CBOT: Depois de USDA neutro, grãos fecham o dia com leve baixa

Publicado em 09/02/2012 16:43
O relatório de oferta e demanda divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira chegou neutro, sem informações fortes o bastante para alimentar e estimular os compradores.  No início da sessão regular de hoje, os fundos iniciaram os negócios tentando elevar os preços buscando novas altas, porém, as cotações não conseguiram se sustentar e aos poucos foram devolvendo os ganhos, fechando o dia em campo negativo.

A soja chegou a subir mais de 16 pontos no início do pregão, porém, logo passou a registrar altas mais leves. Como explicou o analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos os primeiros movimentos foram uma tática dos investidores para atingirem os chamados buy stops (mecanismos que ativam compras se o mercado chega á um certo nível), que neste caso era de US$ 12,44 para a soja e US$ 6,50 para o milho.

"Os preços conseguiram chegar a esses níveis e mecânismos foram ativados. Mais de 6000 contratos de milho e mais de 3700 contratos de soja foram comprados no mesmo minuto", complementou Dejneka.

No entanto, o mercado voltou a ficar sob pressão depois que os "buy stops" foram atingidos, com os agentes de mercado voltando a focar os fundamentos e neutralidade do relatório do USDA.

O analista explicou ainda que, diante deste quadro, o momento é de muita cautela. "Alguma coisa precisará alimentar os compradores - o aumento de demanda chinesa nos EUA, mais seca ou chuva demais na América do Sul causando maiores danos na safra e atraso na colheita, etc. Sem essa "faísca" no mercado, será difícil sustentar altas maiores", disse.

Caso essa faísca não chegue, a expectativa é de que os preços permaneçam sob pressão nas próximas semanas. Porém, caso o dólar continue em queda e os investidores continuarem animados com as evoluções no cenário macroeconômico, as baixas das cotações poderiam ser limitadas.

Veja como ficaram as cotações no fechamento desta quinta-feira:

>> SOJA


>> MILHO

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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