Argentina sofre com chuvas e safra de soja pode não chegar a 50 mi t
Publicado em 26/11/2012 15:16
Após a quebra da safra 2012/13 de soja dos Estados Unidos, inicialmente projetada para bater recordes, o mercado agora aguarda com ansiedade pela produção da América do Sul. As primeiras estimativas também apontavam para um volume alto a ser colhido em países como Brasil e Argentina, porém, essas projeções já se mostram frágeis.
Segundo algumas consultorias, ainda seria cedo para projetar uma safra sulamericana recorde. As adversidades climáticas em regiões determinantes para a produção de soja no Brasil e na Argentina - segundo e terceiro maiores produtores mundiais da oleaginosa - comprometeram o bom desenvolvimento do plantio, atrasando os trabalhos de campo, o que poderia reduzir os bons resultados mais a frente.
"As previsões de uma safra recorde na América do Sul ainda são prematuras, e isso já refletiu em um aumento do nervosismo no mercado, particularmente entre os consumidores", informou uma nota da consultoria Oil World.
Para a empresa, o Brasil deverá produzir 81 milhões de toneladas, mesmo número estimado pela Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), e para a Argentina, 54 milhões de toneladas. Os números são, respectivamente, 1 milhão e 2 milhões de toneladas menores do que as estimativas anteriores.
Porém, a situação na Argentina ainda é preocupante e a safra poderia ser ainda menor. As chuvas atrasam o plantio e as expectativas é de que a produção possa não atingir as 50 milhões de toneladas.
De acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, cerca de 37% da área de soja já estaria plantada, contra 47% no mesmo período do ano passado. "Acredito que será muito difícil para a Argentina seguir com o plantio de soja se o tempo ruim continuar. E a soja plantada tarde tem menor potencial da rendimento", diz Pablo Adreani, consultor da AgriPAC, da Argentina.
Segundo Adreani, a janela de plantio da soja no país vai até 30 de dezembro. Porém, a produtividade é menor para aquela soja que é plantada da segunda semana de novembro até 30 de dezembro, período chamado de segundo plantio. "A cada dia que se atrasa o plantio, são 30 quilos a menos de produtividade, em 15 dias, são 450 quilos", explica.
Em algumas regiões produtoras argentinas, em dois ou três meses foram registrados mais de 1300 mm de chuvas. Frente a isso, para que seja possível regularizar o plantio e garantir a produtividade das lavouras, seriam necessárias de duas a três semanas sem chuvas.
Com esse cenário climático desfavorável, as estimativas para a produção de soja do país já começam a ficar comprometidas e, de acordo com Adreani, e a safra pode chegar somente a 48 milhões de toneladas, contra as estimativas inicias de algo entre 51 e 54 milhões de toneladas. Além disso, há ainda a possibilidade de que esse caso se agrave. "Se tivermos ao menos três semanas sem chuvas, já fico tranquilo, com a produção podendo sim chegar a 50 milhões de toneladas. Porém, se isso não acontecer, devemos nos preocupar", completou o consultor. '
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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas
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