A CNBB, o Código Florestal e os lucros do agronegócio
Publicado em 09/05/2012 10:43
Por Valdir Edemar Fries, produtor rural em Itambé/PR.
Leia antes o que diz a CNBB em uma matéria da Agência Brasil sobre o Código Florestal. Para entender, volto com meu comentário após o texto publicado. Clique no link abaixo e confira na íntegra:
Durante a divulgação do relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) que registra aumento de 15% no número de conflitos no campo em 2011 ante 2010, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, disse hoje (7) que se o novo Código Florestal entrar em vigor como foi enviado pelo Congresso para sanção presidencial, “provavelmente aumentará os confrontos”.
Dom Leonardo Steiner defendeu que a presidenta Dilma Rousseff vete o texto como foi aprovado pela Câmara, no final de abril.
“Infelizmente, o Código Florestal aprovado [pela Câmara] não prima pela ética. O texto aprovado visa especialmente ao lucro [dos produtores], vender [produtos primários] para o exterior. Se não for vetado, ele provavelmente aumentará o conflito no campo, e os relatórios [da CPT], no futuro, se tornarão ainda mais pesados”, declarou o secretário-geral da CNBB, crítico do que classifica como um “modelo equivocado de desenvolvimento”, que prioriza o agronegócio em detrimento das populações tradicionais.
“Esperamos que o futuro nos ajude a termos um código que represente, de fato, uma possibilidade de relações harmônicas”, completou.
Para a coordenação nacional da CPT, o texto aprovado flexibiliza as leis ambientais e anistia quem desmatou em áreas de proteção ambiental.
Além de movimentos sociais e ambientalistas, o projeto da Câmara vem recebendo críticas também de senadores que haviam aprovado, com a participação dos deputados, um projeto considerado mais rigoroso quanto à proteção ambiental. Edição: Aécio Amado.
Agora segue meu post em relação ao assunto: Pois bem Amigos Leitores, …A falta de ética esta hoje impregnada entre muitos dirigentes da Igreja Católica que estão a serviço de movimentos “políticos e sociais” dos quais seus princípios ideológicos comungam com a velha ditadura comunista… A ignorância destes mesmos dirigentes é uma das causas do aumento dos conflitos no campo. Prova disto é o Pronunciamento de Dom Leonardo, uma vez que vem a publico inflamar um debate sem ter conhecimento de causa, pois mal sabem eles da CNBB e CPT, que o maior volume de produto primário exportado como a SOJA, as lavouras estão implantadas em campo aberto e não em áreas de APPs, Se não sabem, devemos informar que são os lucros aferidos com a venda destes produtos ao exterior que tem dado condições do Governo manter os programas sociais que a CPT e CNBB tanto lutam e defendem.
Talvez na hora da SANTA CEIA a preferencia de Dom Leonardo Steiner seja pelos vinhos Chilenos e não mais pelos produzidos nas serras Gaucha, vamos além, em sua refeição matinal prefira os cafés produzidos na Colômbia e não os de Minas Gerais e de Espirito Santo, em suas refeições principais deva preferir o arroz da Argentina ou talvez da Tailândia e não mais os do Rio Grande do Sul, os hortigranjeiros por ele consumido não devem ser procedentes do cinturão verde produzidos as margens dos rios. Acredito que esta gente prefira a maça, mangas, pêssegos e os figos importadas da Argentina e do Chile, Banana da Amazônia Peruana e Boliviana, afinal os produtores destes outros países precisam aferir maiores “lucros”. Quanto aos Brasileiros de Santa Catarina que produzem as frutas nos morros, sem falar das carnes de suíno e frango, também os Nordestinos que produzem as margens do São Francisco estão em APPs e estas devem ser recuperadas e recompostas com as FLORESTAS, afinal o que se produz em APPs NÃO É PRODUTO DE GRANDE VOLUME DE EXPORTAÇÃO, DA POUCO LUCRO, e “lucro” é o que esta gente envolvida com movimentos sociais e ideológicos mais quer para suas organizações. Pouco lucro não é interessante para eles.
Enfim pra que SANCIONAR UM NOVO CÓDIGO FLORESTAL se a SOJA e o BOI continuarão sendo produzidos em grande escala mesmo que o texto seja vetado pela Presidenta Dilma. As exportações destes principais produtos devem continuar a crescer, como já vem crescendo a cada ano através do uso de novas tecnologias, e é esta produção que deve continuar garantindo o superávit da balança comercial Brasileira.
Porém se a Presidente vetar o texto aprovado na Câmara dos Deputados, saiba você Ilustre Dom Leonardo Steiner que serão muitos os católicos que deixarão suas propriedades e os CONFLITOS IRÃO SIM AUMENTAR AINDA MAIS.
O veto é SINÔNIMO DE CONFLITO e aumento de conflito é o que menos precisamos nos dias de hoje, a não ser que a CNBB e a CPT tenha descoberto um NOVO PARAÍSO para alojar todos os ribeirinhos e todos os pequenos produtores rurais que vivem hoje e produzem sua subsistência dentro de áreas consideradas APPs.
Os “LUCROS” das grandes exportações financiam GRANDES PROGRAMAS DE GOVERNO em beneficio de todos os BRASILEIROS.
Também são dos pequenos “LUCROS” que restam aos Produtores rurais de soja, do Boi, das frutas, dos suínos, dos frangos, dos hortigranjeiros, do arroz, do vinho e do pão que os produtores rurais permanecem no campo. … Se a CNBB e a CPT tiverem como objetivo diminuir os conflitos certamente estaria pedindo APROVA DILMA, do contrário serão muitas as FAMÍLIAS que serão desalojadas e DEIXARÃO DE PRODUZIR ALIMENTO.
Por Valdir Edemar Fries - Católico e Produtor Rural em Itambé - Pr. (...se a legislação permitir).
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Fonte:
Valdir Edemar Fries
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