Blog do Josias: PESADELO!!! Lula cogita recorrer à Justiça no caso do tríplex

Publicado em 23/02/2016 23:58
POR JOSIAS DE SOUZA, do UOL

Pesadelo! 

Josias de Souza

23/02/2016 22:20
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– Charge do Paixão, via Gazeta do Povo.


Lula cogita recorrer à Justiça no caso do tríplex

Josias de Souza

23/02/2016 19:25
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Lula discute com seus advogados a hipótese de recorrer à Justiça para tentar afastar o promotor Cássio Conserino da investigação sobre a propriedade do tríplex no Guarujá. Nesta terça-feira, o Conselho Nacional do Ministério Público avalizou a atuação de Conserino, mantendo-o à frente do caso. A decisão foi unâmime —14 votos a zero.

Revogou-se, assim, a decisão que suspendera os depoimentos de Lula e sua mulher, marcados para o último dai 17. Conserino está livre para agendar nova data para inquirir a dupla. O promotor já disse ter reunido elementos para denunciar Lula por ocultação de patrimônio. A defesa sustenta que lhe falta isenção.

Falta algo também a Lula: um lote de boas explicações. Avolumam-se as evidênciasde que a construtora OAS reformou o tríplex para o ex-presidente e sua mulher. Participou também das reformas de um sítio em Atibaia, que Lula usa como se fosse seu. Ou Lula se explica ou continuará pendurado nas manchetes de ponta-cabeça.

Ainda que consiga protelar a investigação da Promotoria paulista, Lula terá de prestar contas em inquéritos abertos em Curitiba, no âmbito da Lava Jato —um sobre o tríplex, outro sobre o sítio. Ali, quem regula o andamento dos procedimentos é o doutor Sérgio Moro.


Mulher de Santana: ‘Não vou baixar a cabeça’ 

Josias de Souza

23/02/2016 18:01
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Junto com outros presos da Lava Jato, o marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, submeteram-se a exames de corpo de delito nesta terça-feira, antes de seguir para a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Ao cruzar com os jornalistas, todos evitaram fazer declarações, exceto Mônica.

“Não vou baixar a cabeça não”, declarou a mulher do mago das campanhas petistas. Bom, muito bom, ótimo. De fronte alta, as palavras soarão melhor nos depoimentos que Mônica terá de prestar nos próximos dias. Torça-se para que a interrogada não rebaixe o verbo. Ha pelo menos 7,5 milhões de razões par ela falar.


João Santana precisa de um bom marqueteiro

Josias de Souza

23/02/2016 05:07
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Mestre no ofício de esculpir imagens alheias, João Santana revela-se um marqueteiro relapso, muito relaxado na administração de sua reputação. É como se desejasse ajudar a força-tarefa da Lava Jato a demonstrar que não há gênio que não tenha, de vez em quando, a nostalgia da desinteligência.

João Santana revive a aventura brasileira de diante para trás. Da fantasia para a realidade. Parte da fábula —o Brasil fantástico que ele criou nas propagandas eleitorais do PT— e chega à cleptocracia, um país cujo sistema político mantém diuturnamente a honestidade com a cabeça a prêmio.

A odisseia às avessas de João Santana é um retorno pela trilha pioneira. O desbravador volta para inspecionar a Pasárgada das propagandas de campanha e rever os seus conceitos. Horroriza-se ao constatar que nem a amizade com a rainha o livrou das garras da lei. O filme que protagoniza é um relato de sua decepção.

Nos videoclipes de campanha, João Santana exaltava o resgate do orgulho nacional. Ensinava que o brasileiro perdera a mania de depreciar o próprio país. Na sua jornada de volta à realidade, o mago do marketing reencarnou o que Nelson Rodrigues chamava de alma do cachorro vira-lata.

Da República Dominicana, onde se encontrava para cuidar da campanha à reeleição do presidente Danilo Medina, João Santana pôs-se a maldizer a pátria. Em carta endereçada ao partido que o contratara retratou o Brasil como uma República de Bananas, sujeita a inquéritos precários e violações ultrajantes.

“Conhecendo o clima de perseguição que se vive hoje em dia no meu país, não posso dizer que me pegou completamente de surpresa, mas ainda assim é difícil de acreditar”, escreveu João Santana sobre o despacho em que o juiz Sérgio Moro ordenara sua prisão temporária.

Na propaganda eleitoral, João Santana esgrimia a tese segundo a qual a lama escorria pelos desvãos da República porque Lula e Dilma haviam soltado as rédeas da Polícia Federal e da Procuradoria. Na sua jornada pelas terras estranhas do Brasil real, o marqueteiro se deu conta de que foi engolfado pelo lodo.

Subitamente, João Santana passou a enxergar ineficiência nas corporações que exaltava. Retorna ao Brasil, agora sem conta de fadas, para se “defender das acusações infundadas.'' Contra a mentira difundida pela força-tarefa de Curitiba, vai “imprimir a verdade dos fatos.” Tudo o que deseja é “esclarecer qualquer especulação.”

Alguma coisa subiu à cabeça de João Santana no instante em que foi abalroado pela realidade. A serviço do PT, tirava coelhos da cartola. Como gestor do próprio drama, tenta tirar cartolas de dentro do coelho. Alega que o dinheiro que caiu ilegalmente em suas contas no exterior refere-se a campanhas que realizou fora do Brasil.

O único ponto em comum que sobrevive entre a fábula e a realidade é a criatividade. Já não há fronteiras a desbravar. Mas o ímpeto continua. A diferença é que o fabulador já percebeu que não mora do país da sua propaganda. Faltando-lhe melhores argumentos, nada mais resta a João Santana senão rodar em círculos no xadrez até ser consumido pela revelação de que, além de advogados, precisa contratar um bom marqueteiro.


Futuro do pretérito! 

Josias de Souza

22/02/2016 23:21
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– Via Nani.


Depois do ‘não sabia’, desponta o ‘nada a ver’

Josias de Souza

22/02/2016 19:47
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A campanha de Dilma Rousseff não tem nada a ver com os depósitos feitos por baixo da mesa em contas do marqueteiro João Santano no exterior, como não teve nada a ver com as doações eleitorais que empreiteiras fizeram com dinheiro roubado da Petrobras.

Hoje, as suspeitas são reforçadas por um inédito volume de evidências documentais, incluindo uma carta da mulher de Santana, Mônica Moura, dirigida a um operador de petropropinas, e uma mensagem em que Marcelo Odecrecht recorda a um executivo de sua construtora que o melado escorreria até “a campanha dela.” Anteontem, Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, dissera que borrifou R$ 7,5 milhões no comitê reeleitoral. Mas a campanha de Dilma não tem nada a ver com isso.

Depois que a ordem de prisão do primeiro-casal do marketing escalou as manchetes, Dilma reuniu-se com os ministros que lhe são mais próximos. Em declarações vazadas pelo Planalto, a presidente se disse “tranquila”. Heim?!?!? “Não tem nada a ver com a minha campanha”. Hã, hã…

O presidente do PT, Rui Falcão, informa que o partido também não tem nada a vercom os depósitos clandestinos em favor de João Santana, como não teve nada a ver com a conversão de verbas subtraídas dos cofres da Petrobras em doações registradas na Justiça Eleitoral como se fossem limpinhas. Hoje, a Polícia Federal realça que Santana fez fortuna tocando campanhas do PT. Anteontem, o tesoureiro petista João Vaccari Neto descera até o xadrez por receber pixulecos em nome do partido. Mas o PT não tem nada a ver com isso.

Já meio cansado da tese do “eu não sabia”, o brasileiro precisa acreditar que o comitê eleitoral de Dilma e o PT não têm nada a ver com os pagamentos suspeitos porque a tese é muito coerente. Dilma, Rui Falcão e todos os petistas graduados deveriam mandar tatuar na testa a expressão “nada a ver”. Isso os pouparia de falar e desobrigaria os repórteres de perguntar. Ora, personagens que não tiveram nada a ver com nada durante 13 anos, por que teriam agora?

Há um único problema: se a Lava Jato já provou alguma coisa, foi que, no Brasil dirigido pelo petismo com o auxílio dos seus cleptoaliados, 'nada' é uma palavra que ultrapassa tudo.

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Blog do Josias

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