Fala Produtor

  • Paulo Roberto Nicola Santiago - RS 11/07/2020 15:17

    Um detalhe importante. Como lanço como custo (e não imobilizo) não aparece como ganho de capital. Já sei, contadores vão perguntar: mas e o ganho de capital??? Bem, o dia em que eu parar de plantar, vendo tudo .... e considero aquele "kakedo" um lucrinho extra não contabilizado... Foi a única maneira que encontrei de levantar esse custo ... e serve para qualquer tamanho de propriedade. Se alguém encontrar uma maneira mais próxima da realidade do produtor, gostaria de saber.

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    • Rafael Antonio Tauffer Passo Fundo - RS

      Eu também tenho esse pensamento, na questão do maquinário. Mas cada produtor tem que avaliar a sua situação. O problema é que muitos consideram as máquinas como investimento (o próprio crédito para esses equipamentos leva o nome de "investimento"), e, ao meu ver, aí está um dos problemas... pois o sujeito não sabe nem quanto realmente sobra e compra tudo novo... aí fica 5,6,8 anos pagando ferro que, na maioria das vezes, não vai aumentar a produtividade... O sr. poderia comentar sobre o produtor ter armazém próprio. Acredito que seria muito bom se todos pudessem armazenar pelo menos uma parte da produção, mas é outro investimento que precisa ser muito bem avaliado, por ter um custo alto.

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    • Paulo Roberto Nicola Santiago - RS

      Caro Rafael, equipamentos extremamente necessários à lavoura considero como custo imediato e lanço tudo como despesa..., veremos mais detalhadamente isso ao abordarmos (gastos X investimentos). Os equipamentos desnecessários (pode e devem ser terceirizado) tipo colheitadeira pois é um investimento que deve ser muito bem avaliado, pois, se não der retorno, come um pedaço do lucro TODOS OS ANOS. Mas é muito simples de se avaliar nesse caso...

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  • Paulo Roberto Nicola Santiago - RS 11/07/2020 15:06

    Caro Rafael, por ser o maquinário o único custo praticamente impossível de se levantar na propriedade, lanço-o como custo (caio fora da depreciação). Uma dica que vamos abordar: na planilha de custos, lanço como previsão um custo de três sacas/há. Quem tiver um custo maior que esse, certamente tem maquinário de sobra..., veremos isso detalhadamente mais à frente. A colheitadeira (que em pouquíssimos casos é viável), sugiro, em caso de dúvidas, terceirizar a colheita. Faço varias reflexões sobre a necessidade ou não de tê-la na propriedade, pois, em grande parte dos caso, só dá trabalho e prejuízos...

    Debateremos isso com logo, logo...

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    • Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO

      Sr. Paulo Nicola, no intuito de enriquecer o debate é importante lembrar que cada propriedade tem o seu custo médio específico... Permita-me comentar alguns fatores de produção contidos em sua planilha, em comparação ao nosso caso, e "generalizando" para o CERRADO BRASILEIRO:

      1) SEMENTES: custos por aqui são bem mais elevados...

      2) CUSTOS COM INSETICIDAS PARA LAGARTAS(pela interpretação da planilha, seu cultivo é de SOJA NÃO INTACTA) para nós são no mínimo o DOBRO..(variáveis ano a ano e época de plantio, pela maior ou menor pressão de lagartas...). Lembrando: a adoção da tecnologia INTACTA por aqui é bem elevada.

      3) CUSTOS COM CALCÁRIO: embora o Sr. tenha feito referência à aplicação no ano anterior.., no CERRADO, via de regra, pode-se(ou deve-se) apropriar CALCÁRIO como custo em todos os cultivos, ainda que não se faça aplicação todos os anos, em decorrência do uso mais frequente e em maiores quantidades.

      4) ARRENDAMENTO: Custos também mais elevados para GO e Cerrado em geral, variando de 8 a 18 sacas de soja/hectare.

      5) CUSTOS COM ADUBOS FOLIARES, SEGUROS, JUROS BANCÁRIOS, sua planilha não contempla, mas aqui temos(e são bastante significativos...)

      Comentando sobre colheita, em concordância com o Sr., tomamos a decisão de terceirizar a operação, o que fazemos há 03 safras. No entanto, deve-se se levar em conta o aumento do RISCO, assumido pela terceirização de 100% da colheita. Haverá anos ou situações de se repensar ter pelo menos parte da colheita com maquinário próprio.

      Enfim, no nosso caso em específico, o custo da safra 2020/2021 ficará em torno de 48 sacas/hectare(exclusive DEPRECIAÇÕES), ao preço médio vendido(70% já travado a 85/saca) Com produtividades abaixo de 50 sacas, o prejuízo é certo!!

      O bom é que, historicamente, nossas produtividades médias ficam próximas a 70 sacas/hectare.

      Saudações a todos!!

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  • Rafael Antonio Tauffer Passo Fundo - RS 11/07/2020 09:11

    Está entrevista é muito importante para os produtores rurais... e também deveriam assisti-la os técnicos agrícolas, agrônomos, vendedores de máquinas e gerentes de bancos, enfim toda a cadeia de soja... Há muito tempo eu venho falando nessa questão dos custos.... Sobre a questão dos maquinários aqui no Rio Grande, alguns produtores compram no impulso. Muito importante a sua mensagem, sr. Paulo Nicola, e tenho uma pergunta: como deve ser contabilizado o maquinário agrícola/investimento? Ativo? Passivo? Será que, em alguns casos, não seria melhor terceirizar?

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    • André de Quadros

      O gerente quer emprestar o dinheiro porque o banco ganha com isso. O vendedor quer vender porque ganha com isso. Eles não estão preocupados com quem assume a conta, pois terá garantia... O culpado é o produtor, que precisa ser mais profissional nesta hora...

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  • Salazar Barreiros Júnior Cascavel - PR 11/07/2020 03:28

    O DINHEIRO PÚBLICO ESCOA COM FACILIDADE PELO RALO, principalmente em tempos de PANDEMIA DO CORONAVIRUS, quando vemos gestores fazendo da propagação do medo e do sentimento de culpa, oportunidade para declarar estado de emergência, fazer "lives" diárias em ano eleitoral, realizar compras sem licitação e gastar (não investir) dinheiro em obras superfaturadas ou com desvio de finalidade.

    A onda do momento pó-pandemia será o clamor de recurso para INVESTIR NO COMBATE AO DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA, outro ralo para regozijo dos gestores públicos oportunistas e muitas ONGs. Vamos deixar de lado os dados quanto ao próprio desmatamento, e perguntar qual a medida mais efetiva para combater o desmatamento no curto e médio prazo.

    Qualquer empreendedor só investe em atividade que lhe garanta resultados financeiros, não se podendo olvidar que o desmatamento é motivado pelo mesmo sentimento, é também um negócio. Só piromaníacos acendem o fósforo por prazer mórbido.

    A ação inteligente, com efetividade e resultados nesta seara, que irá fechar o ralo de verbas para combater o desmatamento é outra: garantir que o negócio do desmatamento não tenha qualquer perspectiva de lucro, mas sim de prejuízo multiplicado.

    Investir na construção de estradas, fomentar a assistência técnica em área já degradadas, com fartos recursos para investimentos, recuperação de solo, irrigação, construção de armazéns e acesso a crédito de longo prazo com custos compatíveis ao fomento, impulsiona ganhos de produtividade em grãos, carnes e madeira reflorestada, e em todos os segmentos, criando um ciclo virtuoso onde só quem produz mais, em áreas cada vez menores, irá sobreviver no agro.

    Investir em um programa de construção de estradas rurais asfaltadas, por exemplo, melhorando o acesso a áreas onde não se pode escoar a produção de grão (sequer produzir) e até mesmo o acesso dos proprietários é difícil, irá trazer para o mundo do agro tecnológico imensas áreas degradadas e que não tem outra alternativa senão o pastoreio intensivo e de baixa tecnologia. Mais produção em áreas abertas inviabiliza, sem a necessidade de intervenção direta do estado em qualquer projeto antidesmatamento, a agressão a floresta amazônica. Sem lucro as motosserras param. O fósforo não é aceso e a mata não arde.

    Em um Brasil com mais investimento no agronegócio, permitindo que mais produtores tenham acesso por estradas asfaltadas as suas propriedades, onde a assistência técnica leve a informação para que a tecnologia chegue com rapidez ao campo (neste campo o papel da EMBRAPA é fundamental), com crédito farto pra que as transformações possam ocorrer da porteira para dentro, com ganhos de produtividade e produção, capacidade de armazenagem, máquinas e tecnologia, irá garantir mais empregos e desenvolvimento para o país, afastando o especulador da floresta amazônica. É claro que esta solução não agrada as ONGs nem aos políticos que vociferam e anseiam pelos recursos para combater o desmatamento, pois seca mais um ralo onde escoa o dinheiro público.

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    • Rafael Antonio Tauffer Passo Fundo - RS

      Só no estado do Rio de janeiro a verba para a saúde esse ano é de 1.2 bilhões de reais. É muito dinheiro na mão de gente incompetente e sem vergonha.

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  • Sérgio de Oliveira Carneiro Goiânia - GO 11/07/2020 01:15

    Na tabela do milho, as informaçoes ficaram trocadas...., o campo exportações do Brasil e Argentina está constando as informações relativas aos estoques!

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    • Carla Mendes Campinas - SP

      Sérgio, MUITO obrigada!! Já corrigida e atualizada nossa tabela! Obrigada.

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  • Valdonir teixeira Criciúma - SC 10/07/2020 19:02

    Estamos sob fogo cerrado de boa parte da Europa. E sem dados e fontes confiáveis, nao tem como defender-se... tudo e todos mostram fotos de satélite provando o contrario.

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    • Petter Zanotti Assis - SP

      Valdomiro, esse discurso da Europa já perdeu completamente a relevância: foi divulgado na imprensa européia que as queimadas na Europa aumentaram em relação ao ano passado e estão destruindo o pouco de vegetação nativa que sobrou, que não passa dos 3%!!!

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  • Adriano Andrighetti Paim filho - RS 10/07/2020 15:26

    Chega se uma piada uma notícia dessas... Com toda essa chuva no sul, os trigo não nasceram bem, estão sofrendo com excesso de umidade e... já aparecem notícias de safra cheia??? Já estão fazendo de tudo pra baixar o preço...

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    • Adalberto José Munhoz Campo Mourão - PR

      Boa tarde, a conab (minúsculo mesmo) só serve pra atrapalhar quem trabalha e produz... e digo mais, passou da hora de dependermos da bolsa de Chicago... chega de pedir a benção.

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 10/07/2020 11:22

    Não sei se voces lembram quando coloquei um link aqui sobre a relação entre Kim Kataguiri e a FPA (a FPA chamou Kim Kataguiri para falar sobre meio ambiente). Pois bem, Luciano Ayan, pseudonimo de um dos amigos de Kim Kataguiri, convidado para dar palestras pelo lider do MBL (e, segundo o R7, o próprio Luciano Ayan é membro do MBL), foi preso pelo desvio de 400 milhões de reais de empresas, segundo a policia federal. As lideranças da FPA, sem sombra de dúvida, andam sempre bem acompanhadas...

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  • Elton Szweryda Santos Paulinia - SP 10/07/2020 08:13

    Toda plataforma de mídia vende manchetes, preferencialmente em letras vermelhas, escorrendo tinta... estamos cansados de ver a folha, estadao, veja, globo, fazendo isso todos os dias... Afinal, vivem disso..., as pessoas clicam no site e isso é contado..., nem que voce nao leia nada, é contado, sao os acessos. E isso vale muito para as propagandas eletronicas. O site tal tem tantos mil acessos diarios... Cabe a nós, leitores, decidirmos se contribuiremos com esse sistema ou não... Nas plataformas que citei acima, decidi nao contribuir mais, portanto nao clico nesses sites. Porém, aqui no NA, nao chega a tanto exagero assim..., é evidente que há manchetes às vezes um tanto quanto conflitantes, mas no fundo, aqui, o editor apenas está contribuindo para soltar a lebre da discussão, do contraditório, para que as pessoas se expressem, concordando ou nao. Parabens ao NA, unico local na Web que temos espaço livre para nossas ideias, por mais discordantes que sejam.

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    • Tiago Byczkowski Teixeira Soares - PR

      Verdade. Parabens NA

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 10/07/2020 05:37

    Aqui, explicado em detalhes a perseguição ao ministro do meio ambiente Ricardo Salles..., o video é longo mas vale a pena..., há nele uma defesa enfática dos produtores rurais brasileiros. Essa é a chamada midia estridente, segundo a esquerda... https://www.youtube.com/watch?v=quT3bkTm4HE

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  • José Roberto de Menezes Londrina - PR 09/07/2020 22:15

    O Brasil, (país das florestas tropicais preservadas e da agricultura de plantio direto), receber críticas ambientais dos financiadores das economias dos países da fumaça do petróleo (e da ocupação do mar, da agricultura de terras aradas, dos pântanos drenados e do maior uso de agrotóxicos por hectare cultivado), demonstra, mais uma mentira ambiental para proibir o desenvolvimento brasileiro. Dos sonhos de Antonio Fernandes aos pesadelos e sofrimentos impostos pelo ambientalismo europeu, continuamos com a ... Amazônia, o eldorado proibido para os brasileiros.

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  • Elvio Zanini Sinop - MT 09/07/2020 15:05

    A ministra da Agricultura está certa; a regularização fundiária com a Escrituração das Propriedades vai obrigar os desmatadores ilegais à entrarem -- como diz o gaúcho -- "NA VERGA'.

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  • Mario Afonso Klein Passo Fundo - RS 09/07/2020 08:06

    Estão empurrando para cima os números do tamanho das safras para fechar a conta da demanda. Vejam a nota da ABIOVE que "empurrou" o tamanho da safra brasileira de soja para mais de 125 milhões de ton. para fechar o final do ano com estoque de 660 mil ton. Isso mesmo, estoque final de soja de 660 mil Ton. Estamos em Julho e o Brasil já está importando Soja... Tirem suas conclusões.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Mario, em determinados momentos é impossivel fazer qualquer análise fundamentalista nos dados da Secex, Abiove, Conab...A manipulação é tanta que milhões de toneladas brotam das planilhas dessas instituições..., do mesmo modo, do nada, somem milhões de toneladas de suas planilhas...como num passe de mágica.

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    • Rafael Antonio Tauffer Passo Fundo - RS

      Da Conab não esperem nada de bom. A ABIOVE é comprador de grãos, na maioria das vezes solta relatório que prejudica o produtor. Já falei e vou repetir: esse ano com o dólar nessa cotação, a ABIOVE pode escrever o que quiser... ou pagam bem pela soja ou não vai sobrar nem a palha para esmagar.

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  • Anair Rufino Gonçalves Patos de Minas - MG 08/07/2020 22:31

    Vou fazer a mesma pergunta de ontem......

    Preciso saber quem são os Compradores de milho seco, em Uberlândia e Campinas....

    Será que é possível alguém informar-me ?

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  • Cassiano aozane Vila nova do sul - RS 08/07/2020 21:25

    Buenas, realmente é um dilema..., nada como ser suficiente..., por exemplo: os USA anabolizam seus bovinos e pronto, mesmo assim todo mundo come..., China tem censura e não tem proteção trabalhista, mas, mesmo assim, o mundo compra da China, ... os países europeus, os mais emblemáticos e tantos outros países, agem das mais diversas formas, e nada acontece... , mas o Brasil sempre está à mercê de retaliação, e, se não vacinar, os laboratórios perdem a teta de 200 milhões de cabeças; se não engessar a Amazônia, a China não compra mais grãos..., então, como vão alimentar os mundanos se não eles comprarem do Brasil???? logo, tudo é motivo pra comprar barato..., aftosa é dano econômico e não sanitário (lógico, tem que desossar onde há foco ou exterminar rebanho), mas, claro, a solução sempre será a mais catastrófica..., minha única dúvida seria a África se desenvolver sua agricultura para fazer frente à nossa capacidade..., senão seremos cada vez mais necessários.

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    • Virgilio Andrade Moreira La Paloma

      Muito boas as suas postagens... Tudo relacionado a interesses.

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    • marcelo soares rocha Pelotas - RS

      A expressão popularmente conhecida remonta à Grécia antiga e é atribuída ao filósofo Sócrates, define tudo: "um peso, duas medidas", significando "tratar uns com justiça e outros com injustiça, ter condutas diversas diante de situações idênticas, aplicar a lei ou a regra com mais ou menos rigor de acordo com a conveniência"

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