Soja opera em alta na CBOT com previsão de clima seco nos EUA

Publicado em 15/08/2013 07:36 e atualizado em 15/08/2013 08:16

O mercado internacional da soja registra mais uma sessão de alta nesta quinta-feira (15) e opera com bons ganhos na Bolsa de Chicago. Mais cedo, segundo informações da agência internacional Bloomberg, os preços chegaram a atingir seu melhor patamar em três semanas. 

O avanço das cotações, ainda segundo analistas ouvidos pela Bloomberg, se dá com as preocupações com um clima mais seco nas regiões produtoras dos Estados Unidos. Segundo o instituto de meteorologia DTN, apenas poucas chuvas são esperada para o Meio-Oeste americano. 

Além da seca, as lavouras de soja e milho dos EUA, que foram plantadas mais tarde esse ano, podem sofrer com a incidência de geadas precoces. O fenômeno, caso se confirme, pode comprometer severamente a produtividade das plantas. 

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira (14):

Soja avança e fecha o dia com mais de 10 pts de alta em Chicago

A soja fechou mais uma sessão em alta na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (14). O mercado até chegou a recuar em certo momento, no entanto, voltou a subir e encerrou o dia em campo positivo, com ganhos de mais de 10 pontos em importantes vencimentos. O contrato novembro/13, referência para a safra norte-americana, ficou valendo US$ 12,39/bushel, subindo 11,25 pontos. 

O principal fator de estímulo ao mercado foi, segundo analistas, previsões de condições menos favoráveis de clima para o desenvolvimento da nova temporada dos Estados Unidos. Alguns institutos de meteorologia norte-americana indicam temperaturas mais altas e poucas chuvas para os próximos 10 dias no Cinturão de Produção. 

Além disso, um levantamento mostrou ainda que as lavouras de soja e milho dos EUA podem ser atingidas por geadas precoces e terem sua produtividade duramente prejudicada. Como as safras de milho e de soja estão se desenvolvendo em um padrão mais lento do que o normal, devido também ao plantio tardio em algumas áreas, qualquer geada por afetar negativamente, principalmente para o milho.

Nesta quarta-feira, o mercado internacional da soja contou ainda com o anúncio da venda de 110 mil toneladas da oleaginosa dos Estados Unidos para a China com entrega para a safra 2013/14, notícia que contribuiu para a alta dos preços. 

"O mercado registrou uma forte realização de lucros com os fundos atuando, e teve ainda a desmobilização dos prêmios nos EUA com a falta de interesse de safra velha, o que gerou demanda de safra nova pela diferença de preço na época. Os Estados Unidos ja comercializaram em torno de 17 milhões de soja para exportação da safra nova do total de umas 39,5 milhões que são estimadas de uma safra de 93,1 milhões. Porém, a safra pode diminuir uns 5 milhões de toneladas, e o cenário se aperta", explica o analista do SIM Consult, Mauricio Correa. 

Para Correa, o mercado, nesse momento, ainda apresenta uma boa sustentação, já que a soja ofertada a um valor abaixo dos US$ 12 por bushel será rapidamente absorvida pela demanda, a qual continua bastante firme e não dá sinais de desaquecimento. Além disso, nas semanas em que o clima não se mostrar tão adequado, os investidores poderão colocar algum prêmio de risco climático nos preços "para a proteção contra possíveis perdas", explica. 

"Setembro é um mês em que os preços podem subir um pouco, depois, na colheita, deverá haver uma pressão, como aconteceu no ano passado", diz o analista do SIMConsult. O mercado aguarda também por uma definição mais clara e concreta da nova safra norte-americana. "Ainda faltam as fases de floração e enchimento de grãos, que é onde realmente se formam os grãos e, nesse fase delicada, a geada é um perigo", completa. 

Milho - O mercado do milho acompanhou o bom movimento do mercado da soja e fechou o dia em campo positivo. Segundo analistas, essas incertezas sobre o clima nos Estados Unidos e o impacto que terão sobre a nova safra do país serviram como suporte para as cotações dos vencimentos mais negociados. Os ganhos foram de 8 pontos para o dezembro/13, referência para a safra norte-americana, que fechou a US$ 4,68 por bushel. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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