Marina Silva entrega a Sarney abaixo-assinado que pede mudanças no novo Código Florestal

Publicado em 30/11/2011 07:43
Um documento com mais de 1,3 milhão de assinaturas contra o projeto do novo Código Florestal (PLC 30/2011) foi entregue nesta terça-feira (29) pela ex-senadora Marina Silva ao presidente do Senado, José Sarney. No documento, entidades pedem o apoio de Sarney para a correção, nos destaques que serão votados em Plenário, do que consideram "graves erros" do substitutivo dos senadores Jorge Viana (PT-AC) e Luiz Henrique (PMDB-SC).

A previsão era de que o texto do Código Florestal fosse votado nesta quarta (30), mas pode haver adiamento devido a questionamentos regimentais apresentados pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

- Esperamos, obviamente, que os 81 senadores possam se alinhar com os 80% dos brasileiros que não querem o retrocesso, querem o avanço - afirmou Marina, também ex-ministra do Meio Ambiente, em referência a resultados de pesquisa do instituto Datafolha.

O documento, que também foi protocolado no Palácio do Planalto, é uma iniciativa de organizações que compõem o Comitê em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, entre as quais, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O vice-presidente da CNBB, Dom José Belisário, participou da entrega do abaixo-assinado a Sarney.

No ato de entrega, Marina Silva representou um grupo de ex-ministros do Meio Ambiente que já havia se encontrado com Sarney para defender mudanças no texto. Entre as principais críticas dos ambientalistas estão a "anistia para os desmatadores" e a diminuição da proteção das áreas de preservação permanente.

Apesar de ressaltar ser sensível ao assunto, Sarney explicou que não lhe cabe, por exemplo, impedir um requerimento para tramitação da matéria em regime de urgência. O requerimento deve ser lido e votado nesta quarta-feira (30).

Para Marina Silva, a votação no Senado se deu "de forma açodada", já que foram apenas seis meses para a análise. A senadora também criticou o fato de o senador Luiz Henrique ter sido o relator da matéria em três comissões - de Constituição e Justiça (CCJ), de Agricultura (CRA) e de Ciência e Tecnologia (CCT).

- O texto foi inteiramente blindado de qualquer emenda e de qualquer questionamento, mediante a decisão de que o debate seria feito na Comissão de Meio Ambiente. Infelizmente não foi - criticou a senadora, que ressaltou, no entanto, o esforço do senador Jorge Viana para remediar a situação.

Marina Silva afirmou que, caso as correções não sejam feitas pelo Senado, restará à sociedade fazer uma campanha pelo veto presidencial.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Agência Senado

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

4 comentários

  • jorge casarin Santo Ângelo - RS

    Já falei e repito, sou a favor da preservação do meio ambiente, mas sem causar prejuízo a produção da nossa energia alimentar, preservando e produzindo alimento, isto está sendo feito a anos, só não vê quem é radical, mata ciliar tem praticamente em todas as propriedades, isto é importante, reserva legal em terra produtiva, é burrice total, reserva ambiental em áreas ingrimes, com topografia adversas a produção, seria o correto e inteligente, mas as marinas da vida querem ver o caus e o circo pegar fogo.

    0
  • jorge casarin Santo Ângelo - RS

    Quem defende radicalmente o meio ambiente deveria morar no mato, beber agua do rio, dormir na rede, viver com as coisas da floresta, no minimo viver como os indios , não usar papel higenico, tomar banho só de água, não usar roupa, viver do vento, cambada de vagabundo vão trabalhar e parem de atrapalhar o andar do mundo, querem salvar a floresta e os rios comprem as matas, ou paguem para quem tem a preservação e conservação das mesmas.

    0
  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Não concordo com nenhuma palavra dita pela Má Rina Silva, mas defenderei até a morte o direito dela de dizê-las. Já não posso dizer o mesmo em relação à OAB que não deveria tomar partido. Para quem procura uma explicação, o defeito do Brasil está aqui: Somos educados e formamos nossos conceitos com base em princípios anglo saxônicos que prezam a VERDADE at etaernum e por causa da Constituinte de 1988 do maledetto Ulisses Guimarães temo uma Justiça com principios romanos. Sabe a diferença? Na justiça romana o RITO do PROCESSO é mais importante do que o mérito da questão. Você pode ter razão mas vai preso igual só porque cometeu um errinho aqui outro ali na documentação do processo. Durante este século e com o povo (plebe) que temos, isto dificilmente mudará. Portanto a corrupção está garantida por muitos anos.

    0
  • Giovanni Rezende Colinas do Tocantins - TO

    Inicialmente, gostaria de dizer que sou advogado e não concordo com o apoio da OAB a ex-senadora e ex-ministra Martina da Silva. A OAB deveria respeitar a representatividade DEMOCRÁTICA do Congresso Nacional. A CNBB ainda nos vê como Colônia, e a EX-MINISTRA DO MEIO AMBIENTE teve muito tempo para discutir o Código Ambiental brasileiro. Não entendo o ocorrido e seus fundamentos. A senhora Marina da Silva deveria se tocar. Não és mais Ministra da República e nem Senadora. Não possui representatividade. Os votos que conseguiste foram, muitos deles, votos de protesto. Não me gabaria disso, pois poderia dar entendimentos perjorativos, e até mesmo piegas.

    0