Milho: Na BM&F, preços voltam a subir e contrato março/15 se aproxima dos R$ 30,00 a saca

Publicado em 09/12/2014 12:32 e atualizado em 09/12/2014 17:20

Na BM&F Bovespa, os futuros do milho operam com ganhos expressivos na sessão desta terça-feira (9). Após as perdas do dia anterior, as cotações da commodity voltaram a subir e, por volta das 12h18 (horário de Brasília) exibiam valorizações entre 0,17% e 1,22%. A posição março/15 era cotada a R$ 29,80 a saca.

Apesar da queda do dólar, que é cotado a R$ 2,6007 na venda, com perda de 0,41%, o mercado é impulsionado pelos números das exportações brasileiras. De acordo com informações reportadas pela Secretaria de Comércio Exterior, na primeira semana de dezembro, foram embarcadas 256,4 mil toneladas de milho do Brasil.

Em relação ao mês anterior, o volume representa um crescimento de 72,1%, já em comparação com o mesmo período ano passado, o crescimento é de 74,5%. Na primeira semana de dezembro de 2013, os embarques do cereal ficaram em 146,9 mil toneladas. 

Nesta temporada, a estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) a expectativa é que sejam exportadas em torno de 19,5 milhões de toneladas. No acumulado de janeiro a novembro desse ano, os embarques somam 17.229 milhões de toneladas de milho.

Bolsa de Chicago

Em uma sessão marcada pela volatilidade, os futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) reverteram as perdas ao longo dos negócios e voltaram a operar com leves ganhos. Por volta das 12h51 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam altas entre 4,25 e 4,50 pontos. O vencimento maio/15 voltou ao patamar dos US$ 4,03 por bushel, já o contrato março/15 era cotado a US$ 3,92 por bushel.

Frente ao novo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado nesta quarta-feira (10), os investidores buscam um melhor posicionamento, o que garante a oscilação nos preços. Por enquanto, os investidores apostam em uma redução nos estoques do cereal norte-americano de 51,01 milhões para 50,37 milhões de toneladas do grão. 

Ainda assim, a agência internacional de notícias Bloomberg destaca que a queda nos preços do petróleo ainda influenciam as cotações do cereal. O milho é o produto agrícola mais afetado pela redução nos valores do petróleo, isso porque, a situação afeta a competitividade do etanol. Nos EUA, cerca de 130,82 milhões de toneladas de milho serão destinadas à produção de etanol. 

"Além disso, o petróleo mais barato também impacta na redução nos custos de produção, o que poderia estimular os agricultores a aumentar as plantações", disse o analista da SocGen, Christopher Narayanan, em entrevista à Bloomberg.

No pregão anterior, o mercado foi pressionado pelos números mais baixos dos embarques semanais. Até o dia 4 de dezembro, os números ficaram em 532,498 mil toneladas, conforme relatório do departamento norte-americano. O volume ficou abaixo do registrado na semana passada, de 755,127 mil toneladas e das expectativas dos participantes do mercado, que apostavam em um número entre 640 mil a 790 mil toneladas.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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