Café: Quinta-feira em NY é marcada por ajustes; preços avançam e estão próximos dos US$ 2
A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica fechou esta quinta-feira (23) recuperando parte das perdas da sessão anterior com alta de mais de 200 pontos nos principais contratos. O vencimento dezembro/14 registrou 193,30 cents de dólar por libra peso, o março/15 anotou 197,50 cents/lb, ambos com valorização de 220 pontos. O maio/15 encerrou a sessão cotado a 199,80 cents/lb e o julho/15 teve 201,45 cents/lb, os dois com alta de 215 pontos.
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia foi lento e marcado por um processo de ajuste ante as recentes volatilidades. "Os vendidos que estavam, literalmente, sem ar ‘ganharam’ de presente um fôlego com as recentes baixas e assim, as cotações ajudaram e muito alguns operadores internacionais", diz.
Ainda de acordo com o analista, daqui para frente as cotações deverão ganhar um freio extra no que se refere a possibilidade de fortes baixas.
"As recentes chuvas no cinturão produtivo foram muito aquém das necessidades e as futuras precipitações, ao que parecem, devem ir no mesmo caminho da frustração. Dentro deste cenário climático é possível, que mais dia menos dia, o mercado nas bolsas, volte a encontrar seu prumo, deixando as cotações vigentes, outra vez, num melhor patamar ao atual especulado", pondera o analista.
Cenário diferente
As principais regiões produtoras de café sofrem com déficit hídrico recorde e altas temperaturas. No entanto, produtores do Oeste da Bahia comemoram os bons resultados da última safra e já falam em expansão de área na região. A situação é completamente diferente do que acontece na maior parte do cinturão produtivo e a safra em 2015/16 deve ter crescimento.
"Nós temos um trabalho intenso para lidar com as adversidades, só quem vem aqui e visita consegue ter noção do grau de tecnologia nos nossos cafezais", explica o diretor executivo da Abacafé, Cesar do Vale.
Mercado interno
Segundo Marcus Magalhães, há dois fatores que pressionam o lado interno, a alta do dólar com a proximidade das eleições e o comportamento do setor produtivo.
"Não há ninguém apavorado querendo vender. A liquidez é curta nas principais praças de comercialização e a sensação que tenho, feliz ou infelizmente é que a prevalecer o atual cenário melancólico dos preços, o ano de 2014, já começou a dar, seus últimos suspiros", diz o analista.
O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou baixa na quarta-feira (22) e está cotado a R$ 459,51 a saca de 60 kg com desvalorização de 0,54%.
O tipo arábica teve melhor preço negociado na cidade Guaxupé-MG com alta de 2,14% em relação à sessão anterior com R$ 525,00 a saca de 60 kg. O tipo cereja descascado continua com melhor valor na cidade de Franca-SP cotado a R$ 560,00 é o mesmo valor do dia anterior.
Tipo 4/5 encerra sessão desta quinta-feira em alta
As cotações do café arábica tipo 4/5 registraram alta nesta quarta-feira (23) na BM&F Bovespa. O vencimento dezembro/14 encerrou o dia com US$ 224,00 a saca de 60 kg e alta de 1,13%, o março/15 anotou US$ 231,50 e elevação de 1,98% e o setembro/15 registrou avanço de 1,29% com US$ 244,00 a saca. O tipo 6/7 não teve negócios.
Robusta fecha em baixa na Liffe
As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) fecharam a sessão desta quinta em mais um dia de baixa. O contrato novembro/14 está cotado a US$ 2.011,00 por tonelada com queda de 14 pontos e o março/15 teve US$ 2.020,00 por tonelada com desvalorização de 19 pontos.
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