a reforma política para se impor como partido único, prega a revolução cultural para conquistar a hegemonia e deixa claro que proposta de diálogo de Dilma é uma farsa
O PT, finalmente, fala a verdade — pode não ser toda ela, mas é parte dela ao menos. Nesta segunda, a Comissão Executiva Nacional do partido divulgou uma resolução espantosa (clique aqui para ler a íntegra). Trata-se de um dos textos mais rancorosos e esquerdopatas desde que o partido chegou ao poder, em janeiro de 2003. Vale dizer: 12 anos no comando do país, com chance de chegar a 16, não aplacaram, como diria o poeta, a fúria do algoz. Ao contrário. O texto tem, reitero, ao menos a virtude da sinceridade:
a: deixa claro que a disposição para o diálogo do governo Dilma é uma farsa;
b: confessa que seu objetivo é promover o que chama “revolução cultural” para construir a “hegemonia”;
c: evidencia que o objetivo da reforma política é mesmo aniquilar ou subordinar as demais vozes da sociedade.
Eu nunca tive dúvida a respeito desses propósitos. Mas havia quem tivesse. Agora, não precisa ter mais. Os petistas o confessam.
Entre outras barbaridades, pode-se ler no documento: “A oposição, encabeçada por Aécio Neves, além de representar o retrocesso neoliberal, incorreu nas piores práticas políticas: o machismo, o racismo, o preconceito, o ódio, a intolerância, a nostalgia da ditadura militar”. Uma única mentira constrange; uma borrasca delas assume certo tom de comicidade. Note-se que não vai acima o perfil de um partido adversário, mas o de uma força que tem de ser eliminada.
Esse é o partido que terá o comando do governo, ao qual pertence a presidente Dilma Rousseff, que diz querer o “diálogo” com a oposição. Mais: Aécio obteve 48,36% dos votos — 51.041.155. Quer dizer que metade do eleitorado votou no racismo, no machismo, no ódio, na intolerância e na nostalgia da ditadura? Um texto como esse é um acinte e um disparate. Essa gente está no comando do país, o que explica muita coisa.
Reitero, no entanto, que não falta à resolução ao menos a virtude da sinceridade. O texto confessa: “É urgente construir hegemonia na sociedade, promover reformas estruturais, com destaque para a reforma política e a democratização da mídia”.
O leitor pouco familiarizado com alguns termos próprios da política pode não identificar, mas o PT está se referindo à “revolução gramsciana”, numa referência ao teórico comunista italiano Antonio Gramsci. Na mesma resolução, o partido deixa claro: “Para transformar o Brasil, é preciso combinar ação institucional, mobilização social e revolução cultural”.
O que é “hegemonia”? É a ditadura perfeita. Prefiro citar o próprio Gramsci, que a definiu como ninguém. Para que você entenda a referência, é preciso saber que ele chamava o partido que comandaria a sociedade como o “Moderno Príncipe”. Leiam o que escreveu:
“O Moderno Príncipe, desenvolvendo-se, subverte todo o sistema de relações intelectuais e morais, uma vez que seu desenvolvimento significa, de fato, que todo ato é concebido como útil ou prejudicial, como virtuoso ou criminoso, somente na medida em que tem como ponto de referência o próprio Moderno Príncipe e serve ou para aumentar o seu poder ou para opor-se a ele. O Moderno Príncipe toma o lugar, nas consciências, da divindade ou do imperativo categórico, torna-se a base de um laicismo moderno e de uma completa laicização de toda a vida e de todas as relações de costume”.
Entenderam? A revolução cultural gramsciana, que conduz à hegemonia, esta que o PT agora diz abertamente querer, faz do “partido” a única verdade possível. Desaparecem os valores e a moral. Será crime o que o partido definir que é crime. Será virtude o que o partido definir que é virtude. Toda ação, diz Gramsci, deve ser analisada apenas segundo um critério: ela serve para aumentar o poder do partido ou para combatê-lo? Se servir para aumentar, não importa o que seja, é bom; se servir para combatê-lo, não importa o que seja, é ruim.
Mensalão, aloprados, roubalheira na Petrobras??? Aumentam o poder do partido? Então são virtudes.
E o PT dá o caminho da sua busca pela ditadura perfeita. Está lá na resolução:
- reforma política, precedida de um plebiscito, através de uma Constituinte exclusiva;
- democracia na comunicação, com uma Lei da Mídia Democrática — isso quer dizer “censura”;
- retomada do projeto que entrega a administração federal a conselhos populares.
A resolução do PT retira a máscara do segundo governo Dilma e deixa claro que aqueles que embarcarem nessa conversa estarão pondo a corda no próprio pescoço. Assim, tudo o que os políticos comprometidos com a democracia representativa puderem fazer para que os petistas não assumam o comando da Câmara deve ser feito.
Para encerrar, observo: não se iludam os líderes do PMDB. O partido está na mira da “revolução cultural” petista, cuja hegemonia, obviamente, só poderia ser conseguida com a destruição da legenda aliada.
Espalhem o texto. Agora não há mais disfarce. É projeto ditatorial mesmo! Mas não vão conseguir.
PS: Aí o idiota diz: “O Reinaldo acha que o PT é comunista!”. Não! Eu não acho! Quando vejo Lula e Zé Dirceu, penso em outros tipos… Em comunistas, não! Nunca disse que o PT é comunista. Digo que é autoritário com pretensões totalitárias. Isso, eu digo.
Por Reinaldo Azevedo
Desesperado, PT convoca militância às armas
O PT, apesar da vitória, está desesperado. Sentiu que ganhou por muito pouco, mesmo abusando da máquina estatal, fazendo terrorismo eleitoral, campanha difamatória abjeta, etc. Sabe que a economia vai piorar com a gestão de Dilma e que em 2018, se ela chegar até lá, a derrota será inevitável. Até porque a oposição acordou, e o PT perdeu o monopólio das ruas.
É isso que o partido não engole de jeito algum. Sempre teve militantes a soldo prontos para tomarem as ruas com seus protestos orquestrados pela cúpula partidária. Agora, vemos manifestações espontâneas tomando as ruas e pedindo mais investigações, eventualmente até mesmo o impeachment se ficar comprovada a participação de Dilma no Petrolão.
Furiosos, aloprados, irascíveis, e dando vazão ao seu ímpeto golpista e revolucionário, o PT resolveu apelar e convocar sua militância às armas. Isso mesmo: às armas! Mas golpistas somos nós, que lutamos para preservar a democracia e o estado de direito. Vejam com seus próprios olhos:
A campanha, colocada nas redes sociais da legenda na manhã desta terça-feira. A mensagem postada com o título “Militância, às armas” no perfil oficial do Partidos dos Trabalhadores no Facebook afirma que a vitória da presidente Dilma Rousseff “revelou o desespero de setores que insistem em ignorar a vontade da população”. E que os “representantes do atraso” estariam tentando manter o acirramento para desestabilizar o segundo mandato da presidente reeleita no último dia 26 de outubro com 51,64% dos votos.
[...]
Nos últimos 10 dias, mais 185 mil menções pedindo a retirada da presidente do cargo foram registradas nas redes sociais. Na segunda-feira após as eleições, 35.983 menagens nas redes sociais pediam a assinatura de uma petição online pra pedir impeachment. Ontem, foram mais de mil menções.
Quem revelou o desespero foi o PT, que não admite oposição nas ruas, pois as considera sua propriedade exclusiva. O PT quando era oposição ia às ruas pedir impeachment de Collor e a saída de FHC. Por que não podemos fazer isso agora? Só porque o PT está no governo e é a bola da vez? Mesmo sendo o partido que se mostrou o mais corrupto de todos?
Não aceitamos essas ameaças, essa tentativa patética de intimidação. Sabemos do que os petistas são capazes, mas por isso mesmo vamos continuar nas ruas, protestando, demandando investigações, exigindo nossos direitos e o pleno funcionamento da nossa democracia.
É por termos plena consciência de o que é o PT e o que ele deseja que estamos dispostos a lutar, com as armas republicanas, contra o golpe almejado por aqueles que querem pegar em armas para defender a corrupção. Não passarão!
Rodrigo Constantino
TSE, Procuradoria, associações de jornalistas, partidos políticos, imprensa… Desta feita, todos contra o povo na rua! O que mudou?
Caros leitores, estamos diante de um momento muito especial. Um juiz do TSE — mais precisamente o seu corregedor, João Otávio de Noronha —; o procurador-geral da República, Rodrigo Janot; amplos setores da imprensa; associações de jornalistas; um partido político — no caso, o PT —; analistas os mais variados, todos decidiram se unir para atacar pessoas que estão exercendo o sagrado direito de sair às ruas e protestar de forma pacífica, ordeira, sem quebrar nada, sem atacar o patrimônio público ou privado, sem agredir ninguém.
No sábado, pelo menos 2.500 brasileiros se juntaram em São Paulo para reivindicar, o que é um direito legítimo, uma auditoria nas eleições e o impeachment de Dilma Rousseff caso se comprove que ela sabia da roubalheira em curso na Petrobras.
Nos jornais, a presença ao ato de um indivíduo pregando a intervenção militar — e ainda que fossem dez ou cem — bastou para que se atribuísse ao protesto um viés golpista. Ora, ora… Nas chamadas jornadas de junho de 2013 e até bem recentemente, os ditos “black blocs” barbarizavam as cidades, agrediam o patrimônio público e privado, ameaçavam pessoas. Um cinegrafista foi morto.
Recuperem o que se escreveu a respeito: foram tratados como democratas radicais, em estado puro — como se banditismo fosse democracia; mereceram até a alcunha de estetas. Pior: o ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, confessou que se encontrou várias vezes com lideranças dos mascarados. E não se ouviu um pio da imprensa ou de jornalistas.
Enviam-me uma nota emitida pela Abraji— a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo — em que se lê o seguinte:
“A Abraji repudia a incitação à violência e o assédio contra repórteres encarregados da cobertura de manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff ocorrida no último sábado (1.nov.2014). Grupos insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais acusam de partidarismo jornalistas que fazem seu trabalho e, com essa desculpa, expõem os perfis dos assediados em redes sociais, levando-os a serem difamados e receberem ameaças de violência”.
A associação cobra providência e punições. Quero deixar claro que eu também repudio a hostilização de jornalistas. Aliás, quem entrar no arquivo do meu blog vai ver quantas vezes repudiei a violência promovida por ultraesquerdistas contra repórteres, que eram obrigados a trabalhar sem a identificação dos veículos aos quais pertenciam. Lamento que, então, a Abraji tenha demorado tanto para emitir uma nota. De resto, afirmar que os que se manifestam são “grupos insatisfeitos com o resultado das eleições” é um juízo de valor muito pouco digno de uma associação de jornalismo investigativo. Falta investigar mais e sentenciar menos.
Lamento, ainda, que a Abraji jamais tenha se manifestado contra a rede organizada de blogs e sites, financiados por estatais, que promove campanhas as mais sórdidas contra profissionais de imprensa. Lamento que a Abraji tenha se calado quando o PT incluiu o nome de nove profissionais de comunicação numa lista negra — sim, estou lá. A organização internacional “Repórteres Sem Fronteiras” se manifestou. A Abraji e outras associações de jornalistas fizeram um silêncio sepulcral. Janio de Freitas, um jornalista que já foi homenageado pela associação, tratou do assunto: atacou a Repórteres Sem Fronteiras. Na prática, apoiou a lista negra.
O que é preciso para ter direito a uma nota de solidariedade de tão valorosa associação? Fazer parte do clube? Ser membro da corporação? Pertencer à turminha? Ser do grupinho? O viés é ideológico? Não que uma nota de protesto da Abraji me tenha feito falta. Não fez. Mas não venham com hipocrisia.
Debatam com os jornalistas, e só!
Não organizo protestos nem tenho voz ativa nas manifestações. Mesmo assim, atrevo-me a dar algumas dicas. Cuidado com agentes provocadores! Farão de tudo para caracterizar, de agora em diante, os grupos de oposição como truculentos, fascistas, malvados, golpistas etc. Por mais que boa parte do jornalismo seja hostil a manifestações que não sejam de esquerda, jornalistas devem ser deixados em paz. Podem e devem ser questionados, como qualquer pessoa. Não estão acima do bem e do mal. Mas o questionamento não supõe nenhuma forma de ameaça.
Ah, sim: um dia antes da eleição, um militante petista publicou meu endereço na rede, com a foto do prédio em que moro. Não fui pedir socorro para Abraji. Até porque eu investigo só a natureza de certas ideias. Sem contar que sempre haveria o risco de eu ouvir que a culpa era minha. Afinal, quem manda eu escrever as coisas que escrevo, não é mesmo? Se o Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, pode fazer listas negras, sob o silêncio cúmplice da “catchiguria”, por que um delinquente não poderia publicar meu endereço na rede?
Liberdade de imprensa
Não cumpre, obviamente, aos que combatem o fascismo petista devolver na mesma moeda. Eles é que querem controlar a imprensa. A melhor maneira que um leitor, um telespectador, um ouvinte ou internauta tem de evidenciar a sua insatisfação com o trabalho incorreto e enviesado de um jornalista é deixando de comprar o jornal ou a revista, mudando de canal ou de estação ou deixando de acessar determinada página.
Isso não quer dizer, reitero, que jornalistas não possam jamais ser questionados. Podem, sim. Não são a voz de Deus — nem mesmo chegam a ser a voz do povo. Mas todos sabemos que há modos civilizados de contestar as pessoas. Houve gente que saiu da redação e foi à rua para caracterizar como golpistas pessoas que protestavam? Houve. É perfeitamente possível deixar isso claro sem partir para a baixaria.
Um país curioso
Que curiosa parte da nossa “elite intelectual”, não é mesmo? Pode-se marchar neste país, em nome da liberdade de expressão, em favor da legalização do consumo de drogas e do aborto — práticas caracterizadas como crimes no Código Penal e repudiadas pela Constituição. Pessoas, no entanto, que reivindicam uma auditoria na eleição — e todos têm o direito de fazer petições — ou que defendem o impeachment de Dilma, caso se comprove que ela sabia da roubalheira na Petrobras, são caracterizadas como truculentas e marginais. Como é mesmo? A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude.
Reitero: sempre que um cretino optar por atos violentos ou que decidir hostilizar um jornalista, acuse-o de ser o que é: um adversário da democracia. A melhor maneira de combater o mau jornalismo ainda é mudar a sua fonte de informação, leitor.
Em tempo: é certo como dois e dois são quatro que a auditoria na eleição será recusada. Sabem o que isso quer dizer? Que o preço da liberdade continua ser a eterna vigilância. Se você desistir de fazer a coisa certa por isso, então já perdeu.
Ora vejam! TSE, Procuradoria-Geral da República, associações de jornalistas, imprensa, partidos políticos, intelectuais do nariz marrom… Todos, desta feita, estão contra o “povo na rua”. É a velha esquerda de sempre com medo do que chama “nova direita”, que vem a ser aquela gente insuportável que trabalha, paga impostos e enche as burras do Estado privatizado por um partido político.
Tenham ao menos senso de ridículo, já que o de decência, parece, já foi faz tempo!
Por Reinaldo Azevedo
Manifestação em São Paulo cobra investigação e fim da impunidade, não intervenção militar
A máquina de difamação petista entrou em ação após a manifestação em São Paulo, que reuniu milhares de trabalhadores em prol do Estado de Direito. Rapidamente, com o auxílio do jornalismo chapa-branca, espalhou-se a ideia de que fora um ato cobrando uma intervenção militar.
Nada mais falso. Gente que espontaneamente foi às ruas, cansada da impunidade, da roubalheira do governo atual, queria apenas isso: mais investigações e preservação dos pilares democráticos. Esse breve vídeo feito por Paulo Batista, o “raio privatizador”, mostra aquilo que boa parte da imprensa não quer que você veja, para que acredita na versão mentirosa do PT:
Como podem ver, são pessoas comuns, trabalhadores e estudantes, querendo apenas o básico. Os mesmos que falam em “golpismo”, repetem que a oposição não aceita o resultado das urnas, iam às ruas pedir “Fora FHC” no passado. Dois pesos, duas medidas: o duplo padrão de sempre dos esquerdistas. Mas o povo acordou, ou ao menos metade dele. E vai continuar nas ruas sim, pois tem esse direito.
Sem baderna, sem prejudicar o trabalhador no dia de semana, parando o trânsito, como faz a esquerda. Sem quebra-quebra, sem vandalismo, como faz a esquerda. Sem máscaras, pois não teme mostrar a cara e pedir punição aos corruptos dentro do Estado de Direito. É um protesto absolutamente legítimo, que deve continuar. Não vamos desistir do Brasil!
Rodrigo Constantino
Jornalismo de panfleto: a onda de satanização da oposição na imprensa paulistana
A força do governismo — ou, para ser mais preciso, do petismo — na imprensa é avassaladora. Muito maior do que na sociedade. Nas urnas, vocês viram o resultado: Dilma venceu por uma diferença de pouco mais de três pontos. Muito cuidado com o que você lê. Muito cuidado com o que você vê. Muito cuidado com o que você ouve — sim, também com o que você lê aqui. Eu não quero nem preciso que você acredite em mim; eu quero que você tenha compromisso com os fatos. É por isso que este blog existe.
No sábado, 2.500 pessoas, segundo a PM, se reuniram na Paulista para cobrar uma auditoria na eleição; muitas delas pediram, sim, o impeachment de Dilma se comprovado que ela sabia da roubalheira na Petrobras, conforme sustenta Alberto Youssef, no âmbito da delação premiada. Bem, caso isso fique mesmo evidente, é claro que a presidente terá de sair. Mas, antes, será preciso provar.
Muito bem: alguns poucos gatos-pingados, no protesto, chegaram a pedir uma intervenção militar, o que é, obviamente, uma tolice. Eram tão poucos os que assim se manifestavam que tanto o repórter da Folha como o do Estadão entrevistaram a mesma pessoa. Foi o bastante para que a questão ganhasse enorme destaque nos dois veículos. Ainda nesta segunda, o Estadão decidiu ouvir o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) a respeito do assunto, como se isso fosse relevante.
Tenta-se colocar em quem se manifesta contra a roubalheira e a truculência a pecha de golpista. Veículos de comunicação, o que é asqueroso, não têm se distinguido das páginas do PT nas redes sociais. O protesto de sábado se organizou em favor da auditoria e, reitero, do impeachment caso fique comprovado que Dilma sabia de tudo.
Esse procedimento é nojento. Um bando de brucutus resolveu atacar a editora Abril com camisetas da Dilma. Era composto, inequivocamente, de pessoas que faziam a campanha da petista. Ninguém tratou, porque seria mesmo incorreto, todos os dilmistas como fascitoides que não respeitam a liberdade de imprensa, ainda que a pregação do partido na TV desse azo a atos violentos.
Mas basta que duas ou três pessoas, num ato de eleitores de oposição — às vezes, uma —, digam uma bobagem para que esta se transforme no centro das atenções. A luta que as oposições têm pela frente não será fácil. Terão de enfrentar a propaganda do governo federal e a disposição clara, já manifesta, de setores da grande imprensa, alinhados com o partido do poder, de desmoralizar a resistência.
Cumpre lembrar aqui uma vez mais: em ditaduras, também há governos, mas só nas democracias existe oposição. Desrespeitá-la corresponde a atacar o cerne do próprio regime de liberdades públicas. Os senhores editores têm de ficar atentos para impedir que grandes veículos de comunicação se transformem em panfletos partidários — na hipótese, é claro, de que eles próprios não sejam panfletários.
Por Reinaldo Azevedo
A lamentável peça de proselitismo político do Dr. Janot, procurador-geral da República. Em parecer, ele criminaliza parte do eleitorado brasileiro que só está cobrando decência. É o fim da picada!
Rodrigo Janot, procurador-geral da República, enviou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um parecer contrário à auditoria nas eleições, conforme foi solicitado pelo PSDB. A íntegra do seu parecer está aqui. Em síntese, ele afirma que o pleito encaminhado pelo PSDB não aponta indícios de fraudes e se limita a glosar casos que circulam nas redes sociais. Ocorre que o Dr. Janot não parou nessa consideração, que está no escopo de suas atribuições. No que foi além, pisou no tomate, escorregou na maionese, viajou na batatinha, meteu os pés pelas mãos. Já chego lá. Antes, quero destacar um caso flagrante de atropelo à lógica e ao bom senso, contido no texto do procurador-geral.
Diz Janot num dado momento de seu parecer, prestem bem atenção, depois de destacar que a gritaria nas redes é até compreensível:
“Não se pode, porém, justificar postura de um partido político do tamanho e da representatividade do requerente de, em se baseando unicamente em comentários formulados em redes sociais (…), instaurar um procedimento que, a par de não previsto em lei, pode comprometer a credibilidade do sistema eleitoral”.
Aí, doutor, eu estrilo. Pergunto: na sua opinião, a auditoria compromete a credibilidade porque não está prevista em lei, é isso? Mas espere: houvesse um caso flagrante de fraude, então a auditoria poderia ser feita, ainda que sem prescrição legal? Ou mais: houvesse a prescrição legal, mas não o indício de fraude, aí a credibilidade não seria arranhada? Eis, caros leitores, um daqueles raciocínios que nem errados conseguem ser. São apenas não raciocínios. Só para que fique evidente o absurdo da formulação do Dr. Janot, faço um paralelo para evidenciar o absurdo: digamos que eu convocasse as massas para matar tamanduás selvagens na Avenida Paulista. Doutor Janot diria: “a par de não haver tamanduás na Paulista, o convite fere a lei brasileira, que protege os animais selvagens…”. Entenderam?
Mas a pior parte de sua peça não é o atropelo à lógica. Reproduzo e transcrevo parte de seu parecer.
Depois de censurar a radicalização nas redes sociais, escreve o procurador:
“Como exemplo de acirramento, tem-se notícia amplamente veiculada na imprensa e nas redes sociais sobre a existência de uma ‘petição virtual’ requerendo o impeachment da presidente da República, que já contaria com milhares de assinaturas sem que se apontasse (sic) qualquer fato a Sua Excelência que pudesse conduzir a essa grave consequência”.
A língua foi espancada. Onde ele escreveu “apontasse”, creio ter querido escrever “imputasse”. Mas eu entendi. Lembro ao doutor que ele não foi convidado a se manifestar sobre a petição e que os que a assinaram consideram que a presidente Dilma sabia das irregularidades da Petrobras e nada fez. Ou o doutor considera que essa imputação não é grave? Sei que as provas ainda não existem. Mas essa é a convicção dos peticionários. E não cabe ao Estado brasileiro, de que Janot é um dos representantes, dizer quais convicções são e quais não são legítimas. Ou, agora, vamos ter de criar o “Manual do Bom Peticionário”, doutor?
Mas espantoso mesmo é o que vem a seguir, e confesso que tive de fazer um grande esforço — não sei se alcancei — para não considerar um pouco de má-fé. Escreve ele:
“Outro exemplo é o lamentável discurso de ódio presente em redes sociais contra os eleitores residentes na Região Nordeste do Brasil, aos quais teria sido atribuído o resultado verificado nas urnas no dia 26.10.2014”.
É lamentável o discurso do ódio? É, sim! Contra nordestinos, contra paulistas, contra mineiros, contra quaisquer pessoas… Por que Janot saca essa questão? O que isso tem a ver com a natureza do requerimento apresentado? De resto, comparar um discurso de caráter discriminatório à convicção daqueles que acham que Dilma tem de ser alvo de um processo de impeachment é um escândalo! Num caso, trata-se de preconceito e desinformação; no outro, estão pessoas inconformadas com a roubalheira já constatada na Petrobras.
Dr. Janot tem todo o direito de achar o pedido improcedente. Mas não tem o direito de demonizar uma parcela do eleitorado brasileiro, que pode apresentar ao Poder Público quantas petições quiser. Ao evocar a extemporânea questão do “preconceito contra os nordestinos” nas redes sociais, o procurador-geral da República procura associar os que protestam ao discurso do ódio.
Se o fez sem querer, é um imprudente que pensa mal. Se o fez de caso pensado, estamos diante de um exemplo flagrante de desonestidade intelectual.
Por Reinaldo Azevedo
Carvalho por um fio: se ele não cai, quem fica na corda bamba é Dilma
Miguel Rossetto, que já foi duas vezes ministro do Desenvolvimento Agrário, é cotado para o lugar de Gilberto Carvalho na Secretaria-Geral da Presidência da República. Parece que Dilma vai acatar a minha sugestão e pôr na rua o seu ministro da Confusão Institucional. Na semana passada, enquanto a presidente falava em um entendimento nacional, Carvalho pregava, na prática, a guerra com o que ele chama “mídia”. Sempre foi um procurador dos interesses de Lula no Planalto; nunca esteve a serviço de Dilma, que não gosta dele.
E olhem que Rossetto não é exatamente uma flor “no que se refere” a olores ideológicos. É ligado à Democracia Socialista, uma corrente de esquerda, de sotaque trotskista, que só aderiu ao PT em 1986. No mapa ideológico ao menos, está à esquerda do próprio Carvalho.
A questão, no fim das contas, nem é de ideologia, mas de disciplina. Carvalho se move sem pedir licença, fala o que lhe dá na telha e se comporta como se fosse chefe de Dilma. Afinal, ele é da turma que considera a autoridade do partido acima da autoridade do Estado e do governo. Se, no PT, ele é mais do que ela — e é —, então manda mais no país. Sem contar que é a voz, os braços, os olhos, os ouvidos e a língua de Lula no Palácio.
Se Dilma não puser Carvalho na rua, será muito difícil governar. E saiba, presidente: estamos falando do maior hortelão da República. Ninguém planta “notícias”, inclusive aquelas que Vossa Excelência não gosta de ler, com a habilidade deste misto de sacristão e tiranete. Se ele não cai, quem fica na corda bamba é Dilma. Se fica, passará os próximos quatro anos conspirando em favor da volta de Lula.
Por Reinaldo Azevedo
VÍDEO PARA REFRESCAR A MEMÓRIA: A profunda ternura de Dilma pela ditadura de Cuba
Contemplem, em todo o seu esplendor, o derramamento de ternura da presidente Dilma Rousseff pela ditadura sanguinária de Cuba, bem como sua firme intenção de continuar ajudando aos companheiros Fidel e Raúl Castro, tiranos da ilha há longos, intermináveis 55 anos.
O discurso da companheira Dilma ocorreu no dia 27 de janeiro deste ano, durante sua segunda visita a Cuba.
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Para quem ainda consegue manter a cegueira, Venezuela firma acordo com MST pela “revolução socialista”
No Brasil é assim: você diz que Fulano é socialista e quer um regime autoritário. O sujeito não acredita. Aí você mostra o próprio Fulano afirmando exatamente isso. O sujeito continua sem acreditar. Aí você esfrega inúmeras evidências e provas em sua cara, mostra o avanço passo a passo do assalto ao poder por esses grupos, e o sujeito te acusa de ser “paranoico”, “reacionário”, “direitista” e “golpista”. Não é incrível?
Leio no GLOBO que o governo venezuelano assinou convênio com o MST. Que parceria linda! Eles se merecem. Só lembrando: governo da Venezuela é aquele que usa milícia cubana para atirar no próprio povo, e MST é o braço armado do PT no campo, aquele que ainda sonha com uma reforma agrária nos moldes comunistas, que destruiriam o único setor ainda forte de nossa economia, que é o agronegócio. Vejam:
O ministro para Comunas e Movimentos sociais da Venezuela, Elias Jaua, cuja babá foi presa em São Paulo ao tentar ingressar no país com uma arma guardada em uma maleta, assinou um convênio com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), conforme ele mesmo definiu, “para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista”. O convênio, de acordo com o MST, prevê estritamente cursos de formação na área de produção agrícola.
O acordo foi firmado no final do mês passado na sede da Escola Nacional Florestan Fernandes, do movimento sem-terra, em Guararema, a 80 quilômetros de São Paulo. A escola promove cursos de formação política e técnica para movimentos sociais do Brasil e da América Latina. Em discurso em Guararema, Jaua, que foi chanceler do ex-presidente Hugo Chávez, afirmou:
— Firmar esse convênio para incrementar a capacidade de intercâmbio de experiências, de formação, para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista, que é a formação da consciência e da organização do povo para defender o que já foi conquistado e seguir avançando na construção de uma sociedade socialista.
A declaração foi divulgada pela TV venezuelana Telesur, que recebeu o convênio firmado com o MST como uma iniciativa para desenvolver a economia comunitária.
[...]
O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), protocolou na sexta-feira passada no Ministério da Justiça e na procuradoria regional de São Paulo um pedido de abertura de investigações sobre possível prática de crime contra a segurança nacional e contra a ordem política e social cometido pelo ministro venezuelano. O tucano destaca que, além da arma, a suposta babá estava com documentos de “doutrinação política e ideológica”. Observou ainda que o ministro Elias Jaua Milano estava no Brasil para fechar acordos com o MST.
Mas você mostra esse fato escancarado para o sujeito, ou a sujeita, e não adianta: você ainda é o “paranoico”, aquele “radical da Veja”, que enxerga comunistas por todo canto, que acha que eles comem criancinha (caramba! e não é que comiam na China e na Coreia do Norte?).
É muito mais fácil fechar os olhos e repetir que “tinha de ser na Veja” (ou no GLOBO, ou na Folha, ou no Estadão, qualquer um menos aquela coisa chapa-branca), do que encarar de frente a própria dissonância cognitiva.
Parabéns a todos os eleitores do PT. Não votaram apenas numa quadrilha que montou um sistema de desvio e sucção de recursos públicos, ou num bando incompetente que produziu um quadro de estagflação que pune os mais pobres. Votaram também em sócios do chavismo bolivariano, que em parceria com nossos “movimentos sociais”, desejam implantar no Brasil uma “revolução socialista”. Não sou eu quem diz…
Rodrigo Constantino
salvador reis neto santa teresa do oeste - PR
pt, eles ainda vao ter o que merece...e ja estao se cagando de medo.....
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Uma outra coisa, é incrivel que a oposição no nordeste não tenha ainda se manifestado sobre as acusações de preconceito contra os sulistas. Ninguém odeia os nordestinos, apenas não concordamos em ser governados por ladrões, nem aceitamos que políticos em altos cargos não sejam investigados. As diferenças não são questão de raça, preconceito, machismo ou o que seja. A grande diferença é que o nordeste aceita que não haja investigações sobre os crimes na Petrobrás, no pronaf, e em diversas instituições do governo, e que Dilma e Lula podem mandar e desmandar como quiserem, e os sulistas não aceitam de maneira alguma. Nos termos estritos da lei, quem está certo?
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
O PT e seus aliados não conseguem aceitar as derrotas no congresso, acusam de golpe a legitimidade do congresso, em dizer não aos projetos totalitários da presidente. Desesperados com a possibilidade de serem punidos pelos mais diversos crimes, acusam a oposição das piores coisas, tentando esconder a real motivação dos Brasileiros oposicionistas, que é a punição dos corruptos e ladrões. E queremos, exigimos, a investigação de Dilma e Lula. Impeachment existe somente para pessoas eleitas pelo voto. Não é golpe de maneira nenhuma, é uma lei para punir gente eleita. Ou os eleitos podem fazer o que quiserem, a hora que quiserem?
Telmo Heinen Formosa - GO
Carta Aberta, o que todo brasileiro deveria saber sobre o PT.
Veja o video e divulgue-o para seus amigos. O PT não tem apenas um Plano de Governo. Eles tem um Plano de Poder. Enganam aos incautos como se fosse o Partido o "pagador" de beneficios... http://www.youtube.com/watch?v=3Q4lFcb5rZA&list=UU65OaKMLtpEUs9BiLSb_u1g#t=98